CAPÍTULO NOVE

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Ana:

Ouvi-lo dizer coisas que tenho certeza que nunca saíram de sua boca, pra mim era algo tão especial. Deixamos o hotel em que dormimos e voltamos para minha casa, minha mãe já sabia que nós dois tínhamos algo e sem dúvidas ela torcia como ninguém. Nós três tomamos café juntos, já que meu pai havia saído cedo para caminhar.

— Parece até um sonho que a minha Ana vá realmente se casar um dia com um Whittemore. — Jason faz uma cara de surpresa e eu também. Ela falou casar?

— E esse Whittemore será eu. Porque os outros, um é casado e o outro... é um banana. — Diz Jason iniciando uma risada.

— Mamãe, não fala de casamento assim tão rápido. Nós dois estamos iniciando"um relacionamento. — Digo a olhando.

— E em que se baseia um namoro? Em um dia se casar. — Minha mãe sempre torceu para que eu um dia me casasse e assim como ela e papai, não quero me gabar, mas aqueles dois se amam tanto que é de invejá-los.

— Não quer se casar comigo Ana? Vai me fazer uma desfeita dessas? — Jason pergunta com ironia. O encaro um pouco enraivecida, minha mãe ri.

— Vocês são ótimos. Eu terei que sair Ana, até logo queridos. — Ela levanta e deixa a cozinha. Encaro Jason.

— Sem sermões Ana. Deveríamos voltar para a Califórnia. Quero contar pros meus queridos pais que eu tenho uma namorada, e mais precisamente Ana. — Diz ele sorrindo. Jason tinha o meu coração nas mãos.

— Podemos voltar, o meu pai está melhor e tenho que continuar a venda da casa. — Retruco.

— Vamos amanhã. Compramos as passagens agora e aproveitamos o dia. — Nos levantamos, me aproximo da bancada, ele toca meu quadril com as mãos.

— Aproveitamos o dia como? — A boca de Jason toca meu pescoço.

— De todas as maneiras possíveis. — Diz ele continuando com seus beijos.

— Vou trocar de roupa para irmos comprar as passagens, já volto. — Me distancio dele e vou para o meu quarto.

Saímos para o aeroporto, dentro de alguns minutos chegamos e compramos as passagens. Ainda não sei se o que está acontecendo é um sonho, Jason e eu de mãos dadas, acho que tanto pra mim quanto pra ele aquilo era inusitado. E enquanto estávamos voltando para casa no carro, o meu celular começa a tocar, era Nathaniel.

— Oi Nathaniel. Como você está? — Jason me olha com uma cara de poucos amigos. O ignoro.

— Olá Ana. Estou bem e você? Ando sentindo falta de você. — Diz Nathaniel.

— Estou ótima. Eu também sinto falta de você, aliás de todos.

— De todos, exceto de Jason. Ninguém sente falta de alguém como Jason. — Diz ele rindo.

— Deste eu não sinto falta. Porque... — Antes que eu fale Jason pega o celular e aproxima da boca dele.

— Porque eu estou aqui com ela Nathaniel! Não é uma boa? Tenha um bom dia, irmãozinho panaca. — Diz Jason num tom de cinismo. O encaro e em seguida rio com sua inconsequência ao agir.

— Como assim você está aí? — Pergunta Nathaniel. Pego o celular.

— Pois é. Jason está aqui, Nathaniel foi ótimo falar com você, mas eu tenho que desligar. Manda um abraça pra todos. — Desligo. Jason me olha — Você adora provocá-lo não é? — Jason sorri.

— É o meu passatempo favorito, antes claro do de transar loucamente com você. — Reviro os olhos.

— Imbecil. — Ele ri.

Dançando sobre o fogoOnde histórias criam vida. Descubra agora