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Sentir o abraço confortante de Mateus fez com que eu me sentisse melhor. Eu estava sentindo muita dor abdominal causando uma fraqueza enorme em meu corpo magro.

Mateus me deitou na cama e me cobriu como se eu fosse uma garotinha de anos anos assustada por causa de um pesadelo. Ele se sentou ao meu lado e segurou minha mão fria.

-Como está se sentindo?

Mateus perguntou enquanto esfregava suas mãos enormes na minha para aquece-la.

-Eu não sei... - sussurrei.

-Vai ficar tudo bem!

-Não vai não.

-Não vai mesmo, mas vamos fingir que sim!

Comecei a rir de sua resposta e Mateus sorriu junto.

-Obrigada por estar aqui. Eu não queria incomodar minha mãe uma hora dessas. e desculpe incomodar você também.

-Não se preocupe. Não é incômodo algum.

Sorri sem saber o que dizer. Por mais que eu não conhecesse Mateus, sua companhia me fazia bem. Ele nunca me olhou com piedade e eu gostava muito disso nele. Eu me sentia apenas doente e não alguém que estava a beira da morte.

Mateus abriu a boca para falar alguma coisa quando o toque de seu celular o interrompeu. Ele tirou o celular do bolso da calça e encerrou a ligação. seu celular voltou a tocar diversas vezes até que ele decidiu atender.

-Me desculpe, preciso atender isso.

-Sem problemas.

Mateus se levantou e foi para a sala atender a ligação. Como já era madrugada e estava silêncio, eu pude ouvir tudo o que ele dizia.

"Fala Bianca. Não! Eu tive que atender um paciente. Não te interessa que paciente é! Eu estou ocupado, posso ligar depois? Faça como quiser. "

O silêncio predominou e Mateus voltou para o quarto um pouco transtornado.

-Me desculpe. Eu não queria lhe causar problemas! Eu já estou me sentindo melhor. Não há necessidade de que você fiquei aqui e...

Eu senti uma pontada forte em minha barriga e me encolhi por causa da dor. Mateus veio até mim e me puxou para seus braços.

-Nós temos que ir para o hospital.

-Eu não quero ir... eu estou bem e....

A dor estava ficando cada vez mais forte e eu não conseguia mais disfarçar o incômodo que ela me causava. Mateus me deitou na cama mais uma vez e foi até meu guarda roupas pegando um casaco longo de frio. Ele me ajudou a vesti-lo e me pegou no colo me carregando até seu carro sem nenhum esforço. Apesar de estar sem graça com a situação, sentir seu cuidado comigo tirou toda a minha estabilidade emocional. Comecei a chorar em seu peito me sentindo humilhada com tudo aquilo. Mateus me colocou sentada no banco do carona e segurou meu rosto virando de frente para ele.

-Eu estou aqui com você e você não terá que enfrentar nada disso sozinha tá bom? Eu vou estar com você em tudo. Então não se sinta triste ou humilhada. Só aceite minha ajuda.

Concordei com coma cabeça ainda chorando.

-Ok? - ele perguntou.

-Uhum.

Mateus enxugou minhas lágrimas e entrou no carro me levando para o hospital em silêncio. Durante o trajeto ele segurou minha mão e naquela hora eu percebi
que não precisava enfrentar tudo aquilo sozinha. Eu tinha minha mãe, a Ju e agora Mateus e eles me ajudariam a enfrentar aquilo.

Com Amor, MarianaOnde histórias criam vida. Descubra agora