Os cinco estágios do Luto.
Como ele pode como ele AAAAAAAH. Eu andava de um lado para o outro enquanto aguardava. As lagrimas que eu chorei nos últimos 6 meses já não estava mais aqui, a tristeza deu lugar para a raiva, e ela era bem vinda.
Os pais do Ben moravam numa puta mansão, bom parecia uma mansão para quem veio de uma casinha com dois quartos, cozinha e banheiro. Aquela casa foi motivo da nossa primeira briga, o seu dinheiro, ou melhor, o excesso dele.
Rindo sozinha e amargurada, não tenho tempo para me lembrar disso agora, eu vim aqui para matar alguém que desse a escada agora com uma cara de espanto.
- Jessi! Que surpresa. Não esperava...
-Corta essa, Benjamin, você sabe muito bem o porquê que eu estou aqui. – Foi só ai que percebi o segundo motivo das nossas brigas passadas descendo as escadas. Sua ex. E isso me irritou tão profundamente que o meu olhar fez Ben recuar.
-Jessi! Querida. Quanto tempo. –Faço o possível para não revirar os olhos, ela hoje, não é o meu alvo.
- Preciso falar com você, Benjamin, a sós se possível – Digo tão calmamente que ate me espanta.
Eu podia sentir a recusa no ar, mais algo em meus olhos, não sei talvez o desespero, o fez com que ele concordasse.
-Eu só vou acompanhar a Manu e podemos ir para o meu...
-Não, não aqui.
-OK, é hm... Manu vamos? - E saíram me deixando para trás com minha raiva.
Eu tinha que me manter calma, se Ben queria a porra de divorcio, ele iria lutar por ele.
Quando o vejo abraçando sua ex-namorada como se fossem íntimos de novo, meu coração aperta. E eu já tomei uma decisão.
Espero que ela saia, e passo por ele agarrando sua mão não ligando muito que ele ainda estava fazendo fisioterapia, abro a porta do meu carro enquanto ele protesta, mas não presto atenção.
-Entra no carro.
-Você é louca, não vou a lugar nenhum com você. Ainda mais nesse estado
- Benjamin, uma coisa que você tinha certeza sobre mim era da minha loucura, então entra nesse carro.
-Na aonde vamos? Perguntou hesitando.
-Casa.
Passei o caminho inteiro para casa calada, e Ben, mesmo perdendo a memoria não perdeu o seu jeito tagarela. Pelo menos isso não mudou.
-Que musica estranha... Quem canta isso? ... Posso mudar? ... Você não pode continuar me ignorando o caminho todo! ... Jessi, qual é?
-A musica não é estranha, você costumava a gostar ate. Slipknot, e não. Quem dirige escolhe a musica.
- Que regra mais estupida.
-Sim eu também achava quando você inventou, agora acho útil. – Ouço ele suspirar
-Olha se é sobre o divorcio...
-Vamos ter essa conversa em casa, já disse.
E só então ele me deu paz, enquanto a musica tocava eu ficava imaginando se, levando ele pra casa poderia talvez se lembrar de algo. Eu não iria desistir, mesmo que eu sentisse no fundo que a batalha estava ganha e eu? Estava do lado perdedor.
Depois de anos morando nela, nunca mais reparei na minha casa, mas hoje eu estava muito consciente de que para o Ben, mesmo ele tendo morado aqui 5 anos, era tudo novo para ele. Muito diferente da casa dos seus pais, nossa casa era simples, aconchegante e cheias de fotos, e na parede da nossa casa tinha um quadro que ele me deu de casamento, que retratava o momento exato em que nos casamos. Eu não tinha tempo para isso, precisamos discutir e faze-lo enxergar a voz da razão.
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Amnesia
Romance"Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus uniu ninguém separe". Eu nunca acreditei em destino, isso era um fato. Para mim ou acontecia ou não, nunca deixei meu futuro nas mãos de ninguém. Exceto dele. Ele era meu mund...