1. It's a beautiful day to save lives.

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yo yo yo!

Apresento-lhes essa estória que foi retirada dos devaneios de minha mente. Possui aquela pitada essencial de Grey's Anatomy QUE EU AMO COM TODO O MEU SER.

Essa estória tem grande significância pra mim. Muita coisa aqui dita aconteceu comigo. Escrever, no momento, faz parte de uma terapia de cura pra mim.

Well, espero realmente que gostem! Sugestões e críticas (construtivas, PELO AMOR) são sempre bem vindas, então, sintam-se à vontade.

*Em caso de erros, me avisem, me corrijam. Só peço que sejam gentis. Lembrando que gentileza gera gentileza!

**A FIC É INTERSEXUAL SIM! Vamo la galero, se você não curte coisas do tipo, é simples: NÃO LEIA! Nada de "aike nojo" "eca" "que escroto" "que estranho". Sejam maduros! E só pra lembrar, intersexualidade é algo real viu migos! Apesar do assunto ser tratado de forma exagerada em muitas fics, ele não deixa de existir. ENTÃO TENHAM RESPEITO E SEJAM GENTIS PORRA.

Nos vemos lá embaixo.

Enjoy!

( • ) ( • ) [antes que alguém pergunte, são peitos.]

3 de Janeiro de 2016 - Uma residência em Seattle.

Dor. Você só tem que sobreviver a ela, esperar que ela vá embora sozinha, esperar que a ferida que a causou, cure. Não há soluções, respostas fáceis. Você só respira fundo e espera que ela vá diminuindo. Na maior parte do tempo, a dor pode ser administrada, mas às vezes ela te pega quando você menos espera, te acerta abaixo da cintura e não te deixa levantar. Você tem que lutar através da dor, porque a verdade é que você não consegue escapar dela, e a vida sempre te causa mais.

Dor. É tudo que Camila sente há algum tempo. Hoje, especificamente, a dor ficou pior. E todo ano é assim. Sabe aquela dor que consome até seu ar? A dor que te derruba e não te deixa brecha pra levantar? A dor que impede as lagrimas caírem, mas deixa todas elas te sufocarem? Bem, é dessa que estamos falando.

Camila tinha em suas mãos uma fotografia. Analisava cada pedacinho querendo reviver o mais lindo momento que já teve em sua vida. Dizem por aí que recordar é viver. Infelizmente, para nossa protagonista, recordar é sofrer.

Na foto, havia em Camila um grande sorriso. Sem falar no brilho dos olhos. Ela estava abraçando sua garota por trás. Tinha acabado de saber que seria mãe junto à mulher da sua vida. Ou como ela costumava chamar, "sua pessoa".

- Você não sabe a falta que faz querida...

As coisas teriam corrido bem, se não fosse por um detalhe. Detalhe esse que, além de tirar a vida de sua garota, tirou também a de sua filha. Era uma menina. Aliás, foi sua menina. Durante os 40 minutos que pode segurá-la nos braços, ela foi sua menina.

- Ela teria sido uma ótima garota! Poderia ser das artes, como você era, ou poderia ser da ciência como eu... Mas você bem que dizia: "nossa filha pode escolher ser um pássaro, você Mila, sem sombra de dúvidas, será a mãe mais orgulhosa de todas". Sinto muito querida, mas não tive tempo suficiente pra saber se você tinha razão...

Assim, lhe foi arrancado tudo de mais precioso que possuía. Ninguém perguntou, ninguém pediu permissão. Simplesmente o fizeram. Simplesmente levaram as duas, e com elas, levaram os últimos momentos de alegria que Camila recorda ter. Porque atualmente, tudo não passa de dor.

Ao analisar o quarto em que se encontrava, Camila se sentiu só. Haviam muitas coisas de criança, até porque aquele seria o quarto de sua filha. Bichinhos de pelúcia, o berço, inúmeros brinquedos, inúmeras lembranças. E Camila se sentia cada vez mais só. Nunca teve coragem, ou melhor, força suficiente pra se desfazer das coisas que comprou pra sua garotinha. Já haviam se passado 5 anos, mas tudo continuava ali, intacto.

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