clínica de recuperação Santa Dymphna

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Sabrina
na Largaram - me sentada em uma pequena sala de espera enquanto meus lais resolviam detalhes sobre minha internação.

O lugar apesar de limpo era feio, antigo, como se nunca houvesse sido reformado. O balcão, a mesa de centro, alguns enfeites tudo que meus olhos alcançavam parecia ter sido retirado de algum filme do século " retrasado ". A própria cadeira na qual eu sentei encontrava - se com o assento rasgado.

Olhando para cima, vi uma pintura a óleo de uma Santa sobre um oratório caindo aos pedaços. Ao seu pé lia - se c dificuldade a inscrição " Santa Dymphna ".

A Santa olhava para mim e, incomodada com o fato, mudei imediatamente de lugar. Sentei - me em outra cadeira na esperança de sair de sua linha de visão, mas de nada adiantou: a Santa insistia em me seguir com os olhos.

Não me assustei, sabia que o fato não tinha nada de sobrenatural, pós qualquer foto ou pintura que fosse feita de frente geraria esta ilusão. À questão é que tudo me irritava.
Eu estava nervosa e chateada.

- Está foi a melhor maneira que acharam para se livrarem de mim. Com certeza era a mais barata que encontraram. - falei alto sem ser ouvida.

Levantei - me da cadeira neste momento, mediante a aproximação de meus pais que caminhavam em minha direção c um sorriso estúpido estampado em seus rostos.
Parei.

- Fique bem. Voltaremos em breve para vê-la. - falou Adrian abraçando - me.

Minha mãe também se despediu, mas apenas beijando meu rosto. Deram - me as costas sem mais nada dizer e foram embora.

- Não preciso de vocês - resmunguei. Já pensando em criar um plano de fuga no momento certo.

***
Fora a recepcionista parecia que só existiam mais dois funcionários naquele " pulgueiro".

Os mesmo rapazes que recolheram as minha malas se dirigiram nestr instante para o local em que eu estava. Um desviou - se a caminho da recepção e o outro veio ao meu encontro. Mediu - me da cabeça aos pés enquanto eu olhava para outro lado. Em certo momento, percebendo que eu havia notado seu olhar curioso, enrubesceu .

Após o convite para segui - lo, por não ter alternativa, o acompanhei.

Durante o trajeto passamos por várias alas, permitindo que eu percebesse a existência de vários outros profissionais.

A clínica era bem maior do que eu havia imaginado.

O rapaz, tentando ser amigável, falava sobre as alas conforme andávamos, assim como a função de algumas ali presentes. Por não estar interessada em detalhes, não prestava muito atenção no que dizia.

Apesar de achar o lugar horrível, percebi que as alas continham um bom número de pacientes.

- É... eles têm bastante cliente aqui - pensei ironicamente.

Chegando à um pequeno quarto localizado no último andar da clínica, verifiquei que dividiria o espaço com mais três mulheres que, pela linguagem e modos, pareciam pessoas de baixa classe.

- Sem dúvida alguma foi o local mais barato que encontram.

- Disse alguma coisa ? - perguntou o rapaz que me acompanhava.

- Não. Falava sozinha. - respondi secamente.

Após ser apresentada à minha nova cama, fui informada que em breve uma enfermeira viria me ajudar com não - sei - o - quê é saiu, deixando - me momentaneamente a sós com aquela gentalha.

Qual O Seu Medo ? #Marcelo PrizmicOnde histórias criam vida. Descubra agora