Niall havia se sentado sobre a tampa de concreto com flores brancas e um tanto quanto murchas em mãos. Ele trazia um sorriso amargo nos lábios e parecia incompreendido.
Olhá-lo é como olhar para uma pintura.
É tão complexo tentar escolher qual a cor de seus olhos agora, atrás de tantas manchas de escuridão.
Minha culpa, era o que sua voz dizia para o nada, em sussurrou martelados no silêncio.
Sua culpa, dizia sua própria mente.
Insanidade. Essa deveria ser a palavra para defini-lo.
Demência.
Tristeza.
Quantos Nialls estaria sofrendo do mesmo jeito agora? Acreditando que a culpa era completamente sua, quando, na verdade, ele estava lidando com o verdadeiro culpado?
Este não é o Niall que cantava enquanto limpava mesas e balcões.
Este não é o Niall que sorria enquanto fazia piadas sobre cevada e lúpulo.
Este não é o Niall ao qual todos olhavam com alegria.
Este, definitivamente, não é o Niall.
Este rapaz, do qual os olhos tristes decoram lápides com lágrimas, é uma sombra. Um grande redemoinho se culpa que está levando tudo e todos consigo.
Alguém precisa resgatá-lo.
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RomanceA morte não leva pessoas, ela apenas tira o que mais admiramos nelas: a vitalidade. Lisandra era uma garota estonteante, atrevida - de certa forma. Ela procurava transmitir apenas sua parte boa para as pessoas, a ruim e triste ela escreveu em um diá...