Algumas semanas depois.
Nos últimos dias eu entrei numa das minhas crises existenciais, que a muito tempo eu não tinha, já não via a Melanie desde do dia da descoberta da gravidez e ela também não respondia minhas ligações, tentei falar com o Ricardo mais ele também tinha sumido, resumindo eu não tinha mais ninguém pra conversar, eu apenas ia da escola pro trabalho e do trabalho pra casa e tudo que eu mais precisava no momento era só alguém pra conversar.
...
- Posso falar com você? Disse John chegando derrepente na árvore que a gente costumava disputar, fiz um sinal positivo com a cabeça e então ele sentou do meu lado e ficou em silêncio.
- Tô preocupado com você! Disse ele encarando o gramado.
- Porque? Disse eu sem nenhuma emoção na voz.
- Sabe às vezes você deve achar que ninguém se preocupa com você além da sua mãe, mas eu quero te falar que eu me importo com você e esses últimos dias você anda me assustando, você não briga mais comigo e nem é grossa, você anda desse jeito pelo o Henrique ter ido embora sem se despedir de você? Disse ele e então eu o encarei e aí eu respirei fundo e respondi a pergunta dele.
- Meu pai vai se casar! Disse eu e foi como se eu tivesse vomitado, uma sensação de alívio tomou conta do meu corpo e ao mesmo tempo sentir necessidade de terminar aquilo que tinha começado a falar. Ele me olhou e então se aproximou mais de me e pegou na minha mão.
- Esse é o motivo desse isolamento seu? Disse ele me olhando com uma ternura no olhar.
- Não, o motivo é que ele vai casar com a pessoa que destruiu a nossa família, com a pessoa que dormiu com ele 10 anos enquanto ele tava casado com a minha mãe! Meu pai vai casar com outro homem John. Terminei de falar e não conseguir conter o chorar, eu não conseguia perdoar meu pai pelo o que ele fez minha mãe passar, então des da separação não falo com ele. John não falou nada apenas me abraçou, ficamos um logo tempo ali abraçados e então escutei o ultimo sinal tocar indicando o fim das aulas, então me soltei dos braços de John e me levantei, ele logo levantou também e ficou na minha frente me encarando.
- Você no momento precisa de um amigo e já que você não anda tendo muita opções, eu te apresento seu novo amigo. Disse ele sorrindo e fazendo gestos de alegria com as mãos e então ele conseguiu tirar um sorriso meu.
- Acho que não ando com muita opção de amigos, então fico com você mesmo. Disse eu dando um soquinho em seu ombro e seguir para o portão do colégio.
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A dor precisa ser sentida
Novela JuvenilMeu nome é Manuelly tenho 17 anos moro em Brasília com minha mãe e com minha irmã mas nova, de uns anos pra cá minha vida se tornou bem complicada, resumindo um inferno. Próximos capítulos explicarei todos os porque que existi na vida da Manu..'