Custou caro

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Assim que acordei, ouvi um barulho vindo da cozinha, e fui até o armário procurar algo para vestir. Assim que me vesti, cheguei até lá e vi Marry fazendo panquecas num fogão, enquanto Dominik estava sentado na mesa com um copo de suco e alguns talheres.
- Posso saber onde vocês arrumaram tudo isso? Na minha casa não havia nenhum móvel desde ontem.
- Arranjamos uma nova forma de reforma. - Dominik explicou, de boca cheia.
- Que bonitinho! Agora vocês resolveram se mencionar como "nós"? Parabéns ao casal. -Me irritei, cruzando os braços.
- Ah, Kora! Deixa de bobagem e senta aí, vai! - Dominik apontou para a cadeira.
- Posso saber que reforma foi essa? Eu acordo e de repente aparecem cadeiras, fogão, mesa, panelas... Uma cozinha completa na minha casa que não tinha nada.
- Lembra que a general Rânia esvaziou os bancos de sangue né... Você não me deixou matá-la, então eu inventei uma nova forma de fazermos um acordo.
- Sem minha concepção?
- Você vai gostar, escuta o resto! Eu e Marry saímos para caçar, você vem com a gente se quiser, já que precisa do sangue, então pegamos os moveis das casas das pessoas que matarmos, dessa forma eles pensarão que ao invés de sumir, a pessoa se mudou.
- Suspirei.- tudo bem, Dominik, eu aceito o plano, mas queria saber como vocês trouxeram tudo isso sem ninguém perceber.
- Pegamos da vizinha daqui do lado, não foi tão difícil.
- SEUS BURROS! Vocês só pegaram a cozinha!
Com certeza eles vão desconfiar e vão descobrir que mataram ela pra pegar as coisas... Vamos logo voltar lá antes que desconfiem!
- Eu corri em direção à janela e me joguei, abrindo as asas.
- Kora sempre se esquece de sair pela porta... - Dominik falou sozinho, e Marry balançou a cabeça.
Chegando na casa da vizinha que eu mal sabia o nome, percebi que ainda faltavam algumas coisas para serem retiradas, sorte que como eu morava numa mansão, teria espaço de sobra para tudo aquilo.
- Como vai tirar tudo isso, inteligência? - Marry zombou, duvidando de mim.
- Se você não sabe, agora eu tenho poderes de teletransporte, então vai ser bem fácil esvaziar essa casa, observe! - Abri um portal roxo, que mais parecia fumaça, e fui teletransportando cada objeto, um por um, e isso levou algumas horas.
- Tem certeza que você é um anjo?
- Sou mais do que você pensa, Marry.
Deixamos a casa vazia e saímos às pressas, como era cedo, ninguém percebeu nossa movimentação.
Enquanto íamos até minha mansão, desacelerei o passo e deixei que eles dois me acompanhassem, mas ao invés disso eles foram andando na frente, conversando que nem um casalzinho idiota. Eu os ignorei, algo naquela garota me dizia que Marry tinha algo ruim contra mim.
Antes que eu alcançasse eles, enquanto eu passava por uma praça abandonada, com um balanço numa árvore, escutei algo se mexer perto dali. Cheguei mais perto para verificar, e vi um corvo de penas muito escuras, que chegavam a refletir. Ele virou a cabeça para mim, pousando no meu ombro.
- Quer vir comigo? - Perguntei.
Ele assentiu com a cabeça, e era estranho você achar um animal desses domesticado na rua, talvez alguém o tenha perdido.
- Seu nome vai ser Petrus, ok? - Ele me olhou em aprovação, e seguimos o caminho até em casa.
Ele era bonito para apenas um corvo, e era bastante inteligente, eu o deixei em cima da cama do meu quarto e entrei no banheiro para tomar banho, assim que saísse eu iria ensina-lo a ser meu aliado e a fazer muitos truques.
Das coisas que já fiz, a melhor foi ter roubado a banheira de hidromassagem da vizinha junto com um sabonete para bolhas ,era tão relaxante que passei um bom tempo no banho, fazendo espumas que nem uma criança.
Assim que sai do banho, coloque uma toalha e vi que Petrus não estava mais no meu quarto.
Desci as escadas apressadamente e cheguei na cozinha, onde Dominik estava sentado na mesa como sempre, e Marry não estava ali.
- Você viu algo passar por aqui? - Perguntei.
- Fora o seu nervosismo... Não.
Dominik... Sempre cheio de piadinhas... Fui até o quarto que era reservado para Marry, e vi que a porta estava trancada, talvez ela estivesse ali com Petrus. Girei a maçaneta várias vezes e chutei a porta, até que ela apareceu atrás de mim, e não estava no quarto.
- Tentando abrir minha porta? O que pensa que tem aí? - Ela perguntou, de cabeça virada.
- O que você estava fazendo? Onde estava? - Perguntei, até ela virar a cabeça.
- Apenas matando minha sede. - Ela disse, com sangue nos lábios.

Gente desculpem a demora, aconteceram algumas coisas ruins e não pude escrever, 12 votos e eu posto o próximo ok? Beijoooos

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