O telefone de Shun tocou um minuto depois após o termino de sua última aula. Ansioso ele pegou o aparelho pensando talvez ser Hyoga, mas mais uma vez ele foi decepcionado. Tinha tentado dar um gostinho do próprio remédio ao outro ao dar uma gelada nele mas parece que o tiro havia saído pela culatra.
" Será que o seu romance com o seu vizinho quente ia acabar por ali? " Se perguntou decepcionado enquanto balançava a cabeça para dissipar os maus pensamentos e atendia ao telefone.
− Alô?
− O que aquele garoto já aprontou com você? - Perguntou Milo do outro lado da linha.
−O que? - Questionou Shun sem entender.
− Alexei deve ter aprontado umas poucas e boas pela quantidade de rosas em várias formas e tamanhos que enfeitam a nossa sala.
Shun sorriu e sem ligar se estava sendo mal-educado ou não desligou o telefone e correu até a sala que dividia com o tio não disfarçando a alegria que faziam seus olhos verdes brilharem quando ele viu os diversos buques que variavam em cor e tamanho que agora enfeitavam a sala.
Rosas vermelhas, rosas, amarelas e brancas e até mesmo um buque de rosas verdes e negras. Um por um ele cheirou e verificou, procurando algum cartão ou bilhete, ficando novamente decepcionado quando não encontrou nada.
− Está procurando por isso? - Perguntou Milo mostrando um pequeno cartão vermelho. Quando Shun se aproximou para pega-lo o loiro usou sua estatura bem maior para impedir e sorrindo ele leu em voz alta: Me perdoa, sou um idiota.
− Só isso? - Perguntou Shun não disfarçando o sorriso e nem brigando pela cara de pau do tio.
− Nesse sim agora nesse.... - Disse Milo exibindo um outro cartão. Dessa vez Shun foi mais rápido e tomou o mesmo dele vendo que era um convite para jantar e no restaurante preferido de Shun.
- Como ele sabe?
− Foi o Milozinho aqui que deu a dica. Você acredita que aquele moleque teve a cara de pau de me ligar e pedir informações sobre os seus gostos? E como aquele garoto conseguiu meu número afinal?
− Lista telefônica? - Sugeriu Shun tentando conter a alegria.
− Alô-o... Você acha que com a lista extensa de ex-namorados loucos que eu tenho, teria meu número na lista telefônica?
Shun deu de ombros voltando a olhar as flores e o cartão, só erguendo os olhos quando Milo voltou a falar com ele.
− Então, o que ele fez afinal para ter que fazer tudo isso? - Perguntou Milo apontando as flores.
Shun deu uma breve explicação do que tinha acontecido naquela manhã esperando um sermão de Milo, ou algum conselho mas para a estranheza dele o loiro ficou no mais completo silencio após ele terminar.
− Não vai dizer nada?
− Às vezes no início de relação fazemos coisas estranhas e loucas mesmo. - Disse Milo não acreditando que estava defendendo Alexei.
− Mas nem sei se o que temos pode ser chamada de relação. Acho que pode-se dizer que é apenas sexo.
− Meu querido, alguém quer só sexo, principalmente depois de tê-lo comido já não se daria ao trabalho de encher a sala do seu parceiro de rosas.
− Você acha? - Perguntou Shun tímido e um pouco constrangido pelas escolhas de palavras de Milo.
− Acho sim e agora começa a mexer essas duas perninhas magrinhas e vá se preparar para seu encontro. Pode ficar tranquilo que vou descobrir quais as verdadeiras intenções do Alexei.
− Você está brincando, não é? - Apavorou-se Shun, conhecia bem demais o tio para querer vê-lo tendo esse tipo de conversa com Hyoga. Seria um desastre.
− Claro. - Disse Milo gargalhando. - Não vou falar nadinha com Alexei.
Shun olhou bem nos olhos do tio e vendo que ele não parecia mentir começou a pegar alguns buques de rosas se dirigindo a saída sob o olhar atento de Milo que já tinha tomado uma decisão. Precisava ter uma conversa de tio para tio e descobrir as verdadeiras intenções de Alexei, além de ter certeza que incentivar aquele relacionamento era realmente a coisa certa.
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Coração de Gelo(Hyoga&Shun)
FanficShun um jovem bondoso e um tanto ingenuo, mas tambem vivido e com experiencias intensas na vida. Hyoga um homem no auge da juventude e beleza, tão quente no exterior como frio no interior que carrega um passado trágico e um futuro sombrio. Por uma j...