CAPÍTULO TRÊS

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Jason:

Morgan e eu fomos pro meu apartamento, já que tínhamos que conversar sobre algumas pistas de um caso antigo que acabávamos de juntar, quando comprei o apartamento tratei de fazer um pequeno espaço onde ficava todos os meus ofícios e alguns documentos. Geralmente, como investigador eu preferia ser silencioso e por mim mesmo tentar desvendar mistérios criminais! A minha concentração estava mínima, e Morgan havia notado:

— Jason, você está mais aéreo do que os próprios pilotos de avião. O que você tem? — Pergunta Morgan a me olhar.

— Não tenho nada, apenas dormi pouco. — Ele sorri maliciosamente.

— Você pegou a tal moça lá e foram até de manhã? — Pergunta ele ainda com o sorriso malicioso, eu poderia dizer que sim, mas se eu dissesse o que de fato aconteceu, seria extremamente constrangedor.

— A noite de ontem para ela não foi a melhor. Aquela moça não é uma desconhecida. — Morgan olha curioso.

— Já conhecia? E de onde? Porque de verdade, é uma mulher muito bonita. — Ouvir isso me fazia lembrar o corpo dela, e dos seus lábios.

— Era minha vizinha quando criança. É, não pensei que uma moleca chata e birrenta se tornaria uma mulher tão bonita e sensual. — Retruco e ele ri alto — Do que está rindo?

— Dessa sua cara de quem está babando. É Jason, se não te conhecesse, diria que você pela primeira vez está mais gamado que a mulher.

— Cala a boca Morgan. — Digo em voz alta.

Por uma lado Morgan tinha razão, eu estava pensando muito naquela mulher, principalmente por ter chegado tão perto de tê-la e acabar sendo frustrado. Era a sensação mais podre do mundo, pode crer, se você quiser quebrar um homem, deixe-o excitado e depois diga que não quer nada. Isso fará com que ele ou te odeie pro resto da vida ou que ele tenha vontade de te comer a força. Eu tinha os dois sentimentos, queria que ela fosse pro inferno, mas antes de qualquer coisa queria tocá-la novamente e possuir seu belo corpo e seus lábios quentes e macios. E eu teria, nem que fosse a última coisa que eu fizesse em minha vida! Cismado eu? Claro que não.

Morgan me propõe que saiamos para o bar Hotness onde poderíamos encontrar diversão, neste bar sempre havia mulheres bonitas e fáceis de manuseio e era o que eu estava mesmo precisando, sair, conhecer mulheres e por fim me divertir com elas! Já era quase noite e Morgan foi para casa, nos encontraríamos por volta das 9 da noite no bar. Com um pouco de enfado, deixo o escritório e caminho até a cozinha, onde Ellie está a cozinhar:

— Ellie, já são quase 6 horas. — Ela tem um leve susto, como sempre, e sorri.

— Poxa seu Jason, numa dessas eu vou a óbito. Estou fazendo macarrão com queijo para você que passou o dia trabalhando. — Ellie era dedicada demais e dava para perceber que era uma mãe maravilhosa.

— Você não tem igual mesmo Ellie. Me diz uma coisa, você criou uma certa "amizade" com Ana hoje? Geralmente você não gosta das moças que eu trago! — Ellie me olha.

— Aquela moça não me olhou com desprezo por eu ser apenas uma empregada, como as outras que você trás.

— Realmente gostou dela? — A pergunta sai no impulso.

— Sim filho. — Diz ela sorrindo levemente — E você?

— Não sei. Mas, não pense nada de errado dona Ellie. Ela foi apenas uma vítima de um assalto que eu precisei abrigar por aqui. — Deixo o aviso prévio, Ellie volta sua atenção para o fogão.

— Filho, já está pronto. Agora eu tenho que ir, meus filhos estão a minha espera. Até amanhã, tome muito cuidado! — Diz ela pegando sua bolsa e saindo.

Dançando sobre o fogoOnde histórias criam vida. Descubra agora