CAPÍTULO QUINZE

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Ana:

Jason e suas explosões! Nathaniel estava com o nariz sangrando devido o soco certeiro que Jason lhe deu, todos estavam pasmos com o que aconteceu. Meus pais então, não entenderam nada, mas perceberam que havia algo muito sério acontecendo com Jason. Não poderia explicar o que havia acontecido, mas sei que Jason deve ter se sentindo muito mal para acabar explodindo como aconteceu. Não conseguia vê-lo como alguém maldoso ou que só falou para causar, sei que ele estava aguentando firme, mas todo ser humano tem limites.

Albert acabou se trancando no escritório enquanto Jenny continuava muito chocada, mas conversava com os meus pais tentando justificar a atitude do filho. Fui para o jardim chorando como uma adolescente, não queria sentir dó, este sentimento é ridículo. Mas, como não sentir?

Jason é um egoísta, cheio de rancor e ódio... Mas, ainda assim é o homem que eu amo com todas minhas forças. O que eu faço? Tiro da minha bolsa o celular e faço algumas chamadas para o celular de Jason, mas está desligado. Onde ele estará agora?

— Ana? Estava a sua procura. — era Nathaniel. Desta vez sem sangue algum.

— Estou tentando assimilar as coisas. Tudo isso foi muito louco. — retruco o olhando. Então Nathaniel se senta ao meu lado.

— Jason tem desses surtos. Lamento que tenha presenciado um. — diz Nathaniel me olhando.

— Todos nós temos um limite Nathaniel. Essas comparações, essa forma que o seu pai tem de sempre colocar você e Jason como competidores... Isso é ridículo. Isso só prejudica vocês. — indago — E agora Paige. Que voltou para acabar de acabar com tudo.

— Então sabe de toda a história?

— Sei de tudo. — Nathaniel ri.

— Na versão de Jason? — ergo as sobrancelhas.

— O que quer dizer com isso?

— Que toda história possui várias versões. Deixe-me contar a minha!

— Eu deixo.

— Paige e eu nos conhecemos no colegial. Mas, ela não me dava bola, aquela velha história da garota popular... Que não daria bola para um nerd! — conta sorrindo — Ela era deslumbrante e todos a viam dessa forma. Inclusive eu. Mesmo sendo apaixonado por ela eu nunca me manifestei, jamais seria notado, até o dia em que Paige foi pro baile da cidade e o seu par não compareceu. Me ofereci para acompanhá-la, eu pisei seus pés enquanto dançávamos, eu estava tão nervoso Ana... — Nathaniel sorria, eu também. O jeito que ele falava era engraçado.

— Então? Mesmo pisando os pés dela, ela te deu uma oportunidade?

— Por incrível que pareça ao invés de rir da minha falta de habilidade, ela me guiou. E eu acabei aprendendo a valsar. Foi então que viramos amigos e eu percebi que Paige não era tão feliz e dona de si, ela tinha muitos problemas familiares. O pai de Paige foi preso e condenado a pena de morte e mãe dela não a queria por perto. — o passado de Paige foi amargo.

— Realmente não é fácil. Mas, continue me falando das coisas boas, como vocês começaram a namorar?

— Paige foi me contando seus problemas, tinha uma família problemática e eu acabei me esforçando para dar momentos bons pra ela. — sorrio como se assistisse um filme romântico, era muito interessante — Nós começamos a namorar, depois de alguns meses Jason voltou para a cidade depois de uma temporada em Mississipi com nossos tios. Eu estava prestes a noivar com Paige.

— E ai?

— Nunca havia notado que entre eles havia algo. Até o dia em que Paige confessou.

Dançando sobre o fogoOnde histórias criam vida. Descubra agora