Capítulo 83.

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Alex: oi - dou um selinho em seus lábios ao entrar em sua casa.

Biel: oi - ele segura em minha cintura e aprofunda o beijo.

Alex: sua mãe já deve estar enjoada de tanto que eu venho aqui. Nem deve ter tempo com o filho - falo rindo e ele me acompanha.

Biel: não pense besteira, ela te adora - ele pega minha mão e nós vamos para o quarto. Quando chegamos me sento em sua cama, respirando o cheiro tão conhecido para mim - Senti sua falta - ele se senta ao meu lado e beija meu pescoço.

Alex: não seja exagerado, só foi uma noite - me sento em seu colo, de frente para ele.

Biel: pareceu uma tortura - ele fala baixo, e sem esperar eu responder ele me beija, agarrando minha cintura, me levando em direção ao seu corpo. Quando ponho minhas mãos em seu pescoço, meu celular vibra. Quando faço menção de pegar, ele segura minha mão.

Biel: ignora - ele volta a me beijar.

Alex: eu...preciso...ver - falo em meio ao beijo. Ele bufa e solta minha cintura. Pego meu celular e vejo mais uma mensagem.

- Saia da casa do namoradinho, e me encontre atrás da casa abandonada. Você tem apenas 10 minutos, a não ser que queira que eu ai lhe buscar.

Biel: o que é isso?! - ele pergunta perplexo.

Alex: n-não é nada, deixa isso quieto - falo rapidamente. Droga!!

Biel: não!! - ele pega o celular da minha mão e se levanta da cama, me levando junto - O que é isso?!

Alex: Gabriel, esquece isso!

Biel: você está sendo ameaçada? Quem é esse cara? - ele pega nos meus ombros, me forçando a olhá-lo. Eu estou sem nenhuma escapatória.

Alex: Thomás - falo em um suspiro.

Biel: merda!! - ele me solta e anda de um lado para o outro - A quanto tempo isso está acontecendo?

Alex: desde o dia em que você sofreu o acidente - falo baixo.

Biel: o que?! - ele grita - E você pretendia me contar quando?! Quando ele fizesse algum estrago?!

Alex: eu só não queria que algo de ruim acontecesse com você!! - me altero - Ele estava te ameaçando!

Biel: então quer dizer que você resolveu dar uma de heroína e pensou que podia resolver tudo sozinha?! - ele está alterado, nunca o vi desse jeito.

Alex: eu estava tentando te poupar de tudo isso!! - não aguento e grito - Você tinha acabado de sofrer um acidente, seus pais estavam desesperados, você queria mais um peso para você?

Biel: e você não se deu conta de que estava pondo a sua vida em risco?!

Alex: eu só estava tentando te proteger, droga!

Biel: mas isso não é motivo de me esconder isso, merda, Alex!! - ele grita e dá um soco na escrivaninha, fazendo o abajur cair. Me assusto com seu gesto e dou um passo para trás. Lágrimas desesperadas caem de meus olhos, ao ver essa atitude bruta dele. Ele está de costa pra mim, respirando profundamente e se controlando para não perder a cabeça.

Alex: Gabriel...- minha voz sai falha.

Biel: vai embora, Alex.

Alex: Gabriel, você não pode...

Biel: vai embora!! - ele grita - E leva essa merda com você! - joga o celular em cima da cama.

Abro a boca para falar algo, mas nada coerente passa pela minha mente. Ele está bastante alterado, e eu não sei como controlar essa situação. Ao seu pedido pego meu celular da cama, e caminho em passas rápidos até a porta, a batendo logo em seguida. Saio de sua casa já com os punhos fechados e vou até a casa que o infeliz falou que queria me encontrar. Caminho em passas rápidos e com as respiração pesada e ofegante. Depois de alguns minutos, chego até a casa abandonada que tinha no meu bairro. Ao chegar lá, meus sapatos fazem barulho quando pisam na grama alta, e sinto cheiro da madeira velha, que me chega a dar náuseas. Quando olho para todos os lados à sua procura, sinto uma mão em meu ombro. Me viro rapidamente e encontro o mesmo olhar maldoso e irritante de sempre.

Thomás: até que enfim, pensei que preferisse que eu fosse te buscar - ele cruza os braços e sorri, um sorriso de que está se divertindo com meu estado.

Alex: era isso que você queria?! Estragar meu relacionamento?! Já não basta me vigiar, agora quer o que mais?! - grito e ele escuta tudo calado. De repente, ele sorri e suspira.

Thomás: bom, eu só estou te seguindo porque quero o dinheiro da aposta. Nós dois jogamos, e ele tem que cumprir a promessa - fala tranquilo.

Alex: eu já falei que eu vou arranjar a droga do seu dinheiro, seu imbecil!!

Thomás: só que não estou vendo nada em suas mãos!! - ele altera a voz.

Alex: você por acaso sofre de alguma doença?! - eu tenho certeza que sim.

Thomás: cala a boca. Eu só quero o meu dinheiro, enquanto ninguém me pagar, eu não irei parar. E como eu disse antes, minha paciência tem limite - fala, já irritado.

Alex: e como eu já disse antes, eu não tenho medo de você!

Ele me observa atentamente. Minha respiração está irregular, e meus olhos estão vermelhos de raiva. Vejo seus olhos penetrarem nos meus, e eu me afasto com receio do que ele possa fazer.

Thomás: eu não queria fazer isso, mas você não me dá escolha - quando fala isso, eu penso em correr, mas ele é mais rápido, e só sinto quando ele pega na minha cintura, e quando penso em gritar ele agarra meu pescoço e põe um pano em minha boca. Minha visão fica embaçada, até que eu não enxergo mais nada.






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