O Amor na Arte

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Oi, gente. Tudo bem com vocês? Espero que sim! Hoje eu não tenho muito que falar, estou deprimida porque meu carregador ficou ruim e meu celular descarregou. É horrível escrever sem ser pelo celular. Mas, vamos lá, né? Capítulo com mais informações para vocês. Espero que gostem! Continuem comentando, votando e divulgando por favooooor!! Vocês me fazem feliz por acompanharem a fic. Enfim, sem mais delongas. Apreciem o capítulo e nos vemos nas notas finais como sempre.

@winecbello


Não tem como descrever a importância da Neurociência em minha vida. Muitos médicos antigos vêem essa profissão como um desgaste depois de um tempo, mas mesmo que eu esteja com oitenta anos, vou enaltecer sempre o quão importante é a Neurociência na vida do ser humano.

Neste exato momento estou no meu consultório atendendo uma jovem paciente de onze anos de idade. Ela tem uma pele morena, cabelos castanhos, os olhos da mesma cor e com um sorriso contagiante apesar de discreto. Seu nome é Fernanda e ela foi diagnosticada com Transtornos do Comportamento Disruptivo aos cinco anos de idade.

Os transtornos da infância diretamente relacionados com o comportamento são os transtornos de oposição e desafio e o transtorno de conduta. São caracterizados por um padrão repetitivo e persistente de comportamento agressivo, desafiador, indo contra as regras de convivência social. Tal comportamento deve ser suficientemente grave, sendo diferente de brincadeiras infantis ou rebeldia considerada normal da adolescência. O Transtorno de oposição e desafio tem maior incidência na faixa etária dos quatro aos doze anos e atinge meninos e meninas. Tem como característica um comportamento opositor às normas, discute com adultos, perde o controle, fica aborrecido facilmente, aborrece os outros e não consegue viver em igualdade com a sociedade.

Fernanda faz tratamento comigo desde seus nove anos e eu posso confirmar que desenvolvemos um nível forte de amizade. No início foi bem difícil de lidar com ela, mas com muitas brincadeiras e entretenimento consegui conquistar o coraçãozinho dessa linda menina.

Nenhuma forma de tratamento pode ser melhor do que a demonstração de carinho, importância e afeto na vida de alguém que precisa de ajuda. Sim, ajuda. Não chamo os pacientes ou pessoas que são internadas em clínicas psiquiátricas de loucos ou doentes. Eles apenas precisam de uma atenção maior do que as pessoas que não passam o mesmo que eles.

Estaciono meu carro de frente a clínica em que Lauren está internada e informo ao porteiro que estava comendo uma rosquinha com a barba cheia de farelos. Ele rapidamente ajeita sua postura e da à passagem para minha entrada.

Nunca vou deixar de sentir medo dentro desse lugar. Não a clínica em si, mas desde meu curso de Neurociência eu odiava ir a clínicas psiquiátricas e lidar com a realidade dos pacientes, isso sempre me assustava.

Chego à recepção e a mesma senhora me recebe com o mesmo sorriso gentil. Sorrio de volta e me aproximo para cumprimentá-la.

- Dra. Camila! Bom te ver novamente. – Ela me abraça e eu retribuo.

- Digo o mesmo, Nena. Como está? – Pergunto preocupada ao ver seus olhos um pouco caídos.

- Ah! Minha filha, eu estou bem. Apenas um pouco cansada, a menina Lauren deu um pouco de trabalho ontem. – Ela diz em um suspiro cansado e eu assinto tristemente.

- O que aconteceu com ela, Nena? – Pergunto interessada.

- Ela teve um surto. Nada muito sério, apenas foi difícil fazê-la se acalmar. – Ela responde.

- Mas ela já está bem? – Pergunto preocupada e ela assente. – Eu gostaria de vê-la. Hoje eu quero levá-la para um passeio, mostrar pra ela algumas coisas que pode ser uma forma de entretenimento para o seu tratamento. – Digo seriamente.

From The Day I Saw YouOnde histórias criam vida. Descubra agora