CAPÍTULO SETE

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7º Capítulo:

Ana:

O avião sairia às dez da manhã, eu já me preparava para ir para o aeroporto, parte de mim queria muito deixar aquela cidade por alguns dias, mas havia outra parte, que gritava para eu voltar. O que Jason pretende com essas atitudes? Esta é uma boa pergunta da qual eu nunca terei a resposta. Já são nove não posso chegar muito perto da hora da partida do voo, é melhor que eu vá logo. Deixo o hotel e um táxi me leve até o aeroporto, sinto um aperto no meu coração.

— Eu vou parar de pensar nesse cretino de uma vez por todas. — Sussurro para mim enquanto aguardo o pronunciamento para ir para o avião.

Alguns segundos após o meu avião já está pronto, e como é difícil deixar aquela cidade, mesmo que eu não tenha muito que me prenda ali. Mas, o meu pai precisava de mim e eu jamais lhe negaria ajuda! Aproveito o tempo da viagem para dormir um pouco, mas sempre que eu fecho meus olhos, a luta começa, eu não quero pensar em Jason, mas só me vem sua imagem a mente. Oh meu Deus, que homem é esse?

O cretino tem o poder de ser inesquecível, mesmo que eu tente pensar nos mais diversos assuntos, a única coisa que de fato eu queria pensar era nos momentos ao lado de Jason. Aquela noite foi épica demais, me senti tão livre e tão inconsequente, meu corpo pedia que eu me libertasse de uma vez, enquanto minha razão gritava que não. Quando eu namorava Anthony, por mais que eu tentasse me soltar, eu nunca me libertaria como fiz com Jason. Não que Anthony não fosse um bom homem na cama, muito pelo contrário, ele era, mas Jason Whittemore tem algo especial.

Aproveitarei esses dias para esquecer que um dia isso aconteceu, se eu conseguir ficarei extremamente satisfeita. Pois lembrar de Jason, seria muito em vão. E nesses pensamentos o tempo da viagem fica relativamente curto, logo estou a caminho de Lancaster. O avião faz sua última volta e finalmente posa, todos se levantam e saem do avião, inclusive eu. Após recolher minha bagagem eu já ia para minha casa. Caminho lentamente até os táxis parados perto do aeroporto, porém tenho a leve impressão louca de que vi Jason parado perto de um táxi. Fecho meus olhos e penso comigo mesma "Ana você está ficando louca! Jason está na Califórnia!". Abro meus olhos e não é que eu ainda estou vendo Jason? Não é uma leve impressão, é a mais pura realidade. Caminho até ele que está parado com um sorriso no rosto, o encaro:

— Eu só posso estar ficando louca. — Retruco o encarando. Ele sorri.

— Pelo menos assim eu não me sinto sozinho. — Diz Jason num tom de voz irônico. Mas, como Jason está aqui? Se fosse uma cobra, sem dúvidas me daria um bote.

— O que faz aqui em Lancaster? — Pergunto um pouco confusa.

— Nunca vim a Lancaster antes, e quando você disse que ia vir, senti uma curiosidade em conhecer essa cidade. — Fala Jason seriamente. Abro um sorriso meio confuso, mas sinto vontade de rir. Jason é cretino, mas mentir, ele não sabe!

— Tem um estado inteiro para conhecer, tem diversas cidades. Mas, você resolveu vir exatamente para Lancaster? — Retruco com ironia. Jason ergue suas sobrancelhas.

— Por que não? Gostaria de rever os seus pais. — Diz Jason.

— Tudo bem. Estou indo agora mesmo para minha casa. Eles vão gostar de rever você, pestinha Whittemore. — Retruco sorrindo. Era assim que o meu pai chamava Jason quando era criança. Ele odiava, mas hoje ele apenas sorri.

Adentramos no carro e o taxista coloca nossas malas dentro do porta-malas, eu ainda não consigo acreditar que e Jason está aqui comigo! O táxi nos leva até a minha casa, e como é bom rever a minha casa. Depois de alguns minutos recolhendo as malas junto ao taxista, Jason e eu seguimos até a porta da minha casa. Nota-se que Jason está um pouco nervoso. Abro a porta e nós dois adentramos lentamente, vejo meu pai sentado na sua poltrona preta lendo o jornal, como sempre ele costumava fazer.

Dançando sobre o fogoOnde histórias criam vida. Descubra agora