29° Capítulo

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- Que tal conversarmos? - Eu balanço a cabeça em sinal positivo, nós nos sentamos no sofá - Quer me contar oque houve? 

Olhei para baixo

- Tudo bem se não quiser falar - Ela sorri sem mostrar os dentes - Estava pensando no seu futuro e no que anda acontecendo na sua vida, e pensei em te colocar em um Colégio interno - A olho.

- Você também quer se livrar de mim ? - A olho magoada.

- Claro que não, Angel. Isso é para seu futuro, eu já estudei em um e foi ótimo para mim.

- Eu não sei, tenho que pensar. - Quando estava levantando ela pega em minha mão.

- Essa era a vontade da sua mãe, nós estudamos em um e foi lá que ela conheceu seu pai - Ela sorri fraco.

- Eu sei - Saio da sala e vou para meu quarto. 

Deito em minha cama, e penso no que ela disse, não tem mais nada que me prenda aqui, só ela.

Escuto alguém bater na porta, me levanto e a abro, Agnes havia o deixado entrar...

- Podemos conversar ? - Reviro os olhos - Por favor - ele implora.

Dou espaço para ele entrar, fecho a porta e me sento na cama, ele faz o mesmo se sentando em minha frente.

- Fala - O olho.

- Eu me arrependi do que disse, não consigo ficar longe de você, a todo momento nossas lembranças invadem minha mente, eu quero enfrentar tudo oque for preciso, mas com você. É com você Angel, que quero passar até o último minuto da minha vida. - Seus olhos estavam vermelhos, ele queria chorar.

Não sabia oque dizer. 

Ele se aproxima de mim e pega em minha mão. Não queria mais sofrer.

- Em um momento você diz que me ama, e no outro pedi um tempo..

- Isso que eu disse foi uma grande besteira - Ele me interrompe - Não quero um tempo, não quero me afastar, pensei que era melhor para a nossa relação mas não consigo, Angel, por favor eu te amo.

- Vou estudar em um Colégio interno - Falo friamente.

Ele me olhou sem entender.

- Oque? Porque ? - Ele segura minha mão com mais força.

- É o melhor para mim - Sinto meus olhos marejados, e viro o rosto parando de o olhar.

- Não, não Angel - Ele vira minha cabeça delicadamente fazendo eu o olhar novamente.

- Era a vontade da minha mãe.

- Mas você tem que fazer oque você quer.

- Não Stefan, eu preciso conhecer pessoas novas. Eu preciso me tornar uma pessoa nova.

- Porque? Não precisa não.

- Eu quero, eu não sou boa o suficiente, não sou bonita o suficiente, não sou aceita pelas pessoas. Depois que meus pais morreram perdi todos os meus amigos, todos começaram a me olhar com pena - Lágrimas caem dos meus olhos - todos se afastaram, porque eu sou a garota estranha que perdeu os pais, você não tem noção oque é sentir vários olhares de dó sobre você..Todos os dias!

Ele me abraça forte.

- Você é boa o suficiente, e principalmente linda. Você não vai passar por tudo isso sozinha, eu estou aqui para você chorar e desabafar sempre que precisar, eu estou aqui para te proteger de qualquer pessoa que queira te fazer mal. Eu estou aqui para te amar.

Ele passa a mão por meu rosto limpando as lágrimas incontroláveis que caiam dos meus olhos. Se aproxima mais de mim e junta nossos lábios em um beijo incrível.

Fico com o rosto perto do seu, sentindo sua respiração.

- Não faça eu me arrepender de ficar, por favor - Abro os olhos e o encaro.

- Prometo, prometo te amar como ninguém nunca amou antes - Ele sorri.

- Te amo - O abraço. 

(...)

Estávamos deitados abraçados, olhando para o nada, só sentindo aquele momento.

- Mesmo que você fosse para o Colégio interno, eu iria atrás de você - o olho e sorrio.

- Já desconfiava - Ele sorri. 

(...) 

Estava entrando no Colégio, mas dessa vez de mãos dadas com Stefan. Quando estávamos passando pelo corredor encontramos David e sua namorada.

- Finalmente se acertaram - Ele ri.

- Pois é - Stefan sorri.

- Você realmente em algum momento se importou?

Eles me olham sem entender.

- Como assim, Angel ? - David se aproxima um pouco de mim.

O olho sentindo raiva e tristeza ao mesmo tempo.

- Você realmente se importa ? - Repito, e saio dali, junto ao Stefan.

- Por que você fez aquilo?

- Não somos mais amigos, Stefan.

- Oque ele fez ? - Ele me olha preocupado.

- Simplesmente me esqueceu, antes dele começar a namorar nós éramos próximos, agora, nem nós falamos mais - Ele passa o braço envolta do meu pescoço e continuamos a caminhar em direção a sala.

- Não fica assim, daqui a pouco vocês fazem as pazes.

- Não é tão simples assim - Entramos na sala.

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