Biel narrando
Biel: Alex!! - gritei, ao ver seu corpo no chão. Pus minhas mãos em volta de seu corpo e a chacoalhei.
Thomás: entrega a merda desse dinheiro, Gabriel - gritou, e se aproximou de mim.
Biel: você disse que não faria nada com ela, seu inútil! - levantei, já pronto para lhe dar um soco.
Thomás: eu não iria fazer mesmo, mas a danada queria fugir - falou, e se virou para um de seus homens - Pegue a menina.
Quando ele se aproximou da Alex, me coloquei em sua frente.
Biel: não ouse tocar nela - rosnei. Me aproximei dele e lhe dei um soco, fazendo-o cair no chão, desmaiado - Se você encostar nela, irá se arrepender!
Thomás: não seja imbecil, entrega logo esse dinheiro, se não a situação irá piorar.
Biel: não irei lhe entregar nada!
Na hora em que falei isso, sinto uma forte pancada na nuca, fazendo-me cair no chão e não enxergar mais nada.
* * *
Alex narrando
Assim que abro os olhos, tento mexer meu corpo, mas percebo que meus braços e pernas estão acorrentados. Olho para o lado e vejo Gabriel na mesma situação que a minha. Uma dor imensa invade minha coxa novamente e só ai vejo que a mesma está ensanguentada, daí me vem na mente o barulho do tiro.
Biel: Alex - ouço seu sussurro.
Alex: oi - sussurro de volta.
Biel: droga, estamos preso - murmura - Isso é tudo minha culpa.
Alex: agora não é hora para isso, precisamos pensar em alguma coisa para sair daqui - falo, com a voz alterada, relevando o quanto eu estava chateada com ele.
Biel: não tem como sair daqui, você não entende - suspira, derrotado.
Alex: claro que tem!!
Nessa mesma hora, a porta se abre, fazendo um enorme barulho, e vejo uma silhueta se formar atrás dela, já que o quarto está escuro, me impede de ver. Escuto passos caminhando até a nossa direção contraria e ascende a luz. Fecho um pouco os meus olhos, me acostumando com a clareza do local. Thomás olha para a nossa direção e sorri.
Thomás: como vai meu casal preferido? - pega uma cadeira e a põe na nossa frente, sentando do lado oposto em que seu peito fique apoiado no encosto da cadeira.
Nenhum de nós ousa a falar uma palavra, apenas se escuta o som das nossas respirações forte no local. Thomás nos observa atentamente.
Thomás: sabem... Eu não queria fazer isso com vocês - ele fala, e quando percebe que não iremos responder, continua - Poderia ter sido tão fácil.
Gabriel respira fundo, enquanto olha para baixo sem falar nada. Encaro Thomás e ele me olha de volta.
Alex: nos tire daqui - sussurro.
Thomás: seu namorado não está colaborando - ele dá de ombros.
Alex: Gabriel - o chamo e ele me encara - Entregue o dinheiro para ele.
Biel: nunca - rosna - Ele prometeu que não encostaria em você.
Alex: isso foi culpa minha, eu que quis fugir. Por favor, entrega logo esse dinheiro para ficarmos livres.
Ele respira fundo e encara o chão. Procuro seus olhos e os mesmo encontram os meus. Seu olho está em um verde escuro, me fazendo entender o quanto ele está sofrendo. No final, ele dá um suspiro.
Biel: está no bolso direito da calça jeans.
Thomás sorri e caminha em sua direção, vasculha seu bolso e tira um bolo de dinheiro lá de dentro. Sorri e nos encara.
Thomás: muito bem - caminha até a porta.
Alex: hey! -o chamo - Você disse que nos tiraria daqui se entregarmos o dinheiro!
Thomás: vamos dizer assim que eu não sou muito bom com promessas - dá de ombros e sai do quarto fechando a porta.
Biel: eu avisei para não entregarmos o dinheiro - murmura baixo, sem nenhuma expressão no rosto.
Alex: nos teríamos que entregar de qualquer jeito - falo.
Ele não fala nada, apenas se encosta na parede e fecha os olhos. Vejo dor e arrependimento em sua expressão, e isso me deixa mal. Me aproximo dele o máximo que as correntes permitem e ele abre os olhos, me encarando.
Alex: nós vamos sair daqui - sussurro.
Biel: não vamos Alex, você não está entendendo. E mesmo se conseguíssemos, como iríamos com você nessa situação - aponta para a minha perna ferida - E como iríamos passar pelos homens do Thomás sem que nos vejam?
Alex: nós vamos consegui - afirmo.
Ele não fala mais nada. Me afasto dele e me encosto na parede, sentindo a dor em minha perna piorar, fazendo-me fechar os olhos e aperta-los. Mas na verdade, nem eu estou acreditando em minhas próprias palavras.
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O Melhor Amigo do Meu Primo
RomansaEssa história aconteceu com duas pessoas que, digamos assim, eram impossíveis de se apaixonar novamente. Deixe-me contar um pouco delas para você... Alex, uma menina comum, que morava na cidade de São Paulo, tinha muitos sonhos. Um deles era se torn...