•My Dear Teacher•

Teacher

POV. Holland

Acordo com o despertador gritando em meu ouvido. São exatas 6:00h da manhã. Me levanto e corro para o banheiro, tomando banho em 10 minutos. Se estou atrasada? Com certeza, assim como todos os dias, mas não consigo acordar mais cedo. Coloco minas calças pretas, a blusa da escola e meu Nike preto (estilo skatista). Pego meu celular e minha mochila e desço correndo.

- Como sempre nos atrasando, né Holl? - diz meu irmão tomando seu suco.

- Bom dia pra você também, Ryan - pego uma maçã e dou um beijo em minha mãe - Vamos logo, não quero perder minha apresentação.

- Okay, vamos. Tchau mãe - ele diz mandando beijos para ela.

- Tchau meus amores, amo vocês. E tenham um bom dia de aula.

Eu e Ryan vamos andando para a escola todos os dias, já que não é muito longe do nosso apartamento. Vantagens da Califórnia, tudo é perto. Temos 30 minutos para chegar na escola, que fecha seus portões as 7:00h. O colégio se chama Philanthropic School (escola filantrópica). O que signica? Significa que é uma escola, que visa o amor ao próximo, como o maior valor que podemos aprender ao longo da vida, e isso é lembrado todos os dias pela diretora na hora do intervalo.
Assim que chegamos dou um abraço em Ryan e nos separamos. Isso porque ele está no 3º ano do Ensino Médio e eu ainda estou no 1º. Temos 2 anos de diferença, tenho 16 anos e ele 18.

Trim Trim (sinal da escola)

Ótimo! O sinal já tocou e eu nem vi minha melhor amiga. Provavelmente ela deve estar na sala, pois diferente de mim, ela não costuma se atrasar. Vou para a sala e entro junto com o professor, a diferença é que ele está andando normalmente, e eu estou correndo. Dou um sorriso tímido para ele, que me retribui com um sorriso divertido. Sento atrás de Cristal, minha melhor amiga.

- Como sempre atrasada, né Holland? - ela sorri - quem não te conhece deve achar que você não está nem aí para os estudos.

- Ah, Cris, você sabe que eu já tentei acordar mais cedo, mas para mim isso parece uma missão impossível.

- O pior é que sei mesmo - rimos juntas. Alto demais, eu acho, pois isso faz com que o professor chame nossa atenção:

- Senhoritas Roden e Reed, vocês querem compartilhar a conversa com a sala?

- Não será necessário, prof. - responde Cristal, enquanto o professor nos olha. Na verdade, me olha, e quando me dou conta disso, sinto meu rosto começar a esquentar.

- Ótimo! Vamos começar a apresentação dos trabalho de quem está de recuperação? O primeiro será o senhorito Sharman. Enquanto isso os outros podem esperar no corredor.

Todos os alunos vão para o corredor, e como têm poucos bancos, sento ao lado de Cristal, e ela no colo do seu namorado, Tyler Posey. Eu e a Cris nos conhecemos desde que tínhamos 7 anos, que foi quando entramos na escola, e dalí em diante, não nos desgrudamos mais. Por isso, ela não se envergonha de fazer nada na minha frente, como ficar se pegando com o seu querido namorado.

- Cristal...

- Oi, amiga - ela deixa de olhar o Tyler e me olha.

- Então... Perai, nossa Tyler, nem me deu um 'Oi' - digo assim que lembro que ele nem falou comigo. Ele se levanta e dá um beijo em meu rosto. Não somos melhores amigos, mas nos damos bem. Aliás, eu o ajudei a namorar a Cris, e tudo mais. Ele é gente boa. - Mas, enfim, amiga, você não acha esse professor um pouco... diferente?

- Não, para mim ele é normal. Além de ser um gatinho - ela ri.

- Hey, eu estou aqui, lembra? - retruca Tyler.

- Amor, ele pode até ser gatinho, mas não se compara a você - ela diz com um ar apaixonado.

- Hum... Acho bom - eles começam a se beijar.

- Hey casal, eu estou aqui, lembram?

- Desculpa, amiga. Mas, enfim, não, eu não o acho estranho. Deve ser só coisa da sua cabeça, Holl - diz Cristal.

- Tenho certeza que não. Mas, tudo bem, quando eu descobrir, vou esfregar na cara de vocês um bonito 'Bem que eu disse'.

Eu sabia que não era coisa da minha cabeça. Esse professor, Dylan, era bonito e tudo mais, mas o jeito como ele agia me instigava. Embora ele constantemente sorrisse, parecia sempre triste. E uma pessoa assim deve ter um motivo, um bom motivo. E eu vou descobri-lo e ajudar o gatinho do meu professor, ou eu não me chamo Holland Marie Roden.