(sem revisão)
Yara respirou fundo e tentou perceber o que estava a acontecer mesmo diante dos seus olhos.
- Kelly - Harry prosseguiu - Esta é a Yara. Yara, esta é a Kelly.
Kelly acenou, pouco entusiasmada, para Yara. Tinha visto que o rapaz já tinha encontrado uma nova distração, que já a tinha esquecido. Tudo o que ela queria dizer e que Jennifer e Lara tentaram pôr-lhe na cabeça, foi em vão, naquele momento.
- O quê que queres? - ele perguntou-lhe.
Ela baixou o olhar, triste, por ter demorado tanto ao ponto de já não poder mais.
- Eu... - ela coçou atrás da orelha - Deixa. Depois eu digo.
Ele ficou confuso, parecia importante, pelo menos era o que a sua cara transmitia. Seria alguma coisa relacionada com a equipa ou a missão? Esperava que nada de mal estivesse a acontecer, mas deixou-lhe afastar-se sem um único esforço em tentar saber o que ela queria.
- Eu tenho de ir - Lara disse.
- Já?!
- Sim... - ela olhou para os lados, a tentar encontrar uma desculpa - O meu pai deve estar à minha espera. Tenho de almoçar com ele, hoje.
- Espero voltar a ver-te.
Ela engoliu seco. Tudo o que ela queria dele era distância, não queria voltar a vê-lo nunca mais, não depois do que ela sentiu. Sentia uma coisa que não conseguia explicar e imaginar-lhe atrás das grades, prestes a sofrer com um castigo horrível, era tudo o que ela não queria imaginar.
- Eu também. - ela mentiu.
Saiu da cadeira e depois do café, com o olhar perseguidor de Harry sobre ela. Foi aí que Harry bateu na sua cabeça por não ter-lhe perguntado o número de telemóvel, já que, agora ele tinha um. Era bom poder conviver com mais raparigas, sem ser as raparigas da equipa ou do refúgio, mas tudo o que ele não queria era apaixonar-se. Apaixonar-se não! Iria-lhe distrair da missão.
Bruno andava de um lado para o outro decidido: amanhã iriam apanhar um barco para França. Teriam de sair o mais rápido possível de África, que estava cheia de pessoas relacionadas com Os Oliveira e eles não estavam prontos para isso. Ainda não. O plano poderia ser todo estragado se algum deles descobrisse, antes mesmo de eles chegarem em América. Ele é o líder desta missão, não pode deixar que isto seja um fracasso.
- Está decidido! - ele disse, a olhar para todos os membros da equipa, incluindo Fernanda, Henrique e Sofia - Amanhã vamos apanhar um cruzeiro para a França.
- Esse cruzeiro não é perigoso? - Fernanda perguntou, enquanto olhava para o mapa do mundo que Bruno sempre tinha na mochila.
- Temos de fazer sacrifícios, como fizemos de Ásia para África. - ele olhou para o lado, pensativo - Nunca vi África tão perigosa, como agora. Parece que voltou a ser um dos continentes mais perigosos do mundo.
- Como é que era no teu tempo? - Yasmin perguntou.
- Era o país onde se podia ficar mais tempo - ele suspirou - Estão à espera do quê? - ele olhou, com os olhos arregalados - Vaiam-se preparar. Amanhã teremos um cruzeiro.
Todos foram fazer as suas malas e arrumar as suas coisas, pois já era de noite, e amanhã eles teriam de acordar cedo, menos Fernanda, que ficou sentada na cadeira do quarto, a olhar para Bruno, que ficou sério a encará-la. Bruno já tinha reservado os bilhetes, online, nada podia voltar atrás com a sua decisão.
- Algum problema, Fernanda? - ele perguntou, ao reparar no ar sério dela.
- Eles podem estranhar nós estarmos sempre em barcos.
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Os Revolucionários - equipa 210
Ciencia FicciónPassaram-se 20 séculos na Terra, e a Terra agora é outro mundo; um mundo em que a ciência controla a cabeça de qualquer ser-humano. Dr. Oliveira é um cientista que consegue manipular qualquer pessoa a fazer o que ele quer. E ele tem a ideia que pode...