Sob a Face do Poder

Capítulo 11

Boa noiteeee de novooo!

Surpresinha por meu longo período de ausência! Dois capítulos seguidos!

Vamos conhecer mais um lado dessa história?
Nos falamos mais no final!

Bjs!

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Capítulo 11

Bruce

Eu tenho que admitir: Dominique é uma das mulheres mais de.li.ci.o.sas que eu já experimentei. Sagaz, lê as expressões do seu parceiro, sempre descobrindo os seus desejos mais íntimos. Ela jamais me decepciona.

Nunca fui um homem de gostos tradicionais, apesar de ter sido obrigado a viver no mais puro tradicionalismo durante muitos anos da minha vida. Nasci em uma família de renome em Berkeley – meu pai era dono de uma rede de indústrias. Estudei num internato cristão apenas para rapazes até os dezessete anos, quando voltei para casa e descobri que me casaria com Juliet McCallister, filha de um milionário fazendeiro da região.

Muitos diriam que eu não teria do que reclamar. Nunca tive problemas financeiros – ao contrário! -, tive acesso a uma educação de excelência e a minha prometida (por mais que isso soasse arcaico em pleno século XX) era realmente uma graça. O tipo de mulher criada para ser submissa e obediente, capaz de abdicar totalmente de suas vontades e seguir como uma sombra o seu senhor.

Acontece que, desde que meus hormônios começaram a dar sinal de vida, nos primórdios da adolescência, não era às imagens de mulheres sub.mis.sas que eu recorria, ou durante os banhos demorados ou na beliche de cima, no quarto do internato, no meio da madrugada. Naqueles momentos, espocavam em minha mente imagens de mulheres não sub.mis.sas, mas subjugadas; não mulheres que acatavam ordens sem emitir qualquer protesto, mas mulheres que lutavam até o fim para se manterem puras, intocadas. E o meu êxtase só era completo quando eu me imaginava tomando-as à força, ferindo seus corpos frágeis para que elas entendessem que era eu quem mandava e que eu era capaz de domar qualquer va.ga.bun.da rebelde que cruzasse meu caminho.

Consegui manter esses meus de.se.jos submersos por muito tempo. Juliet, minha esposa sub.mis.sa, revelou-se tão insossa que era incapaz de aplacar minhas necessidades. Era o tipo de mulher fria na cama, daquelas que foram criadas para ter.par com o único intuito de procriar. O pior de tudo era que Juliet sequer conseguia engravidar – foram anos intermináveis de estresse até que ela finalmente ficasse grávida de Brian – e durante todo esse tempo o s.e.x.o, que sempre foi ruim, ficou ainda pior.

Após o nascimento do nosso único filho, as coisas mudaram de figura. Para pior, no ponto de vista de Juliet, e para melhor – muito melhor – do meu ponto de vista. Tudo porque, depois que Brian nasceu, Juliet não tinha mais qualquer interesse em manter relações comigo. Uma noite, após o término da quarentena, procurei por seu corpo sob as cobertas e ela não hesitou em renegar meu toque. Consegui perceber medo em sua expressão, afinal, ela fora treinada para obedecer e estar pronta para ser usada pelo marido quando fosse requisitada, e sabia que me contrariar era algo terminantemente errado. Juliet só não imaginava que, ao invés de sentir raiva pela sua desobediência, eu estava, pela primeira vez, urrando de te.são por ela. No instante em que ela me renegou, retirando minhas mãos do seu corpo e tornando-o proibido, um de.se.jo tão grande tomou meu ser que foi impossível dominá-lo. Me recordo vagamente de tê-la encarado antes de prender seu corpo com mãos firmes e tomar à força o que era meu por direito. Juliet chorava e se debatia, e isso me deixava ainda mais alucinado de de.se.jo.

Aquela foi a primeira vez que extravasei meu de.se.jo de forma genuína, e eu soube, logo após terminar, que seria impossível voltar a me contentar apenas com o papai e mamãe. Juliet afastou-se chorando e prometendo que aquilo jamais se repetiria. Lembro-me que sorri ante tal afirmação, por notar como seria maravilhoso reviver aquela experiência diariamente, sempre que ela ousasse me dizer não.