Capítulo 37 - Pensando no futuro

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Dia 12 de novembro, sábado, às 17h08

Era o dia de folga de Sakura. A médica decidiu então que não ficaria trancada em casa assistindo ás suas séries como de costume. Havia ligado mais cedo para Konan, mas a amiga estava ocupada demais por ter ido acompanhar Itachi junto com a Akatsuki num show na cidade vizinha. Após isso, a rosada procurou por Ino. No entanto, a loira estava sobrecarregada com coisas do casamento e, por pouco, não arrastou Sakura para ajudá-la. Sorte que Sai safou a médica e disse para Ino não perturbar o único dia que Sakura poderia relaxar.

Relaxar? Definitivamente, Sakura havia esquecido como era se sentir assim. Desde que Sasuke rompera com ela, a doutora vivia uma rotina amarga e imersa em solidão. Durante um tempo, ela teve Sasori para aplacar a falta do Uchiha, mas hoje nem isso mais ela tinha. Não lamentou, mas sabia que se ficasse mais algum tempo tão sozinha ficaria pior. A médica decidiu que iria para a praia assistir ao pôr do sol e, quem sabe, comer alguma coisa num dos quiosques.

Lá, por acaso, viu Naruto e Hinata num encontro duplo com Tenten e Neji. Ficou feliz por constatar que seus colegas de trabalho estavam bem e que todos tinham se acertado com seus respectivos pares. Era um alívio ver que o Dr. Uzumaki a esquecera. Por um momento, Sakura quis acreditar que Sasori também seria capaz caso se esforçasse para isso.

Após o breve pensamento, Sakura se retirou dali e parou mais adiante em frente a um banco no calçadão. Sentou-se e ficou contemplando o ir e vir das ondas, quando percebeu a presença de mais alguém ali.

— Oi, doutora. – Disse Sasuke.

— Oi. O que faz aqui?

— Vim pensar na vida e, quando te vi, pensei que fosse um sinal.

— Que tipo de sinal?

— Daqueles que não se deve ignorar. Pensei o dia todo em você.

— Ah, Sasuke.

— O que eu preciso fazer pra te mostrar que eu ainda sou o homem que você ama?

— Nada. Não precisa me mostrar nada, Sasuke.

— Você me perdoou?

— Sim. Só que eu também me dei conta que atropelamos muitas coisas. Talvez todo aquele seu discurso quando o Sasori o "obrigou" a se separar de mim não estivesse tão errado. Afinal, eu propus que você fosse morar comigo.

— Se não fosse por ele ter me chantageado, eu teria ido.

— Você fala isso agora, mas quando você me disse aquilo tinha um fundo de verdade. Você se assustou.

— O que me assusta, doutora, é ficar sem você. O resto eu tiro de letra.

Sasuke e Sakura se encararam e por uma fração de segundo uma descarga elétrica passou pelo corpo dos dois. Ambos se amavam. Estava claro como o dia. Então, Sasuke tirou uma mexa do cabelo de Sakura e colocou atrás da orelha. Em seguida, ele se aproximou e a beijou com ternura. Sakura correspondeu imediatamente. Embora urgente, o beijo tinha um tanto de delicadeza. Quando cessaram o contato, Sakura umedeceu os lábios com a língua antes de começar a falar.

— O que a gente faz, Sasuke?

— Fica junto, doutora! Eu quero você! Quero tanto ou mais do que antes!

— Eu te amo, Sasuke. – Sussurou a médica e o moreno a abraçou.

— Eu te amo muito, doutora. Não me pede pra te largar, eu não vou obedecer.

— Se eu te der essa chance, você jura nunca mais tentar me enganar?

— Juro!

— Qualquer problema você vai dividir comigo para que possamos enfrentar juntos?

Sem CompromissoOnde histórias criam vida. Descubra agora