Felicidade

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Primeiramente eu gostaria de agradecer à todos vocês pelos comentários e votos do capítulo passado. Vocês que ouviram o áudio que deixei na mídia puderam perceber como é agonizante para uma pessoa com esquizofrenia lidar com essas vozes. Aquele capítulo foi extremamente necessário, uma pessoa com esquizofrenia não deixa de ter surtos ou a insegurança, mas não é por causa disso que essa pessoa deve se isolar da sociedade, certo? Bom, isso foi o que eu quis passar com From The Day I Saw You e eu não poderia estar mais feliz por ter conseguido passar em cada palavrinha aqui o que eu sinto e o que talvez, uma pessoa com esquizofrenia sinta.

Esse é o penúltimo capítulo e eu peço mil e uma desculpas pela demora, mas estou voltando a dar prioridade a outras coisas em minha vida, espero que me entendam. Mas, as atualizações das outras fanfics continuarão freqüentes até porque eu não gosto de demorar, mas infelizmente, haverá dias que não vou conseguir postar, seja por causa de compromissos ou imprevistos com o meu lindo netbook que decide desligar do nada diversas vezes. Enfim, desculpem por essa nota inicial grande. Eu só queria dizer que eu sou muito grata a todos vocês que leram e não desistiram de mim. Obrigada meus bolinhos de aipim!

Espero que gostem desse capítulo e que escutem A thousand years – Christina Perri

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Seguro fortemente aquele corpo da mulher que havia desmaiado em exaustão em meus braços e levanto puxando-a para cima com toda a força que eu tinha dentro de mim, caminho até a cama e coloco-a deitada da melhor forma possível, afofando o travesseiro para deixá-lo mais confortável. Suspiro ao acariciar seu rosto com as costas da minha mão esquerda, sentindo a maciez da sua pele. Seus traços perfeitos que pareciam que foram desenhados pela mão de algum artista agora estavam relaxados em uma expressão de dor. Aproximo-me do seu rosto e toco delicadamente sua bochecha com meu nariz e inspiro suavemente seu cheiro doce de mulher. A minha mulher. Caminho delicadamente com meu nariz ainda na pele do seu rosto até seus olhos onde eu deixo um beijo suave demorado. Afasto tristemente ao sentir uma lágrima escorrer dos meus olhos e tocar sua testa. Eu elevo minha mão e limpo aquela lágrima lentamente.

- Descanse, meu amor... Eu estarei aqui quando acordar. – eu digo mesmo que ela não esteja acordada para ouvir e colo meus lábios em sua boca em um selinho carinhoso antes de deitar-me ao seu lado e zelar seu sono.

É engraçado quando paramos para analisar nossa vida e percebemos que as coisas que aconteceram não puderam ser evitadas. Há tantas pessoas que não acreditam no destino, não acreditam no acaso, mas nós não prevemos quem vai entrar e sair de nossas vidas. Nós não prevemos quem vai sentar ao seu lado em uma tarde de domingo em uma praça onde o fluxo de pessoas é incontável. Nós não prevemos quando vamos conhecer a pessoa que vai roubar seu coração e te chamar para ir ao cinema ou ao teatro assistir a peça que você tanto queria, mas que ninguém gostava, mas aquela pessoa gostava de você a ponto de aturar algumas horinhas da peça só para estar ao seu lado e admirar o sorriso que você dá a cada cena, a cada fala. Nós não podemos prever quando em uma sala de cinema, no meio do filme a pessoa toca sua mão delicadamente e a partir dali você sente sua respiração falhar, sua mão suar, seu corpo tremer e não consegue mais prestar atenção no filme, pois está pensando em como se aproximar daquela pessoa e no final, acaba deitando a cabeça no ombro dela e permanecem assim, mãos dadas e corpos coladinhos até o filme acabar. O destino é algo que não podemos mudar ou interferir, não podemos nunca dizer que não vamos fazer algo, não vamos conhecer tal pessoa, não vou a tal lugar, pois no final das contas, se aquilo estiver em seu destino, uma hora ou outra vai acontecer e você não poderá mudar. O acaso, a coincidência e o destino estão ligados a uma só coisa – o futuro – e isso é algo incontrolável.

From The Day I Saw YouOnde histórias criam vida. Descubra agora