Capítulo 2 - Parte 1

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Valentina Lennox

Desci do carro em frente ao duplex, precisava de ar fresco depois de meu encontro quente com Noah Foster. Eu estava irritada, ele sempre me causava esse efeito imediato de irritação e desejo. Agora acredito quando dizem que o sexo de reconciliação é sempre o melhor; afinal o casal está irritado um com o outro e fazem sexo com raiva e é sempre mais intenso assim. Minha relação com Noah Foster sempre foi de ódio e desejo.

Encarei o céu estrelado e segui para a porta de entrada, era um lugar pequeno que eu alugava, morava ali há quase seis meses. Desde que Victória partiu resolvi sair da casa dos nossos pais também, não tinha mais graça ficar lá sozinha. Entrei na sala modesta, joguei minhas chaves na mesa de canto e liguei o abajur. Chutei os sapatos para um canto e comecei a me despir, mas então um barulho me despertou. Eu não estava sozinha, engolindo em seco e com o coração disparado peguei minha pistola 9mm na gaveta oculta na mesinha e disquei para a emergência conforme me aproximava do quarto, onde estava a origem do som.

Vi um celular em cima da mesinha do quarto, o som do chuveiro e roupas jogadas no chão.

— 911 qual sua emergência? — Perguntou a mulher do outro lado da linha, desliguei o celular e bufei, já sabia quem estava ali.

— Maldito. — Travei a arma e voltei para a sala e guardei-a no mesmo lugar. Impaciente retornei para o quarto, iria chutar o rabo daquele idiota lesado.

Estava pronta para fazer exatamente isso quando o celular dele me chamou a atenção. Fui até o aparelho e abri o Messenger, no qual um tal de Vince respondia a mensagem.

— Porra cara! Que gostosa, divide com os amigos. — Franzi as sobrancelhas e deslizei a tela para cima e vi que o idiota do Alan tinha enviado uma foto da minha bunda para o seu amigo Vince com a seguinte legenda: Olha como tô comendo bem.

Com erros de grafia em três palavras devo mencionar. Aquilo me deixou puta e fui até o banheiro acabar com o banho do imbecil. Voltei para a sala e peguei minha arma, deixei-a travada, só queria assustar o babaca e não mata-lo.

— Vá embora da minha casa agora. — Falei firme abrindo o boxe e assustando-o.

— Valentina o que é isso? — Ele me encarou assustado e apontei a arma para seu minúsculo pinto.

— Isso é eu mandando você dar o fora. — Ele cobriu seu minúsculo documento na mesma hora ficando ainda mais assustado.

— O que deu em você? Você é louca.

— O que deu em mim? Bem, eu mandei você ir embora de manhã, disse que não queria vê-lo aqui quando eu chegasse do trabalho e que nossa relação seria de apenas uma noite e sem troca de mensagens nem nada do tipo. E você não apenas está na minha casa, perturbando a minha paz como também andou enviando fotos da minha bunda para que os idiotas dos seus amigos se masturbem.

— Eu perdi a hora, já estou indo. Só por favor pare de apontar essa arma para mim, armas me dão nos nervos. — Disse ele e abaixei a arma.

— Deve ser inveja. — Falei olhando-o nos olhos.

— O que deve ser inveja?

— O fato de você não gostar de armas, elas intimidam você por serem maior que o seu brinquedinho.

— Gata, não fale bobagem...foi incrível ontem.

— Só se foi para você, eu não senti nada.

— Mas você...

— Eu fingi. — Suspirei. — Não queria deixar você mal, mas nós mulheres devemos parar de fazer isso. Devemos parar de fingir orgasmos, para que vocês saibam que está uma verdadeira bosta.

Surpresas do destino - Série Lennox - Livro 9 (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora