Capítulo 7 - parte 3 (não revisado)

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No bar, após as apresentações, beberam, divertiram-se e conversaram descontraidamente quando apareceu uma mulher e aproximou-se deles. Omar ergueu os olhos para se deparar com Michaela chegando à mesa e dizendo:

– Então o Don Juan de Porto Alegre realmente não estava mentindo! – comentou a delegada sorrindo, o que deixou Márcia de boca escancarada. – Parabéns, a sua mulher é bela demais, como poucas que já vi na vida.

– É sim, Michaela, esta é a minha Julinha, a primeira em tudo e a mulher da minha vida. Com eu disse, sinto muito. Júlia: Michaela, chefe da federal.

– Prazer, Michaela, tens um lindo nome. – Júlia sorriu e, gentil, convidou. – Senta conosco.

– Ficarei apenas um pouco...

Cerca de uma hora depois, quando a chefe foi embora, Márcia perguntou, ainda muito abismada:

– Omar, que raio de feitiço tu lançaste nela? Estava rindo e ficou com um ciúme danado da Júlia!

– Não me deixei intimidar quando essa Diabinha começou a berrar comigo. – Os quatro riram. – Vocês tinham que ver como ela perdeu o rebolado e ficou pra lá de vermelha com a minha resposta. Não sabia se me dava um tiro ou berrava mais.

– O pior – comentou Márcia, ainda rindo. – É que o apelido de Diabinha colou e ela descobriu. Teve um ataque de fúria e jurou que, quando souber quem foi que o criou, vai-se dar mal, muito mal. Nossa, tô pra ver alguém mais bravo que ela, mas é uma chefe como poucas e todos gostam muito dela.

– Igualzinha à Diabinha, sem tirar nem pôr – acrescentou Enzo, também rindo. – Eu estava lá, nessa hora. Foi um sermão e tanto, quase meia hora, mas faltou o sotaque. Só que essa aí é bem mais bonita... Ai, amor, beliscão dói.

– De quem estão falando? – perguntou Júlia, que não entendeu nada.

– Da ex-mulher do Omar. Era a personificação do demônio, mas ai de quem aprontasse alguma prá sua equipe – explicou Enzo, apontando o amigo. – Na verdade, acho que eram todos apaixonados por ela.

Omar trocou de assunto ao ver que isso incomodava Júlia e pediu um tira-gosto.

Quando se prepararam para ir embora, o delegado aconselhou:

– Enzo, toma cuidado com as costas que estou apertando o cerco, ok?

– Falou, Mancha.

Os dois pares despediram-se, saindo cada um em uma direção. Quando se afastaram, Omar esperou alguns minutos e ligou para Enzo, chamando sua atenção.

– Amigo, não uses mais o meu nome de esquadrão negro a não ser em particular. Há uma relação grande com o Cobra e a matança toda que promovi aqui. Eu preciso de anonimato total para não correr riscos, preciso de ser desconhecido, ok? Além disso, tu e Márcia não podem chamar atenção. Foca a tua investigação na boate que eu vou pelos bastidores, tá legal?

– "Falou. Desculpa."

– Sem stress, amigão, sinto que temos um abacaxi para ser descascado e dos bem grandes. Então, volto a repetir: toma muito cuidado pois não quero levar o cadáver de um colega para casa.

– "Ficarei atento, Omar. Obrigado."

― ☼ ―

Abraçada ao noivo, Júlia perguntou:

– Que história é essa de Mancha e de nome de esquadrão negro?

– Amor, o que te vou contar é ultrassecreto, ok? – explicou o que era o esquadrão negro. – Todos nós temos nomes ocultos, relacionados às nossas qualidades. O apelido que me tornou famoso é Mancha Negra porque posso me infiltrar no inimigo sem ser visto, como se ficasse invisível.

Ganância Sem Limites - O Beijo da MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora