Yo yo yo!
Eu tô meio borocoxô hoje... mas fico querendo voltar o mais rápido possível por vocês.
Nos vemos lá embaixo.
Enjoy!
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Qualquer estudante do primeiro ano de medicina sabe que batimentos cardíacos acelerados são um sinal de problema. Um batimento cardíaco acelerado pode indicar qualquer coisa. De um transtorno de pânico a alguma coisa muito, muito mais séria. Um coração que bate ou um que pula uma batida. Pode ser um sinal de uma aflição secreta. Ou pode indicar um romance... Que é o maior problema de todos.
Parece que não temos controle sobre nossos próprios corações. Condições podem mudar sem aviso. Romance pode fazer o coração bater assim como o pânico. E o pânico pode fazê-lo parar, frio, no seu peito. Não é de se estranhar que médicos gastam tanto tempo tentando manter o coração estável. Para mantê-lo calmo, regular.
Para evitar que o coração saia do seu peito, de tanto bater pelo medo de algo terrível, ou da expectativa de outra coisa totalmente diferente.*
Lauren Jauregui POV
Dizem por aí que as pessoas que a gente mais tem medo de perder, são as que saem da nossa vida o mais rápido possível.
Medo. Essa é a palavra que melhor me define nesse momento. Era pra ter sido um sábado normal, como qualquer outro. Bem, até certo ponto, foi. Eu levantei, tomei café da manhã com minha família, e nós conversamos sobre coisas triviais. Quando terminamos, enquanto papai e Chris ficaram responsáveis por ajeitar a casa, mamãe, Taylor e eu fomos fazer compras no mercado. Depois disso, tudo não passa de um borrão na minha mente.
Fazem mais ou menos 4 horas que aquela médica, Dra. Cabello se não me engano, está operando minha mãe. E eu estou com medo. Quer dizer, e se ela morrer? Nós estamos na recepção do hospital esperando alguma notícia, e eu já perdi a conta de quantos médicos vieram até aqui dizer às famílias que alguém tinha morrido. Sempre com as mesmas palavras: "Nós fizemos tudo que podíamos, mas ele não resistiu. Sentimos muito". Observei que quando eles vão dar uma notícia ruim, algo muda na feição deles. É como se a resposta já estivesse ali, estampada, pra evitar que o "sentimos muito" saia da boca deles. E eu fico aqui, tentando identificar cada feição. Acho que quando a Dra. Cabello aparecer, eu já vou saber se minha mãe realmente morreu.
Posso dizer com toda certeza que Clara é minha melhor amiga. E eu não estou pronta pra perder minha melhor amiga. Nós sempre tivemos uma conexão inexplicável. Papai me disse que antes de eu nascer, ela teve dois abortos. Algo relacionado ao organismo dela não conseguir segurar o bebê. Mas em uma das inúmeras tentativas, funcionou. Na minha vez, funcionou. Eles sempre me disseram que eu fui o bebê mais amado do mundo. É claro que eu também sempre me dei muito bem com meu pai, mas com a mamãe é diferente. Acho que posso dizer que ela é minha pessoa. E pra mim, ainda não é hora de dizer adeus.
Além de todas essas preocupações, Taylor fez questão de piorar minha situação. Desde que papai e Chris chegaram aqui, ela não para de repetir a todo o momento o que aconteceu naquele mercado. Do quanto eu fiquei fora de mim, da lata de milho que joguei na médica, e de como eu a ataquei. O melhor é que eles riram, e muito. Acho que foi pra me distrair, o que funcionou por um momento. Até que Taylor achou que não estava bom o suficiente, e comentou algo como "eu vi na TV esses dias que uma mulher agrediu um médico, e ela foi processada". Obrigada Taylor, muito obrigada. Minha mãe pode estar morta, e quando a médica aparecer aqui, provavelmente vai dizer: "sua mãe morreu, sinto muito. E meu advogado vai entrar em contato com você, te vejo no tribunal". Por Deus, se nós não temos dinheiro pra pagar um plano de saúde pra mamãe, imagina pra pagar uma indenização? Eu estou muito fodida. Sem falar que, a médica só disse pra gente não se preocupar com os custos. Mas como eu não vou me preocupar? Parece que meu coração vai sair pela boca a qualquer momento.
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Anatomy
Fanfiction"Estamos todos danificados, ao que parece. Alguns de nós, mais que outros. Carregamos o dano desde a infância e então, já adultos, causamos tanto quanto recebemos. Definitivamente, tudo que fazemos é causar dano. Aí então, começamos o negócio de con...