Caique e Nathan saíram do quarto e eu disfarcei entrando atrás de Nathan. Lari me olhou estranho quando eu sentei do outro lado, perto dela e deixei que Caique se sentasse ao lado de Nathy. Ela percebeu o quão eu estava frio e me mantive em silêncio durante todo o café.
Os meninos cismaram que queriam tomar um banho antes de irmos e as meninas concordaram. Colocaram nossas roupas na máquina e em seguida na secadora. Juro que me senti um tomate de tão vermelho, quando fui entregar as roupas para Nathy e eu usava apenas uma toalha enrolada na cintura. Até tudo bem, não é nada que ela nunca tenha visto. Mas é diferente, sou eu, e eu sou tímido.
- PAULO? VEM BUSCAR AS ROUPAS! - Nathália gritou da área de serviços.
Nathan mexia no celular atentamente enquanto Caique tomava banho. Ajeitei o nó do roupão e levantei caminhando rapidamente até a área. Abri a porta lentamente e a encontrei ajoelha e inclinada olhando em baixo do armário branco. Sua bunda redondinha estava empinada e eu não posso negar que não resisti e olhei. Ela se assustou sentindo o peso do meu olhar sobre ela e se levantou rapidamente rindo fraco. Pegou um pequeno cesto vermelho e tirou minhas roupas que já estavam dobradas.
- Aqui. - ela disse e esticou.
Caminhei até ela e peguei a roupa. Ela me olhava profundamente nos meus olhos e eu não conseguia desviar o olhar dela. A proximidade de nossos corpos me assustava, quando dei por mim, ela estava entre o meu corpo e a bancada. Não estava ligando para nada. Se nós iríamos nos afastar, pelo menos um beijo eu merecia.
Segurei na parte externa de suas coxas e dei um forte impulso para que ela se sentasse na bancada, ela soltou um suspiro de surpresa e logo sua mão afastou o pano que cobria meu peito e seu dedo deslizou cuidadosamente sobre minha tatuagem "Castagnoli". Esse é o sobrenome que eu quero para ela. A mesma abriu as pernas e me puxou fazendo com que eu me encaixasse entre elas e sua mão subiu para minha nuca forçando-me a olhar para ela. Toquei levemente seus lábios com o polegar, sentindo sua maciez e sua delicadeza. Ela fechou os olhos com o meu toque e mordeu a ponta de meu dedo.
Nossa senhora dos homens safados, controle a minha ereção.
Rocei a ponta de meu nariz no seu e ela sorriu balançando a cabeça e colando nossas testas. Começamos o beijo com pequenos selinhos úmidos. Ela segurava minha nuca e eu fazia o mesmo com uma mão e a outra usava para segurar sua cintura. Mordi seu lábio de leve e o puxei para mim, abri os olhos lentamente notando seu sorriso de satisfação. Os lábios dela estavam me levando ao paraíso.
Começamos um beijo um pouco mais profundo. Ela passava a língua pelos meus lábios e chupava os mesmos com pressão e suavidade. Não demorou muito para que minha língua pedisse passagem entre seus lábios e ela cedesse.
Era o melhor beijo de toda a minha vida.
O nosso primeiro beijo.
Paulo 08 x Nathália 09
Explorava cuidadosamente e saborosamente cada canto de sua boca. Nossas línguas quentes entravam em contato fazendo com que meu corpo soltasse faíscas de desejo. Colei ainda mais os corpos aprofundando o beijo que agora tinha uma certa urgência. Cada vez mais gostoso e mais prazeroso.
Ela puxava meus fios de cabelo levemente e eu apenas degustava dos lábios que desejei desde a primeira vez em que os vi. Eles vinham sendo meu sonho, e agora eu o realizava. Não havia dúvidas de que aquela garota estava mexendo mesmo comigo.
Meus pulmões suplicavam por ar, e ela já arfava ofegante contra meus lábios nas poucas vezes em que o contato era quebrado. Então resolvi quebrar o beijo da mesma forma que começamos: com selinhos.
- Desculpa... - ela sussurrou ainda com os olhos fechados.
- Não pede desculpa. Fui eu que te beijei, e foi o melhor beijo da minha vida. - sorri e lhe dei um selinho.
- Não é pelo beijo. - ela balançou a cabeça.
- É porque então?
- Por me apaixonar por você.
Paulo 09 x Nathália 09
Eu não pude e também não quis esconder o sorriso bobo que se formou em meus lábios após ouvi-la dizer aquilo. Então o meu sentimento é correspondido. Já gostei disso. Lhe dei outro beijo rápido e ela me olhou enquanto eu sorria feito um bobo apaixonado. Seu olhar era distante e eu comecei a me assustar.
- Paulo, não podemos fazer isso. Eu sinto muito. - balançou a cabeça e a abaixou.
- Nathy? Olha para mim. - ela levantou a cabeça e me olhou. Engoli todo o receio e resolvi falar. - Para, eu ouvi o que você disse para as suas irmãs e você não vai me magoar. Eu também te quero, você já deve ter percebido isso. Então não desiste antes de tentar, vai dar certo. Confia em mim.
Ela não respondeu nada. Simplesmente ficou lá me olhando como se eu fosse um maluco que estava pedindo para ela pular da ponte. Mas eu só queria que ela pulasse de cabeça nesse amor e confiasse em mim. Eu faria de tudo para que ela não se arrependesse disso. Talvez eu não seja o homem perfeito para ela, mas eu posso me esforçar e me encaixar em pelo menos ótimo.
- Nathy, o Caique quer as roupas de... - Lari entrou na área nós nos viramos para ela. - Ai desculpa atrapalhar. Eu já vou saindo!
- Não Lari, fica a vontade. Eu já estava indo. - peguei minhas roupas em cima da bancada e segui em direção a porta.
Sai daquela área vendo o meu filme de romance se transformar em um drama. Porque ela não pode aceitar de cara e ficar comigo? Só porque não faz nem um mês que nos conhecemos? Só porque ela terminou ontem com o namorado? Só porque eu sou um completo estranho? Porque ela me magoaria? O que ela tanto esconde?
Eu não suporto mais tantas perguntas.
Fui para o quarto onde dormi e me vesti. Assim que estava terminando Caique bateu na porta, terminei de me vestir e segui para a sala. Nathan estava no banho e não havia nenhum sinal de Nathy.
Então, depois daquele beijo incrível, eu decidi que seria melhor deixar ela escolher e pensar. Ela precisa de espaço e eu também. Só lamento que não possamos ocupar o mesmo espaço, juntos.
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Te Vi Passar (VERSÃO FANFIC)
FanficPaulo não imaginava que toda sua vida mudaria quando uma garota aparentemente comum passou em frente ao café onde ele estava com seus melhores amigos. Uma garota cheia de mistérios e segredos, cujo ele fazia questão de desvendar, sem nem mesmo saber...