• Chapter 9 • It's My Fault •

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P.O.V Duff Mckagan

- Arabella! - rastejo até ela que estava caída no chão e com uma faca espetada na barriga. Agarro no cabo da faca e puxo a mesma para fora do seu corpo. A sensação é horrível, vê-la contorcer-se meio moribunda nos meus braços é desesperante.- Axl faz alguma coisa! -dirijo-me ao meu amigo enquanto agarro na nuca da minha namorada e puxo a sua cabeça para a pousar nos meus joelhos.

As minhas mãos fazem pressão na ferida aberta para que não jorra-se tanto sangue.- Rápido liguem o carro! Temos que levá-la para o hospital.

Izzy e Steven ficam para trás com Amanda.

Com as poucas forças que tenho, levanto Arabella no meu colo e caminho a passo rápido até ao meu carro.

- Rápido! -peço agoniado e pouso-a no banco de trás do carro.

A minha roupa, tal como a dela começa a ensopar-se seriamente em sangue deixando-me cada vez mais aflito.- Acelera caralho! -a minha voz fraqueja no meio da gritaria e apanho-me a chorar no meio disto tudo.

Como é que isto foi acontecer? A culpa é toda minha!

- Já chegámos. -ouço Axl dizer com a respiração acelerada e olho pela janela do carro. Um edifício grande aparece-me no campo de visão com umas letras garrafais informando que ali se encontrava o hospital.

Apesar de o meu corpo estar fraco, não olho a meios para tirar Arabella do carro com o máximo dos cuidados mas ao mesmo tempo o mais rápido possível.

- Saiam da frente, saiam da frente! -grito o mais alto possível para as pessoas que se metem à minha frente.

Não vêem que estou a carregar uma mulher em perigo de vida?

- Uma maca por favor, é preciso um médico! -ouço a voz quebrada de Saul e olho para a cara pálida de Arabella. O sangue está a começar a ir-se embora, ela está a morrer.

Nos momentos seguintes tudo parece acontecer em câmara lenta, umas enfermeiras chegam com uma maca, eu pouso Arabella na mesma e elas levam-na para uma sala em que eu não posso entrar. Eu tento ir, esperneio, grito e choro mas os braços de Axl e Saul impedem-me.

- Como? Como é que isto foi acontecer? -pergunto não sei bem para quem e limpo o nariz à manga do casaco.- A culpa é minha. -sussurro de joelhos no chão gelado do hospital.

- Não, não Duff! Não permito que te responsabilizes por isto. -Saul levanta-me o queixo e olha-me de forma repreendedora.

- Como não sou o culpado? -grito e afasto-o de mim.- Como é que não sou eu o culpado? -desta vez os meus berros quase que são ouvidos por todo o edifício e eu levanto-me num pulo. A minha raiva neste momento subiu para o dobro tal como, a dor, o arrependimento e as lágrimas.- Ela está naquele estado porque eu voltei, mesmo sabendo que o meu passado viria atrás. Eu não a protegi e esse era o meu dever, não pôr a sua vida em risco! Por isso não me venhas dizer que eu não sou o culpado. Não me venhas tapar o sol com a peneira.

- Duff...

- Não Axl! -interrompo-o antes de ele conseguir dizer algo.- Eu não preciso das vossas palavras de consolo. -cuspo amargo e viro-me de costas para eles.

- Arabella Hudson? -a minha cabeça vira na direção do som à velocidade da luz deparando-me com um médico já com os seus 60 anos.

- Eu, sou o namorado. -quase que corro na direção do senhor, a minha respiração está acelerada e o meu coração quase que salta do peito.- Como é que ela está? -a cara do homem prende-se numa careta irreconhecível fazendo-me prender a respiração. Tudo menos aquilo!

- Bem, tenho boas e más noticias, qual preferem ouvir primeiro?

- Deixe-se de merdas e diga-me de uma vez o que se passa! -grito na cara do homem e agarro-o pelo colarinho empurrando-o contra a parede.

- Calma Duff. -sinto a mão de Saul no meu ombro e suavizo o aperto acabando por soltar o senhor.

- Peço desculpa.

- Como eu estava a dizer. -o médico para-se a ele próprio para ajeitar a roupa e suspirar.- A faca não atingiu nenhum orgão ou veia que exigi-se cuidados extremos. Foi mais o susto que outra coisa.

O sangue parece que me pára todo nas veias fazendo com que um formigueiro de alegria atingi-se todo o meu corpo. Suspiro de alivio e um pequeno sorriso forma-se nos meus lábios.

- Porém... -o médico continua.- Ela perdeu muito sangue e ingeriu uma grande quantidade de álcool. Sinceramente, ainda não percebemos como está viva, a quantidade que ela ingeriu originaria certamente uma paragem cardíaca mas parece que ela teve sorte.

- Doutor o que quer dizer com isso? -Axl faz a pergunta que pairava na minha cabeça.

- A Arabella está em coma.

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