Capítulo 9

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"12 de junho, de 2012

Hoje o dia foi duro. As provas estão a chegar e eu tenho que estudar muito para que consiga boas notas, pois o trabalho que eu quero seguir depende apenas de mim e do meu esforço. O meu pai está satisfeito com as minhas notas, mas a minha mãe diz que quer mais. É muito duro isto. Ainda por cima temos aquele projeto de ciências que eu tenho que dividir com o Ryan. Eu não suporto aquele miúdo. Acreditas que ele não gosta de negros, de pessoas que acreditam em Deus, deficientes... ELE LEMBRA-ME O HITLER! Não, acho que ele é pior que o Hitler. o pior é QUE EU SOU NEGRA! Não muito, a minha cor é de chá com leite, mas para ele isso são pessoas muito negras. hahaha! Se ele é assim com 13 anos, imagina com vinte e tal..."

Yasmin: Já sei a quem os filhos e os netos saíram... - disse com raiva de Ryan.

(...)

Bruno: acordem, meninos! - dizia a bater com as panelas, de um lado para o outro, nas tendas.

Yasmin acabou por cair no chão, com o susto, e reparou que adormeceu enquanto lia o diário da avó Yasmin. Ela ficou tão entretida com o diário que apenas foi dormir à meia-noite e sabia muito bem que hoje iriam partir às oito da manhã.

Yasmin: Eu já estou acordada... - mentiu para si mesma, de olhos fechados e a pôr as mãos em cima da cama, para conseguir pôr-se nela - eu... - disse, mas acabou por cair, sem conseguir acabar a frase e, sem forças, ficou a dormir no chão.

Diogo: Que horas são? - perguntou, ainda com os olhos fechados, para Zayn.

Zayn: segundo o meu relógio, ainda são oito horas.

Bruno: Temos que partir! - gritou furioso, pois ninguém queria levantar.

Zayn e Diogo olharam-se assustados e saíram logo da cama. Yasmin fez a mesma coisa e guardou muito bem o diário da avó Yasmin.

Quando todos já estavam prontos para ir, foram ter com Faruk, para despedirem-se, pois não saberiam quando iriam voltar a ver ele.

Faruk: Tenham cuidado e nunca, mas mesmo nunca, esqueçam de que lado vocês estão. 

Lourenço: Não iremos.

Faruk: Diogo, tenho uma coisa para ti. 

Diogo olhou espantado para Faruk e este foi buscar um amuleto do seu avô, Saed.

Faruk: Este amuleto era do meu falecido bisavô. - disse enquanto punha à volta do pescoço de Diogo - acredito que se ficares com ele, ficarás mais protegido.

Diogo sorriu.

Faruk: Vais precisar... - sussurrou de uma maneira que Diogo não conseguisse ouvir.

Diogo olhou para o amuleto com um sorriso e Harry olhou para Joan, com má cara.

Zayn: Fica perfeito em ti.

Bruno: Vamos? 

Aisha: Tomem algumas bolachas. Foram feitas por mim e pela Raissa.

Bruno: Obrigado, Aisha.

Eles entraram no autocarro que iria levar-lhes para Irão, enquanto o refúgio muçulmano ficou nas suas tendas, a rezar para que tudo corresse bem.

Chris: Wesley, nós ficamos a manhã inteira a revistar as casas das pessoas. Nenhuma delas tinha coisas... estranhas...

Wesley: Eu sei que eles estão aqui! Eu tenho a certeza! 

Comandante: Senhor! - disse a entrar no quarto de Wesley e, pela cara que Wesley fez, apercebeu-se que o seu ato foi mal-educado, mas com a notícia que tinha, ele tinha uma maneira de escapar-se - descobrimos onde é o refúgio!

Os Revolucionários - equipa 210Onde histórias criam vida. Descubra agora