Capitulo 11

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Não se pode deixar duas crianças sozinhas e elas arranjam logo sarilhos.

Suspiro e passo a mão pelo cabelo dela, bom nosso, já que partilhamos o mesmo corpo. Tecnicamente somos a mesma pessoa.

Já que temos problemas, porque não vamos investigar.

Saio do quarto sem fazer barulho para não acordar Ichiro que está a dormir profundamente.

Pelo que sei há mais duas pessoas neste andar, que deram problemas aos dois amantes.

Encontro os intrusos sentados a falar, mas quando me aproximo eles calam-se e olham para a minha direção.

-Estão perdidos? – pergunto na mais bela voz que consigo.

Um deles sorri para mim, mas o outro continua a olhar para mim com um ar desconfiado.

-Não, não... apenas estávamos descansando. – o que está a sorrir responde-me – E o que tu estás a fazer?

-Não sei bem... talvez passeando... – respondo olhando para baixo como uma menina tímida apesar de me apetecer começar a rir da sua estupidez.

-Não é preciso ser tímida, somos apenas amigos – o outro continua calado – Diz-me lá o teu nome.

Ele é mesmo estúpido por confiar em mim, ele devia ter ficado calado como o outro.

-O meu nome? Aya...

- Aya? Que belo nome! Eu chamo-me Dany e o meu amigo aqui chama-se Luck.

Os vossos nomes também são bonitos... – sorrio amigavelmente e olho para eles.

O outro parece ter perdido a desconfiança e sorri timidamente para mim.

-Obrigado. – diz Luck baixinho.

Dany risse e dá uma cotovelada no amigo.

-O que se passa com o teu olho? – Luck pergunta.

-O meu olho? – aponto para a pala – Sou cega deste olho, mas não gosto que as pessoas o vejam.

Ambos acenam a cabeça.

-O que é que estão a fazer num lugar tão perigoso?

-Perigoso? – interessados eles levantam-se e escutam.

-Sim! Querem saber o porquê?

Abanam novamente a cabeça.

-Aproximem-se – eles não fazem e sorrio-lhes – Eu não mordo.

-Ok... – Dany diz e aproxima-se.

O outro faz o mesmo que o amigo.

-É perigoso... – pauso – porque não se pode confiar em ninguém...

Antes de terem tempo de entender esfaqueio Dany no peito e dou um pontapé em Luck que cai.

Agarro na faca (que tinha escondida) que agora estava no corpo de Dany e corto a sua garganta.

Luck que está congelado de medo ainda está sentado a olhar para o corpo do seu amigo.

-Por favor... não me mates – aproximo-me – Por favor...

Ele começa a chorar.

Olho para ele uma ultima vez.

-Perdoa-me. – esfaqueei-o.

Ando calmamente para a casa de banho.

Abro uma porta ao acaso e atiro a faca para a sanita. A cor fica de uma cor carmim.

Memento Mori - Lembrem-se Que Somos MortaisOnde histórias criam vida. Descubra agora