13° Capítulo

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Desperto lentamente e me assusto ao ver a Jéssica na minha frente sentada em uma cadeira, próxima a minha. Olho em volta e estou em uma sala que possuía uma pequena janela que ficava no alto, e uma porta no canto. Tento me mexer, e vejo que estou amarrada.

- Olá Angel - ela sorriu.

- Onde eu estou? O que você quer? - Pergunto assustada.

- Você irá saber, mas tarde - Ela sorriu.

- O que você quer ? - Gritei.

Ela se levantou saindo dali, me ignorando. Tentei me soltar, mas a corda estava muito bem amarrada. Gritei inúmeras vezes mas foi totalmente em vão. Isso passou dos limites.

Pela à janela que iluminava aquele lugar, vejo que já estava anoitecendo . Tenho certeza que meu rosto deve estar inchado de tanto chorar, eu não sei o que ela irá fazer. Acabo adormecendo.

Desperto com a porta batendo, ela vem até mim.

- Está com sede ? - Ela me olhou com desdém - aposto que sim - ela riu.

Ela me da a água e acabo quase engasgando com a velocidade.

- Porque? - Perguntei quando ela ia sair.

- Por que eu te odeio - Ela saiu e fechou a porta.

(...)

Alguns dias se passam, mas não sei exatamente o quanto, mas deve ter sido uma semana.

Nesses dias que fiquei aqui, a Jessica me tratou muito mal, e até me agrediu diversas vezes.

Estava fraca, cansada, com dores, eu queria muito ir embora, voltar para casa.

Ela aparece e me da um pouco d'água que eu tenho certeza que é da torneira, pois tem um gosto ruim. Ela não diz nada, e se retira, depois de muito tempo ela volta. Com uma arma na mão.

- Jessica! - Falei assustada.

- Vai ser rápido - Ela sorri.

- Porque ? - Gritei apavorada.

- Eu mandei ele te enganar, mas mesmo sendo mentira tudo que vocês tiveram. Ele te ama - gritou e pude ver lágrimas escorrerem por seu rosto - Ele tem que me amar!

- Você é louca - cuspi as palavras.

- Se você morrer, ele vai me amar- ela sorriu.

Apontou a arma para mim.

- Jessica, não, por favor - Gritei - eu não amo ele ! - Não sei se aquelas palavras que saíram da minha boca eram totalmente verdade.

- Mas ele te ama

- Você é psicopata! 

Ela riu

- já me disseram isso, até me internaram - Ela fez uma pausa - Eu não sou louca - gritou.

E apertou o gatilho atingindo minha perna.

Grito de dor.

Eu já estava aos prantos.

- Só mas um Angel! - apontou a arma para meu peito.

Ela sorriu e quando senti que ela iria atirar, fecho os olhos com força. Escuto um estrondo, era a porta.

Abro meus olhos e vejo o David, Jessica olha um instante para ele e depois volta para mim.

- Você ira reencontrar seus pais querida - riu - Adeus Angel.

Todo parece acontecer em câmera lenta, David joga um canivete para mim fazendo o cair próximo, e entra na minha frente fazendo com que o tiro atingisse ele. Grito desesperada, ela joga a arma longe e vai até ele chorando.

Faço de tudo para pegar o canivete, começo a cortar a corda, solto meus pés e depois minha cintura que estava presa a cadeira saio correndo em direção a arma, a pego e escondo dentro de minha blusa. Vou até o David, seu rosto pálido, e seus olhos estavam querendo fechar.

Uma lágrima escorre de meu rosto fazendo molhar sua blusa, a bala atingiu sua barriga, ele estava morrendo.

Ele sorri fraco e sussurra para mim: Te amo.

Dou um beijo em sua testa, e vejo que tinha algo em seu bolso, era um celular, o pego. Olho para Jessica que estava chorando com as mãos no rosto, saio correndo com muita dificuldade por estar com a perna machucada, corro até não aguentar mas. Paro e coloco as mãos no joelho estava exausta.

Ligo para a polícia e eles dizem que estavam a caminho, corro novamente, e acabo entrando em uma pista e não tinha movimento algum ali, me jogo no chão. Pego a arma e a seguro firme, mesmo não sabendo usar.

Choro. 

Pela dor infernal em minha perna.  

Por David. 

Por tudo.

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