A última chance (Pausada)

Itália

Aeroporto, Itália, 2013

Assim que desembarcamos a atmosfera mudou, estava muito frio e junto com o frio a indiferença de Pedro veio.
Ele parecia aéreo a tudo o que eu dizia e só concordava ou descordava, hora nenhuma trocou mais que duas palavras comigo, e isso estava me incomodando.
-Tá tudo bem?- Eu perguntei com receio da resposta.
-Tá.- Foi o que ele respondeu.- Minha irmã vai esperar a gente lá fora.
Saímos andando em direção à saída onde parecia haver um formigueiro com tantas pessoas juntas esperando seus táxis ou seus respectivos passageiros.
-Só não se sinta obrigada a fazer nada tá?- Pedro falou me olhando e eu só assenti, meu estômago estava começando a se apertar.
Assim que saímos porta afora uma garota de cabelos vermelhos sangue veio correndo em nossa direção e se jogou nos braços de Pedro.
-Que saudade seu cabeça de caroço.
-Oi Atane, também senti sua falta.- Ele falou revirando os olhos.-Essa é a Lia.
-Oi.- A ruiva me deu um abraço rápido e sorriu radiante. Eu gostava dela.
-Sou irmã do Pedro.- Ela falou sorridente e eu sorri de volta.
-Vamos.- Pedro pegou minha mão e saiu me puxando em direção a um carro preto.
Assim que entrei no carro ao lado de Pedro e de Atane me assustei, haviam dois homens de terno sentados no banco da frente, eles se viraram e nos desejaram um bom dia eu sorri sem graça e os desejei bom dia no meu melhor italiano, italiano que eu havia treinado bastante durante os meses que eu fiquei esperando por essa viajem.
-Seus irmãos?- Perguntei baixo a Pedro.
-Não, seguranças.- Ele respondeu sem graça e coçou a nuca como sempre fazia.
-Aa.- Foi o que eu consegui dizer, por que tipo assim, quem tem seguranças? O pai dele era o presidente dos Estados Unidos? Só podia.
-Não teremos a liberdade que tínhamos no Brasil, se a qualquer momento da viajem você quiser ir embora é só me dizer que nós iremos.
-Ok, mas eu não vou querer ir embora.- Sorrio e deito minha cabeça em seu ombro, e para minha felicidade ele se aconchega a mim e entrelaça nossos dedos.
Depois de alguns minutos chegamos à frente de um portão branco alto como uma fortaleza. Os seguranças apertam o que parece um interfone e logo o portão se abre permitindo nossa passagem, o carro segue uma trilha de pedras e quando chega ao destino eu fico maravilhada com o tamanho da casa que se ergue a minha frente.
-Meu Deus, vocês moram em um castelo?- Falo gargalhando.
-Sou uma princesa completa.- Atane brinca.
-É sim, a Fiona, presa por um dragão.- Pedro revira os olhos e desce do carro me puxando junto a ele.- Só não me deixa sozinho ok? Não sei se suporto ficar sozinho com eles.- Ele fala segurando minha mão firme.
-Não vou te deixar sozinho.- Sorrio e aperto sua mão com a mesma força para que ele sinta que eu estou junto dele pro que der e vier.

---------------------------------------
Gente linda de bonita...
Me desculpem pela demora e pelo sumiço. Bom, como eu disse a vocês eu estava passando uma situação complicada e agora eu voltei com tudo.
Ainda deixo mais um capítulo pra vocês essa semana e volto ao cronograma normal, dois capítulos por semana. Obrigado pela paciência.
Beijos de luz incríveis.