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A noite passada foi bem agitada. Riley não parava na cama, dava voltas no quarto sem parar. Eu tentava dormir. Por mais que fosse impossível, não podia passar a noite a pensar no Ncristian, no que ele e o Fiennes estavam a planear. Mas para o Riley não foi assim tão fácil.

O céu está limpo, choveu a noite toda e não faz tanto calor assim. Evitei tocar no assunto Davilla... pelo menos por hoje.

Estamos a caminho da Blue Village Beach. Eu e ele estamos vestidos da mesma maneira, calça jeans e regatas pretas. Faltam poucos minutos para o Peter abrir as portas e espero que não arranque a nossa cabeça pelo atraso

- Estas mais calmo ?

Não respondeu e beijou a minha mão

- Fica com o telemóvel ligado esta noite. E presta atenção em tudo está bem ?

Não. Ele não estava mais calmo, só procurava uma maneira de me tornar mais paranóica

- Não vai acontecer nada

- Como da última vez ? Tens uma bela cicatriz na barriga

- Isso aqui não é o Pablo's, e vai ter um milhão de seguranças. Duvido que eles se arrisquem tanto

- Não, isso chama - se subestimar. Melhor do que ninguém sabes o que Ncristian fez contigo, e o que Fiennes fez comigo. Faz o que eu digo Driana. Vou pedir para o Peter me transferir

- Confia em mim ok ?

Não dizia nada. Nem olhava para mim. Estávamos próximos da Rain Party, conseguia ver as luzes coloridas no alto

- Tudo bem. Mas não vai para lugar nenhum sozinha. Qualquer coisa, a qualquer hora chama - me Driana

Confirmei com a cabeça. Nem eu queria pôr - me tanto em risco. Continuamos com o caminho todo em silêncio. Só queria que aquela noite acabasse e seguir para Davilla.

Deixamos o carro numa área reservada para funcionários e seguimos pelas traseiras. A música penetrava o meu cérebro e não me deixava pensar em mais nada. Hoje em dia tolero melhor a música electrónica, afinal de contas estamos a falar de dinheiro

- Vocês dois !! Filhos de mil putas vão para os vosso lugares agora! Dois minutos

Nunca vi o Peter tão irritado. Antes que pudesse dar mais um passo o Riley puxa - me. Abraçou - me e beijou o meu pescoço. Sorri nervosa. Sentia a preocupação gritante nos olhos dele, e não havia nada que pudesse dizer para alivia - lo

- Oh Meu Deus... despachem - se com isso

Beijou - me. Porquê que ele esperou tanto ?

- Ainda posso pedir transferência

Não disse nada e fui atrás do Klein. O pessoal não estava parado, bebidas voavam por todo lado e as luzes eram verificadas mais de cem vezes.

- Eu sei que a minha casa é maravilhosa, mas nunca pensei que fosse tão difícil sair de lá

- Quando tiveres uma namorada vais saber

- Podias ser tu. Mas decidiste ficar com o homem de ferro

Esse já tinha desaparecido com o Peter. Klein entregou - me a minha identificação, os carimbos fluorescentes e os cartões de bebidas grátis. Pelos vistos a área VIP era minha.

As portas foram abertas e fluxo de pessoas que chegava era inacreditável. Ainda não tínhamos começado e já estava tonta.

- Vou fazer um intervalo !

Foi o Klein a gritar no meu ouvido

Confirmei com a cabeça e continuei a receber as pessoas que chegavam. Já tinha carimbado mais de 100 pulsos, a área VIP estava quase lotada e faltavam dois convidados do Peter, que por sinal não estavam na lista

- Onde eles estão ?

Ele perguntou

- E como é que eu vou saber ?

- Sei lá... tu é que estás na porta

- Os convidados são teus Peter

Revirou os olhos e entornou a bebida do seu copo garganta a baixo e retirou - se. Fiquei a espera do Klein por mais uma hora... nesse intervalo de tempo vi o Riley. Falava com poucas pessoas e nunca ficava parado. Até hoje não sei dizer que tipo de trabalho ele faz. Mesmo estando a repara - lo por horas, dá a impressão que faz de tudo um pouco. Como se fosse um segundo Peter, só que com mais controle sob álcool.

Quando o Klein chegou as minhas mãos estavam dormentes e sentia os pés embrulhados em dor. Deixei - o com o resto das pessoas e procurei um espaço onde pudesse deitar - me e fechar os olhos, não importava o tempo desde que eu o pudesse fazer.

Passava por pessoas cobertas de tinta neon e pedi uma água no bar. Ir para o estacionamento estava fora de questão e não estava pronta para enfrentar a fila enorme da casa de banho e fui para o stock de bebidas.

A luz vermelha era bem forte, pelo menos aquele espaço estava mais fresco e não havia muitas pessoas por lá. Sentei - me em cima de uma das mesas de alumínio e bebi toda água antes de acender um cigarro. Sim. Ainda faço isso.

- Disse - te que não queria te ver sozinha

Se eu não reconhecesse a voz dele por cima de mil vozes não estaria arrepiar - me dos pés à cabeça.

- Já não estou sozinha

Ele sorriu, tirou o cigarro entre os meus dedos e pôs ele entre os seus lábios. O que me apeteceu fazer ? Estar entre aqueles lábios.

Riley aproximou - se da minha orelha e mordeu o lóbulo

- Eu podia fazer muita coisa contigo nesta posição

Jogou o cigarro para o chão e enrolou as minhas pernas na cintura dele. Deitou - me sobre a mesa beijou o meu pescoço e mordeu o meu queixo. Ignorou quem estivesse dentro da sala e continuou a beijar - me

- Há no mínimo mais de 2.000 pessoas atrás daquela porta

- E nós dois aqui dentro

Tentei virar - me para ver quem estava na sala e não vi ninguém.

Deu mordidas até à minha barriga massageando um dos meus seios.

- Podíamos sair daqui agora mesmo

- A festa acabou de começar

- É a melhor altura para sair

Então foi isso. Num minuto ele estava sobre mim na mesa e no outro estávamos dentro da carrinha, com uma das mãos dele no meio das minhas pernas a 120/h. Porque tínhamos uma ânsia um pelo outro que não sabíamos se um dia seríamos capazes de saciar.

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