CAPÍTULO DOZE

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Jason:

Fui para o departamento, mas deixei a minha cabeça ali no meu quarto. Ana tinha razão, eu sou um imbecil, tudo que ela cobra de mim é que eu seja verdadeiro e eu me nego por um medo estúpido. Um medo que pode tirá-la da minha vida. Que dane-se o velho Whittemore, e mais ainda Nathaniel! Ana é a minha vida, e sem Ana, eu perco os meus sentidos e pareço estar no piloto automático.

— Você está um trapo hein. Olheiras roxas, olhar de cachorro perdido da mãe. Brigou com a namorada? — pergunta Morgan me olhando. O encaro.

— Não sei te dizer, mas não estivemos tendo diálogos amigáveis. — Morgan ri. — Qual é a graça?

— Você passou tanto tempo na putaria que esqueceu como se relacionar de verdade.

— Não ria seu filho da mãe. Você quer que eu dê um jeito na sua velha dor de dente? — mostro o punho fechado para ele que continua rindo.

— Olha... Hoje tem um baile de máscaras, eu ganhei quatro convites, que tal?

— Poderia até ser.

— Convidei uma mulher que estive conhecendo, convide Ana e não sei, tente reconciliar de vez seu relacionamento.

— Farei isso. Odeio estas festas, mas por Ana, eu vou.

— Isso aí. Use o poder de convencimento que há em você. Muitas pessoas irão para essa festa, toda a elite. — o encaro.

— A elite? O verme Nathaniel deve estar. Mas, agora é que eu vou mesmo. — retruco decidido a ir.

Depois do término do meu turno ao invés de ir para o meu apartamento vou para o de Ana. A vejo chegar um pouco antes de mim e acredite, a surpreendi quando ela estava na abrindo a porta, tão bela como sempre, tão atrativa como eu gostava.

— Jason? — pergunta ficando de frente para mim quando senti minhas mãos posicionarem-se nos seus quadris.

— Espero que a surpresa seja positiva. — digo sorrindo. Ana baixa sua cabeça e sorri de forma meiga.

— Se eu dissesse que não, estaria mentindo. — ela envolve seus braços em meu pescoço, adentramos e eu fecho a porta com ajuda do meu pé.

— Vamos a um baile de máscaras hoje? — Ana me olha e sorri.

— Não tenho a máscara. — toco seu rosto e ergo as sobrancelhas.

— Olhe esta. — tiro do bolso de trás da calça uma máscara preta com alguns detalhes prateados.

— Uau. É maravilhosa. Agora eu tenho a máscara e o mais importante, tenho você. — abro um sorriso orgulhoso e a beijo com toda vontade existente em mim.

— Você não faz ideia do quanto eu sinto sua falta. — sussurro a beijando no pescoço.

— Estou morrendo de fome. — diz ela aos sussurros.

— Podemos fazer o almoço! Eu te aprecio enquanto você faz. — retruco.

Não teria melhor satisfação do que a de levá-la ao meu lado para uma festa, como minha mulher. Depois de uma tarde juntos a deixar cada canto da casa com as nossas digitais, minha Ana move-se nos meus braços enquanto eu me delicio com seu corpo e o seu perfume, estarei sendo repetitivo, mas tenho que exclamar que essa mulher é a minha vida. O cafajeste incorrigível que agora vivia para uma fazer uma mulher feliz, mesmo que do seu modo.

No final da tarde, quase anoitecendo, nos despedimos e depois de algumas horas eu já ia buscá-la para irmos ao baile. Eu ia com o peito estufado de tanto orgulho e me deparo com a mulher mais linda de todo o mundo, vestida com um vestido preto justo para o seu corpo, delineando suas curvas, uma verdadeira dama. Saio do carro e me aproximo dela deslumbrado, a olho fixamente, então ela tira de sua pequena bolsa a máscara preta e a coloca no rosto.

Dançando sobre o fogoOnde histórias criam vida. Descubra agora