Capítulo 16

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Sem revisão, mas sem erros muito graves, também! 

Os cinco mais novos da missão eram os que menos causavam problemas, mas os que ficavam mais preocupados. Era como se, quanto mais pequeno se era, mais adulto se era. Sem problemas amorosos, sem problemas com as amizades, sem nada que possa prejudicar a missão, e claro que no meio daquelas crianças havia um adolescente com a mesma mente que eles...

Zayn: E eles viveram felizes para sempre. Fim. - ele fechou o livro e olhou para as crianças que tinha ao seu redor.

Todas quietas, nas suas camas, cobertas por um cobertor não muito grosso, graças ao calor daquelas áreas. 

Edson: Zayn? - ele apenas cobria a cara, como se não quisesse mostrar as restantes partes do corpo - Podes vir cá?

Zayn olhou para Edson e depois dirigiu-se até ele. Pôs-se de joelhos no chão e começou a acariciar os cabelos do rapaz. 

Zayn: Sim?

Edson: Ahm... Eu estou com medo. - a voz do rapaz de sete anos era o que punha Zayn mais carente.

Zayn: Do quê? Da missão ou do facto de nós estarmos cada vez mais impossíveis?

Edson: Dos dois.

Zayn: Não tenhas. Um dia seremos livres e o medo nunca mais vai invadir os nossos corações. Depois do medo, vem a alegria. Nunca te esqueças disso.

Edson: E... Se nós não conseguirmos?

Zayn: Nós vamos conseguir. - ele agarrou na mão dele e entrelaçou os dedos - Não te esqueças que nós somos diferentes. 

Edson: Prometes?

Zayn cruzou os dedos da outra mão.

Zayn: Prometo. Agora dorme bem, que amanhã vamos, finalmente, andar pelo Egipto.

Edson sorriu e deu-lhe um beijinho.

Edson: Boa noite.

Zayn levantou-se com um enorme sorriso na cara. 

Zayn: Dorme bem, sonhos azuis para as meninas e cor-de-rosa para os rapazes. Ou será ao contrário?

Ele pôs-se na cama que estava na ponta. Tinha sido o responsável pelas crianças naquele navio e não lhe custava nada, já que elas eram melhor que os adultos. 

Quando as luzes se apagaram, toda a gente já estava no alto sono, menos uma pessoa.

Edson pôs as suas pantufas e caminhou, silenciosamente, até a porta. Não se esqueceu de pôr algumas almofadas por baixo dos cobertores, para o caso do Zayn acordar de repente. Do Zayn tudo se espera. 

Andou pelos corredores do barco sem fazer muito barulho. Queria ver o que Sarah tanto olhava há pouco tempo, queria saber que barulho era aquele que só eles dois conseguiam ouvir. Era como se as outras pessoas não vissem nem ouvissem coisas que eles ouviam, talvez por eles não estarem há muito tempo no mundo original.

Mas tinha medo de o fazer sozinho, porém os amigos não iriam querer fazer isso sem a vigilância de Bruno e Bruno não iria deixá-los pesquisar o que era, porque eles são muito pequenos.

Ele revirou os olhos a pensar nisso. Como se os mais velhos fossem mais capacitados. Se calhar até são, mas ele também está nesta missão, mesmo tendo esta idade.

Ele começou a ouvir umas vozes vindas das canalizações e virou-se para o teto, até que sentiu o seu corpo a ser derrubado no chão. 

Quando sentiu a cabeça a tocar com força no chão, pôs ela no ar novamente, mas acompanhada pela sua mão. Olhou para cima e viu um miúdo não muito velho a olhá-lo com os olhos arregalados, mas a única coisa que ele realmente conseguia ver eram os pássaros que andavam à volta da sua cabeça.

Os Revolucionários - equipa 210Onde histórias criam vida. Descubra agora