Tudo bem. Ele estava me ignorando, iria respeitar isso. Algo me dizia que nossa relação era apenas profissional e nada além disso. Profissional até demais.
Só queria entender a mudança de suas atitudes comigo tão rápido e de uma forma ruim.Esqueça isso. Vá curtir a festa! Meu subconsciente falava comigo.
Obedeci.
Cumprimentei algumas pessoas que eu já conhecia e que trabalhavam na empresa e passei a maior parte do tempo com Diana.
Fui até o bar do hotel pois os garçons estavam muito ocupados e quando passavam por mim quase não me viam.
Ia fazer o pedido quando um homem me interrompeu.
—Duas de Gimlet, por favor. –Ele pediu. —Algo me diz que Srta. nunca provou dessa bebida.
—É, não. –Sorri tímida.
—Blake, prazer. –O loiro estendeu a mão me cumprimentando.
—Valentine. –Retribuí o gesto.
—Trabalha em qual cidade? –Perguntou sentando em um dos bancos.
—Miami mesmo e você?
—Atualmente em NY.
—Oh, jura? Me mudei faz pouco tempo de lá.
Nossas bebidas chegaram interrompendo a conversa.
—A vida não é justa mesmo. –Blake disse me fazendo corar. —Agora prove dessa maravilha e me diga o que acha.
Assim o fiz. E realmente era uma bebida maravilhosa, por que raios nunca tomei antes? —Adorei.
—Podemos sair pra tomar outras dessas ou até melhores.
—Vai passar um tempo aqui em Miami? –Perguntei tomando outro gole em seguida.
—Sim, tenho uma reunião com o Kolling.
Ouvir seu nome me fez sentir algo, talvez fosse desgosto.
—Ah sim. –Forcei um sorriso.
—Algo me diz que não vai muito com a cara dele.
—Não, ele é só um chefe durão. –Menti.
—Um dia se acostumará com esse jeito do Joey. –Deu de ombros.
—São amigos? Digo, por referir-se intimamente.
—Estão acostumados com apenas Sr. Kolling não é? Isso é até engraçado, conhecendo-o. –Riu. —Somos amigos de longa data.
—Hum. –Levantei as sobrancelhas como se tivesse entendido.
—Mas por que estamos falando dele? Me fale sobre você.
Conversamos por um bom tempo e percebi que Blake era um cara legal e muito interessante, não deixei de notar suas investidas em mim, sempre muito educado é claro.
Só algum tempo depois é que me lembrei que tinha deixado Diana sozinha. Me senti péssima.
Ótima amiga, "Valen". Meu subconsciente imitou a voz de Diana.
—Blake, deixei minha amiga esperando. Tenho que avisa-la onde estou. Com licença. –Não esperei uma resposta, saí para o salão procurando por ela.
Avistei a mesma sentada em um pequeno sofá com o celular na mão. Corri até ela.
—Amiga me desculpa! –Sentei-me ao seu lado.
—Por Deus Valen, já ia começar a pensar o pior!
—Estava no bar e conheci um rapaz, Blake. Ficamos conversando e nem vi o tempo passar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Imprevisível
RomanceOra, veja, o amor é o mais imprevisível dos sentimentos. Ele pode ser como a chuva, ninguém nunca sabe se ela vai deixar um estrago ou um lindo arco-íris. Ou como o vento, pode ser que venha como uma brisa gostosa, que assopra o seu rosto ou como u...