No caminho para buscar Maya me lembrei que tinha esquecido de pegar o endereço. Liguei para a minha irmã que me informou onde estavam. Be Café. Onde eu sempre ia em minhas manhãs.
Peguei-a de surpresa dando um beijinho em sua bochecha e interrompendo-a da conversa com sua amiga. As duas tomavam um delicioso capuccino, o que me fez ficar com muita vontade.
—Tine! Que saudade! –Ela se virou e me deu um abraço apertado.
—Saudades de você, fofinha. –Retribuí o gesto carinhoso.
—Essa é minha amiga, Julie. Irmã do Joey, seu chefe.
—Ah claro. Tudo bem Julie? –Cumprimentei a garota que se parecia muito com o Sr. Kolling. Sentei-me na mesa junto com as meninas e pedi um capuccino, que veio bem rápido.
—Julie estava me contando sobre o irmão dela e a namorada louca dele. –Ela olhou para a amiga como se pedisse permissão para falar.
—É! Eles namoraram por um tempo mas ela não aceita o término. Vocês acreditam que ela foi na casa dos meus pais reclamar sobre o Joey? Totalmente doente. —Julie nos contava sobre o irmão e eu só conseguia pensar na noite anterior e em toda a discussão.
—E por que eles terminaram? –Perguntei sem pensar.
Maya pisou no meu pé como reprovação.
—Joey nunca fala sobre sua vida íntima, são poucas coisas que a gente sabe. –Julie respondeu.
—Entendi. É, ele é bem reservado.
—Ele já foi mais descontraído. Saía mais, brincava mais comigo...—Ela disse num tom tristonho. —Mas depois que... É, é melhor eu não falar disso. Eu tenho que ir meninas. Maya te ligo depois. –Ela saiu, ou melhor fugiu deixando apenas Maya e eu.
—Você ficou doida Tine?!
—Por que May?
—Julie é uma ótima pessoa mas não tem trava na língua. Pra ela contar ao Joey que você fica perguntando da vida dele bastar um piscar de olhos.
—Mas eu não perguntei nada. Ela que já estava fofocando quando eu cheguei.
Estava parecendo que eu era a irmã mais nova e Maya a mais velha, me repreendendo por eu ter feito algo errado.
Fomos para casa e eu passei o dia todo ao lado da minha família. Estava com muitas saudades de ter momentos ao lado deles.
Já estava escurecendo quando Louis chegou. Era raro quando ele ficava com a família. Eu sentia falta de ficar com meu irmão. Antes ele era mais sociável mas tudo mudou quando eu fui embora. Ele meio que se perdeu.
Fui até o quintal para recebê-lo, o mesmo não fez muita questão de me cumprimentar. Estava sempre tão distante.
—Ei Louis! –O chamei.
—Hum?
—Eu senti sua falta.
Ele apenas assentiu.
—Tá tudo bem? Queria conversar com você. –Disse calmamente.
—Tá Tine! Agora vai lá pra dentro, filha perfeita. –Disse sentando no banco.
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Imprevisível
RomanceOra, veja, o amor é o mais imprevisível dos sentimentos. Ele pode ser como a chuva, ninguém nunca sabe se ela vai deixar um estrago ou um lindo arco-íris. Ou como o vento, pode ser que venha como uma brisa gostosa, que assopra o seu rosto ou como u...