Prólogo

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  Oiiee! Gente, me desculpem a demora! Quem lê as outras histórias sabe da confusão que passei por falta de internet e por pouco eu pensei em não postar essa história, mas aqui estou eu, mesmo bem atrasada!

  Só avisando que postarei uma vez por semana, viu! Não dá pra postar mais vezes que isso já que em breve também começarei a publicar outra historia da familia Collins.


  Boa leitura!!


Endireitei minha roupa pela última vez antes de subir naquele palco e pegar o bendito canudo que era uma confirmação de que eu era uma mulher arquiteta, modéstia parte, formada com honras em uma das melhores faculdades do país.

Meu pai teria ficado imensamente orgulhoso de mim se ele não estivesse morto agora.

Eu não me importava se eu estivesse ali nervosa, nem que só havia uma pessoa naquela plateia verdadeiramente feliz por mim nesse momento ou que eu não iria participar da festa suntuosa que todo mundo vem planejando desde que pisaram os pés na instituição. Eu só conseguia ver o lado bom das coisas. Eu estava nervosa, mas porque algo bom e imenso viria, na plateia tinha minha melhor amiga, a pessoa que mais amo em minha vida, a única que realmente importa pra mim e eu não vou precisar ficar num salão de festa escuro com luzes que cegam, fumaça de gelo seco que queima as pernas, músicas ruins do ano 2012 que vai ficando pior até decair para os piores hits dos anos 80 e iria comemorar bebendo todas com minha amiga no conforto de nosso bar favorito que por sinal só tem música boa.

Apressei a andar quando alguém atrás de mim me deu um toque sinalizando que era a minha vez. Pisei em falso, pra variar, quase cai, mas segui em frente. Uma fila de pessoas que nunca os vi mais gordos, apertaram minha mão, me entregaram o canudo. Eu sorri pra foto e corri pro meu lugar.

Por um tempão eu ouvi um discurso chato e clichê da oradora da turma, mas me mantive, como posso dizer, acordada por respeito.

Quando acabou, rolou aquela cena de papel brilhante voando de um tubo ao lado do palco, música eletrônica ruim pra nos fazer pensar que estamos felizes por ter um canudo na mão e os chapéus jogados pra cima. Eu saí de fininho.

E levei o meu chapéu, seja lá como ele se chama, se é que tem um nome.

De longe eu vi Lora, linda com um vestido rosa justo, ela estava sorrindo de braços abertos para mim. Fui correndo em sua direção e nos abraçamos.

-Parabéns Ane! Agora você é oficialmente uma arquiteta....desempregada!

Nós duas rimos da piadinha. Não era bem assim, eu ainda tinha uma chance, mais especificamente "A chance".

Minha entrevista é nada menos que na E.M. engenharia. Não conhece? Como assim? Fiquei ofendida agora!

Essa é empresa que meu pai fundou junto com um amigo a vários anos. Era apenas um escritório, mas com o tempo ele simplesmente se apossou da metade do prédio comercial e virou um grande império, tem até filiais e associadas.

Eu infelizmente não faço parte disso tudo. Ele morreu quando eu tinha 15 anos e pra mim deixou uma poupança de 100 mil reais que eu poderia usar para meus estudos. O resto, a casa, digo, as casas, empresas e ações, tudo foi parar nas mãos de Kassandra, minha boa madrasta , pra não dizer o contrário.

Tive sorte dela não poder tocar na minha poupança. Assim que fiz 18 passei no vestibular e me mudei pro campos e nunca mais tive contato com ela nem com suas duas filhas, Megan e Penélope.

O pior chefe [ DEGUSTAÇÃO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora