Arthur é um estudante de Economia, carismático, determinado e um pouco introvertido.
Gustavo é o Diretor Financeiro de uma das maiores empresas do país. Possui um gênio forte, uma beleza fora do comum e está à procura de um novo assistente.
Por ir...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
ATENÇÃO: ESTE CAPÍTULO CONTÉM DESCRIÇÕES GRÁFICAS QUE PODEM SER CONSIDERADAS PERTURBADORAS OU CHOCANTES DEMAIS PARA DETERMINADAS AUDIÊNCIAS. SE VOCÊ TIVER ALGUM TIPO DE SENSIBILIDADE, POR FAVOR, PULE A PARTE DO FLASHBACK.
Quinta-feira, 10 de janeiro de 2013.
Os cafés da manhã na Mansão Lobo haviam se tornado um mero esboço do que um dia já haviam sido. Todos continuavam se reunindo, manhã após manhã, mas as conversas, outrora carregadas de entusiasmo, haviam se transformado em uma quietude sepulcral.
Naquela manhã, no entanto, Ricardo havia chegado à sala de jantar antes dos outros. Havia acordado antes mesmo do dia clarear, com uma disposição e bom humor acima do normal, cumprimentado até mesmo os empregados, cuja existência, até aquele dia, parecia indiferente.
— Finalmente vocês chegaram! Achei que teria de tomar o café sozinho.
— Que bicho mordeu ele? — Leona cochichou para Gustavo, à medida que se juntava ao pai e a Diego. Diego, ao ouvir aquela frase, olhou em incredulidade para o pai, pois estava sentado junto à mesa fazia, no mínimo, quinze minutos. A mesa já estava toda posta, inclusive, com framboesas, mirtilos e uma jarra de suco de jabuticaba, frutas preferidas de Ester.
— Cadê a mãe de vocês? Eu tenho uma coisa muito importante pra falar.
— Duvido que seja assim tão importante. — Ester retrucou, ainda envolta em seu robe de seda, cena que havia se tornado rotineira desde que havia recorrido aos remédios calmantes, no início do ano.
— Não seja ranzinza, Ester. Eu tenho certeza de que vocês vão comemorar comigo.
Houve uma pausa dramática, em que todos em frente a Ricardo se viram em uma expectativa crescente, fixando os olhos no patriarca da família.
— Eu conversei com um psiquiatra ontem, ele me indicou um terapeuta especializado em casais. Eu decidi começar a frequentar a igreja, também, pra tentar me reaproximar de Deus.
Ester, que havia servido um pouco de água, engasgou com o anúncio, cuspindo de volta o líquido em seu copo.
— Eu sei que minhas atitudes fizeram muito mal pra todos vocês ultimamente, em especial pra você, Ester. Mas eu estou disposto a fazer qualquer coisa pra reparar os meus danos, todos eles.
— Eu não consigo acreditar que estou ouvindo isso. — Ester disse, indignada, ameaçando se levantar da mesa, quando Diego interveio.
— Será que é tão difícil assim pra senhora ser um pouco menos egoísta e tentar deixar tudo isso no passado? É tão óbvio que o papai está se esforçando muito pra consertar as coisas entre vocês, pra fazer nossa família voltar ao que era antes.
Ester olhou para cada um dos integrantes de sua família, inclusive para Ricardo, que pairava seus olhos azuis penetrantes nela.
— Eu marquei um horário com o nosso advogado pra hoje à tarde. Vou dar início ao processo do divórcio. Eu sinto muito, Diego, mas se você me acha egoísta por dar um fim a um casamento que já não existia há muito tempo, então que você ache. Vocês três já estão crescidos e eu fiz tudo o que pude pra salvar esse casamento, essa família. Acontece que eu cansei. Agora, se vocês me dão licença. — Ester declarou, jogando o pano de prato em cima da mesa e se levantando, deixando para trás seus filhos se entreolhando, em choque com a notícia.
