Capítulo 85.

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Como tinha falado no cap anterior, está aqui mais um cap pra vocês rsrs

Boa leitura

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Alex narrando

Minha cabeça dói, e eu não consigo raciocinar a onde estou. Sinto meu corpo em algo duro e quando consigo abrir os olhos, vejo que estou em um cômodo, deitada em um colchão. Tento levantar, mais apenas consigo me apoiar na parede. A porta de vidro se abre, e Thomás entra.

Thomás: olha só quem acordou - ele sorri e se aproxima.

Alex: o que você fez comigo? - minha voz sai fraca em sem forças.

Thomás: nada demais - ele dá de ombros.

Alex: você irá pagar pelo que fez - falo, e minhas pernas ficam fracas, fazendo-me cair no colchão.

Thomás: e seu namorado também - ele se agacha, ficando na minha altura - Terá uma surpresa hoje à noite.

Alex: o que tem hoje à noite? - falo, já receosa.

Thomás: bom, ele me trará o dinheiro, mas também terá uma bela armadilha esperando por ele - dá um sorriso.

Alex: não ouse encostar nele! - minha voz sai alterada, fazendo minha garganta arder.

Thomás: e o que você irá fazer? - ele ri e se levanta - Fique quietinha aí, você é uma boa isca para poder pegar o Gabriel. Até à noite - fala, e sai do quarto.

Tento me levantar, mas a única coisa que consigo é levantar apenas um pouco, mas não tenho forças para nada.

Eu preciso sair daqui, preciso avisar para ele antes que seja tarde demais.

* * * *
Biel narrando

Biel: pai, preciso falar com você! - entro no quarto, já em pânico.

Rodrigo: o que foi? - ele me olha preocupado e eu me sento ao seu lado.

Biel: eu fiz a maior burrada da minha vida - falo, já com voz embargada.

Rodrigo: acalme-se, respira e me conta o que aconteceu - ele põe a mão no meu ombro.

Então eu começo a contar tudo o que aconteceu para ele desde o começo. Sobre o jogo, sobre as ameaças, sobre a Alex que está sendo refém...

Rodrigo: Gabriel, você ficou maluco?! - ele levanta da cama, alterado.

Biel: pai...

Rodrigo: não... Eu não acredito que você fez isso, por que diabos você se meteu em uma droga de um jogo?! Eu por acaso te dei esse ensinamento? Que você pode sair apostando por ai?! Agora ele vai querer dinheiro, você não deveria ter feito isso!

Biel: eu sei que agi mal...- suspiro.

Rodrigo: você foi um moleque, isso sim - ele aponta o dedo para mim - Eu estou extremamente decepcionado com você. Mas isso nós resolvemos depois, os pais da Alex podem perceber a ausência dela. Eu te darei o dinheiro, mas não irei com você. Você mesmo tem que encarar as consequências dos seus erros, não deixe a sua garota pagar pelo erro que você cometeu.

Biel: tudo bem - falo baixo e me levanto - Obrigado pai.

Rodrigo: tome - ele entrega o dinheiro em minhas mãos - Espero que você faça a coisa certa dessa vez.

Biel: eu vou fazer - falo decidido e ele apenas assente. Saio do quarto e quando vejo no relógio são 11:15 PM. Tenho que me apressar. Pego a chave do carro e corro para a garagem, assim que entro no carro meu coração acelera com a adrenalina que percorre meu corpo.

Tiro o carro da garagem e vejo que meu pai me observa pela janela do quarto. Essa é a primeira vez que o vejo decepcionado comigo, eu consegui estragar tudo. Essa realmente não foi a educação que meu velho me ensinou, e até eu mesmo tenho vontade de me socar.

* * *

Alex narrando

Com mais um esforço eu consigo levantar e ficar totalmente de pé. Me apoio na parede até a tontura passar, quando realmente eu consigo raciocinar direito começo a caminhar até a porta, e vejo que a mesma não está trancada, ótimo!!

Saio do quarto cautelosamente e começo a andar pelo enorme corredor em passos lentos e silenciosos. Vejo que essa oficina está caindo aos pedaços que chega até ao ponto de desabar. Passo por várias portas e quando passo por uma porta enorme a vejo apenas encostada, e um pequeno feixe de luz ilumina o local. Abro mais um pouco a porta para tentar enxergar melhor e apenas vejo Thomás conversando com alguém no telefone de costas para mim. Ponho meus ouvidos na porta para escutar melhor, até que ouço a sua voz.

Thomás: nós vamos pegar ele na saída, a garota está desmaiada no quarto, está surgindo efeito... Eu espero que você não deixe aquele infeliz escapar, assim que ele entregar o dinheiro você atira nele, eu estarei com a garota nas mãos, depois nós resolvemos o que fazemos com ela... Mas se caso ele não vim, ela morre - ele dá uma pausa e depois volta a falar - Tudo bem, espero que não me decepcione.

Ao ouvir isso, um pequeno ruido escapa da minha boca, chamando atenção de Thomás. O vejo virando a cabeça na direção da porta, e eu apenas saio correndo da porta, já com o coração na mão. Me escondo atrás de uma porta e agradeço que esse corredor está escuro. Escuto passos na minha direção e prendo minha respiração. Ele aparece apenas com a luz do celular iluminando o local, mas por sorte não me vê.

Thomás: estou indo no quarto agora ver ela, esteja pronto daqui cinco minutos - ele fala ao telefone e sai em direção ao quarto em que eu deveria estar. O pânico e o medo tomam conta de mim e eu apenas corro, corro em direção a saída, desejando que aquilo tudo fosse apenas um sonho. Corro o mais rápido que posso.

Assim que chego nas escadas, vejo que a porta principal está aberta, facilitando minha saída. Quando meu pé alcança o primeiro degrau, sinto alguém me agarrar por trás e puxar meu pescoço para trás.

Thomás: a onde você pensa que vai?! - ouço sua voz bem rente ao meu ouvido e me desespero. Tento gritar mais ele cobre minha boca com sua mão.

Ele começa a caminhar, me carregando junto com ele. Tento me soltar, mas é em vão. Até que uma ideia me vem à mente. Levanto minha perna o máximo que consigo e dou chute em certeiro no seu estômago, e ouço seu gemido de dor e suas mãos me soltam. Saio correndo o mais rápido que posso, desço as escadas rapidamente, mas ele é mais rápido é consegue me puxar pela cintura.

Thomás: você não vai fugir daqui, maldita!! - ele grita e me puxa.

Alex: me solta!! - grito o mais alto que eu consigo - Socorro!!

A minha voz parece ter saido em vão. Mas eu venço sua resistência e consigo me soltar dele, e corro em direção aos metais velhos da oficina, tendo um em minhas mãos. Quando ele corre em minha direção, meu único instinto é bater em sua cabeça, e assim eu fiz. Ele cai desmaiado no chão, e eu apenas deixo o objeto ali e corro até a direção da saída. Meus braços e pernas estão ambos cortados, mas eu não ligo para nada, apenas penso em fugir dali.

Quando finalmente consigo alcançar a saída, saio da casa e quando olho para o portão, vejo Gabriel entrando pelo enorme portão da oficina, e me desespero.

Alex: GABRIEL, NÃO! - grito e corro em sua direção.

Biel: Alex?! - ele me olha totalmente espantado.

Alex: você precisa sair daqui! - digo. Pego em sua mão e corro até a saída.

Biel: o que aconteceu?!

Quando penso em responder, ouço um som estrondoso de um tiro, e uma dor aguda invade a minha coxa esquerda. Caio no chão, já perdendo os sentidos. As mãos do Gabriel me seguram, e ele chama freneticamente o meu nome. Estou sem forças, e em frações de segundos, vejo Thomás sair pela porta, vindo em nossa direção, acompanhado de dois homens.










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