Desperto lentamente e me assusto ao ver a Jéssica na minha frente sentada em uma cadeira, próxima a minha. Olho em volta e estou em uma sala que possuía uma pequena janela que ficava no alto, e uma porta no canto. Tento me mexer, e vejo que estou amarrada.
- Olá Angel - ela sorriu.
- Onde eu estou? O que você quer? - Pergunto assustada.
- Você irá saber, mas tarde - Ela sorriu.
- O que você quer ? - Gritei.
Ela se levantou saindo dali, me ignorando. Tentei me soltar, mas a corda estava muito bem amarrada. Gritei inúmeras vezes mas foi totalmente em vão. Isso passou dos limites.
Pela à janela que iluminava aquele lugar, vejo que já estava anoitecendo . Tenho certeza que meu rosto deve estar inchado de tanto chorar, eu não sei o que ela irá fazer. Acabo adormecendo.
Desperto com a porta batendo, ela vem até mim.
- Está com sede ? - Ela me olhou com desdém - aposto que sim - ela riu.
Ela me da a água e acabo quase engasgando com a velocidade.
- Porque? - Perguntei quando ela ia sair.
- Por que eu te odeio - Ela saiu e fechou a porta.
(...)
Alguns dias se passam, mas não sei exatamente o quanto, mas deve ter sido uma semana.
Nesses dias que fiquei aqui, a Jessica me tratou muito mal, e até me agrediu diversas vezes.
Estava fraca, cansada, com dores, eu queria muito ir embora, voltar para casa.
Ela aparece e me da um pouco d'água que eu tenho certeza que é da torneira, pois tem um gosto ruim. Ela não diz nada, e se retira, depois de muito tempo ela volta. Com uma arma na mão.
- Jessica! - Falei assustada.
- Vai ser rápido - Ela sorri.
- Porque ? - Gritei apavorada.
- Eu mandei ele te enganar, mas mesmo sendo mentira tudo que vocês tiveram. Ele te ama - gritou e pude ver lágrimas escorrerem por seu rosto - Ele tem que me amar!
- Você é louca - cuspi as palavras.
- Se você morrer, ele vai me amar- ela sorriu.
Apontou a arma para mim.
- Jessica, não, por favor - Gritei - eu não amo ele ! - Não sei se aquelas palavras que saíram da minha boca eram totalmente verdade.
- Mas ele te ama
- Você é psicopata!
Ela riu
- já me disseram isso, até me internaram - Ela fez uma pausa - Eu não sou louca - gritou.
E apertou o gatilho atingindo minha perna.
Grito de dor.
Eu já estava aos prantos.
- Só mas um Angel! - apontou a arma para meu peito.
Ela sorriu e quando senti que ela iria atirar, fecho os olhos com força. Escuto um estrondo, era a porta.
Abro meus olhos e vejo o David, Jessica olha um instante para ele e depois volta para mim.
- Você ira reencontrar seus pais querida - riu - Adeus Angel.
Todo parece acontecer em câmera lenta, David joga um canivete para mim fazendo o cair próximo, e entra na minha frente fazendo com que o tiro atingisse ele. Grito desesperada, ela joga a arma longe e vai até ele chorando.
Faço de tudo para pegar o canivete, começo a cortar a corda, solto meus pés e depois minha cintura que estava presa a cadeira saio correndo em direção a arma, a pego e escondo dentro de minha blusa. Vou até o David, seu rosto pálido, e seus olhos estavam querendo fechar.
Uma lágrima escorre de meu rosto fazendo molhar sua blusa, a bala atingiu sua barriga, ele estava morrendo.
Ele sorri fraco e sussurra para mim: Te amo.
Dou um beijo em sua testa, e vejo que tinha algo em seu bolso, era um celular, o pego. Olho para Jessica que estava chorando com as mãos no rosto, saio correndo com muita dificuldade por estar com a perna machucada, corro até não aguentar mas. Paro e coloco as mãos no joelho estava exausta.
Ligo para a polícia e eles dizem que estavam a caminho, corro novamente, e acabo entrando em uma pista e não tinha movimento algum ali, me jogo no chão. Pego a arma e a seguro firme, mesmo não sabendo usar.
Choro.
Pela dor infernal em minha perna.
Por David.
Por tudo.
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O Diário Da Minha Vida
Novela JuvenilAs pessoas se vão, deixando em nós marcas impossíveis de serem apagadas. Principalmente quando são as pessoas que você mais ama no mundo. Angel Lee Cullen, 16 anos, órfã e amargurada. Vive em um mundo de completa solidão e angústia, até que alguém a...