carta de Alberto Caeiro

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Você sempre foi esperta e curiosa
Sempre gostou das coisas mais estranhas e simples da vida.

Você sempre foi a alegria de sexta-feira e as palhaçadas de domingo.
Curtindo sempre coisas antigas que trouxessem histórias fascinantes.

Sem rótulos ou efeitos colaterais
Com seus fetiches e desejos absurdos

Sonhando com uma vida melhor,
Um lugar bonito para chamar de lar.
Você sempre foi contadora de histórias, fábulas e tantos outros

Sempre com sua mania de andar descalça e livre como o vento.

Aventureira e sedentária
Coisa que não combina em uma mesma frase.

Você sempre foi pessimista, mas adorava ouvir coisas positivas daqueles que você mais ama.
Vivendo nas entrelinhas de seus poemas favoritos

Eu sei que você ainda tem guardado no seu baú um exemplar meu.
Fico grato por todo o seu amor para com a poesia, e sua magia envolvente.

Saiba que ainda tenho fé em você.
Minha menina sonhadora, devoradora de livros.

Eu ainda tenho você, como a garota que terá o mundo.
Porque você sempre foi seu próprio combustível
Sempre quis tudo, e dividir tudo também.

Você não é egoísta, apenas cuidadosa com quem ama.
Saiba que ainda será os livros que mudará a realidade de muitos por aí a fora.

Não esqueça de ajudá-los a se reencontrar
De a mão para quem dela precise
E sorria sempre, pois seu sorriso cativará a todos que te cercam.

Ah! Não esqueça de colher os frutos do trabalho com humildade
Não seja orgulhosa, mas tenha dignidade

Eu sei que você irá conseguir
Você sempre conseguiu o que quis.
Claro, você sempre lutou para ter o que sempre desejou
Mas o resultado sempre foi melhor que o esperado.

Cuide de seus amigos ausentes e presentes
Mantenha seus planos, e não desista nunca.
Tudo acontece no momento certo, e sei que agora você sabe disso tão bem quanto eu.

E com muito carinho, amor e muita inspiração
Termino essa carta em completa gratidão.

Obrigado, menina voraz.
Que sempre adorou a seguinte frase:

" não tenho ambições nem desejos
Ser poeta não é uma ambição minha, é minha maneira de estar sozinha. "

(Alberto Caeiro)

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