Cidade Dos Ataques (A DESCOBERTA) Vol. 1 - Pelos Olhos De Christopher

8 - Ele Conseguiu O Que Queria

No dia seguinte, eu fiquei até mais tarde na escol. Aparentemente, o treinador não ficou satisfeito com o jogo de ontem, apesar de termos vencido, então ele resolveu fazer um treino repentino. Depois disso, eu fui para casa, quase duas horas depois.

Quando cheguei em casa, o Robbie não estava lá, deve ter ido ver a Mary, para variar. Tomei um banho para tirar cansasso do treino e em seguida fui para a cozinha na intenção de comer tudo que tivesse na geladeira, já que estou com fome equivalente a uma família inteira.

Enquanto eu comia, o Robbie chegou todo felizinho.

- O que aconteceu? - Perguntei após ver a cara de idiota que ele tava.

- Como assim? - Ele questionou.

- Não sei, você está parecendo um nerd minutos depois de conhecer o Stan Lee.

- É exatamente a mesma cara que você fez quando começou a namorar a Alice.

- Não brinca, você e a Mary estão juntos?

- Exatamente.

- Caramba, você finalmente conseguiu, depois de dois anos enchendo baldes com a sua babação sempre que via ela. - Falei sorrindo

- Haha - Sorriu ironicamente - Que engraçado.

- Não seja chato, foi apenas comentário, - Falei, ainda sorrindo - Mas falando sério, parabéns, vocês se merecem.

- O que você quer dizer com "vocês se merecem"?

- Nada, apenas que vocês dois tem algo em comum, algo que uniu vocês.

- Está falando da pesquisa? - Pergunto confuso.

- Você quem está dizendo.

- Quer mesmo estragar o único momento em dias em que nós não estamos brigando?

- De forma alguma, estou mesmo feliz por vocês, e só para constar, todos os "momentos" - Fiz aspas com os dedos - que nós acabamos discutindo, era você o estressadinho da vez, não eu.

- Talvez seja porque em todos eles, foi você quem começou me irritando.

- A culpa não é minha se você é louco o suficiente de aceitar fazer uma pesquisa ciente de que pode acabar virando uma bolsa de sangue humana.

- Está insinuando que a Mary me chamou para fazer essa pesquisa? Mesmo sabendo que eu poderia morrer?

- Não, mas você foi um idiota em ter topado tudo isso.

- Acabou de confirmar.

Ele fechou o punho e quis dar-me um soco no rosto, mesmo sabendo que eu ia revidar, mas antes que ele pudesse fazer isso, a nossa mãe apareceu.

- O que está acontecendo aqui?! Dava para ouvir da cozinha, e essa já é a segunda vez que vocês entram em discórdia nos últimos dois dias. - Ela olhou para os punhos do meu irmão que ainda estão cerrados - Robbie, você ia bater no seu irmão?

- Ele insinuou que a Mary só quer me usar e não se importa comigo. - Disse ele olhando para mim com um olhar ameaçador.

- O quê?! Eu nunca falaria isso da Mary. - Falei achando o que ele disse um absurdo.

- Mas foi o que você quis dizer, idiota.

Ele se aproximou de mim e quase me deu um soco no olho, mas a minha mãe segurou ele.

- Acalmem-se, vocês não estão em um ringue de boxe, estão em casa, e aqui eu não admito que vocês se tratem como cão e gato.

Apenas o Robbie está furioso e agressivo, eu estou tranquilo.

- Não estou querendo discutir com ninguém, ele que está com os nervosos à flor da pele.

- Se o Robbie queria te bater, com certeza tinha um motivo para isso, e seja lá qual ele for, esqueçam e subam já para seus quartos, e eu não quero nem saber que essa cana se repetiu outra vez, ouviram?

- Fique longe da Mary. - Disse ele enquanto subíamos as escadas.

- Dane-se. - Respondi entrando no meu quarto e fechando a porta em seguida, ele disse qualquer coisa após eu ter fechado a porta que eu não entendi direito, mas resolvi ignora-lo.