Capítulo 11

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- Scar está tudo bem? - Perguntou preocupada, a outra apenas assentiu com a cabeça, então Isabella pousou uma das mãos no rosto dela o acariciando de leve enquanto olhava em seus olhos. - Ei... Eu sei que te peguei de surpresa, mas não tem pra que ficar em pânico, só porque eu disse que te amo não significa que você tenha que dizer o mesmo. - Explicou de forma cerena e tranqüila.

- Tem certeza que quer mesmo amar a mim? - Perguntou ainda confusa.

- Como se eu tivesse escolha. - Ela sorriu com ternura. - Não escolhi te amar Scarlett, aconteceu, de forma inexplicavel, mas aconteceu. Simplesmente te amo! - Finalizou selando os lábios dela.

- É... Eu... Não sei o que te dizer... - Na verdade ela queria poder dizer "Eu também te amo Bella", mas estava tão pasma com o que ouvira que sequer conseguia raciocinar as palavras direito.

- Shhhhh... - Isabella a calou com um beijo.

Afinal o que é o amor? Essa pergunta ecoava na cabeça de Scarlett. Estava certa de que tinha algo haver com sentimento, mas qual o sentido disso? Qual a explicação para o amor? Por que o sentimos e quando o sentimos? Quando sabemos que é verdadeiro e não passageiro? Como haveria de saber se realmente ama Isabella como ela diz que a ama?

Estava tão confusa por nunca estar nessa situação que mal sabia com quem falar sobre isso, não queria que a olhassem como uma tola ao perguntar isso. Então por uns instantes lembrou-se da história que Vicent a contou quando Isabella estava viajando, foi aí que soube a quem poderia perguntar sem medo e com quem poderia conversar de verdade a respeito disso. Nada melhor que alguém experiente no assunto para ensina-la, para ouví-la e aconselha-la.

De madrugada quando Isabella finalmente havia adormecido, Scarlett que mal conseguia pregar os olhos levantou-se com cuidado, caminhou em passos curtos e silenciosos até a porta a abriu e saiu no corredor. Logo encostou a porta novamente sem fazer muito barulho e deu-se a caminhar pelo corredor até as escadas. Ao descer reparou que a luz da cozinha estava acesa, ela franziu a testa achando estranho e imaginou que pudesse ser o pai de Isabella. Em passos calmos ela caminhou até a cozinha, ele fitava o nada, mas percebendo sua presença logo aqueles olhos azuis à encarou a deixando tensa.

- Perdida pela casa? - Brincou ele dando um leve sorriso.

- Vim beber uma água. - Ela sorriu e caminhou até o armário pegando um copo, em seguida o encheu de água. - Posso? - Ela olhou pra ele e depois pra cadeira.

- Senta aí. - Ele bebeu mais um pouco do que havia em seu copo e logo Scarlett sentou-se na cadeira de frente para ele. - Você está bem? - Perguntou notando algo errado.

- Estou sim... Quer dizer... Sei lá. - Scarlett ainda estava insegura em falar sobre o assunto que a deixava confusa.

- Devo dizer que não me convenceu. - Indagou sem tirar os olhos dela. - Discutiram de novo?

- Não... - Ela respirou fundo, precisava acabar logo com isso. - Amava muito a mãe de Bella? - Foi uma pergunta delicada, sabia que era difícil pra ele lidar com essa perda mesmo depois de tantos anos. Mas ele respirou fundo e por fim respondeu.

- Eu a amo muito, essa é a forma correta de se dizer já que não há quem a substitua. - Explicou, por mais que seu peito apertasse de saudades ele amava falar de sua falecida esposa. - Helena era tudo pra mim, assim como Bella é.

- Como teve a certeza de que a amava? - Ele estava achando um pouco estranho as perguntas que estavam sendo feitas, mas responderia sem problemas.

- Tive a certeza desde que soube que não saberia viver sem ela, depois de sua partida achei que fosse morrer. Mas percebi que ela sempre esteve viva em nós, principalmente com o fato de Bella lembrar muito ela fisicamente. - Seu olhar estava perdido enquanto falava. - Às vezes me pego olhando para ela por longos minutos só pra matar a saudade que tenho de Helena. É difícil perder alguém que a gente ama muito.

Inexplicavelmente - Amores Inesquecíveis (Um Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora