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Anastasya White

  Seu hálito quente acaricíava-me de forma graciosa, abrangendo em meu peito o anseio por seus lábios.
Seus dedos encontravam-se lentamente com os fios de minha nuca, eriçando-me em resposta ao seu toque delicado. Cada parte do meu corpo gritava pelo toque de seu calor e ao misterioso sabor de seus lábios brilhantes.

– Anastasya? – ouço aquela voz familiar à chamar-me ainda distante, fazendo-me abrir meus olhos.

– Sempre estragando tudo! – Rosna Joseph diante de mim, enquanto seus olhos olhavam ao longe por cima de minha cabeça.

– Quem? – pergunto despertando-me ainda bamba em seus braços.

  Seus olhos voltam-se para os meus, analisando-me por completo. Seu cenho franze-se entre suas sobrancelhas estreitas enquanto seu polegar acariciava meu lábio inferior.

– Vá! – diz enquanto sua mão recai sobre meus ombros, segurando-os em nos separar de maneira fria, provocando em meu peito a tristeza que devora-me familiarmente.

– Joseph...

– Anastasya, é você? – Viro-me ao ouvir Josh  próximo.

Avistando sua sombra à parede ganhar forma enquanto aproximava-se rapidamente, sinto em meu estômago algo embrulhar no vazio enquanto em meu peito um arfar forte causava-me arrepios.

– Anastasya, achei você! – Diz Josh assim que surgindo ao virar do corredor encontrou-me.

– Josh. – reverencio-o em respeito ao seu senhorio.

– Porque fugistes de mim? – diz fazendo-me recordar de Joseph.

Desviando meus olhos, viro meu rosto por cima de meu ombro ao recordar-me do fantasma de Joseph. Porém não encontrando seu corpo caloroso onde antes pendia-se, sinto-me como uma órfã exposta aos braços céus tempestuosos.

– Procura por algo... – pronuncia-se e sinto teu toque em meu braço, o que atraiu-me a atenção aos teus olhos negros. – Ou, alguém? - indaga, penetrando com teu olhar em minha alma.

– Eu apenas estava perdida. – declaro soltando todo ar de meus pulmões momentaneamente pressionados por minhas costelas.

— Claro, por isto estou aqui! – diz alargando um sorriso em teu rosto levando suas mãos ao toque de meu rosto. Recuo brevemente, porém teu toque logo me encontra. – Vim lhe salvar. – Seu sorriso ganha intensidade, mas nada consigo emitir além de um forçado sorriso.

–  Tire-me deste lugar por favor. Sinto calafrios. - digo, tocando em tuas mãos para então afastá-las de minhas bochechas doloridas por meu forçado um sorriso.

– Claro, my lady. – declara tomando minha pela cintura me colocando em um abraço ao teu lado, guiando-me para longe de Joseph.

[...]

Em um redemoínho de vento, prendi-me à observar. Enquanto o vento soprava forte avisando que breve choveria, permiti-me à aproveitar a brisa. Apoiando-me sobre a sacada de pedra que a varanda proporcionava-me, deslumbro do jardim à bagunçar-se pelo vento.

– Ana?

– Sim!? – digo guiando meu rosto por cima de meu ombro esquerdo, encontrando Alexandra recostada com seu ombro à porta observando-me com um pequeno sorriso em seus lábios.

– Pensativa? – diz aproximando-se, colocando seu corpo ao lado do meu em apoiar seus cotovelos a pedra da sacana, igualmente a mim.

– Estava observando a chuva soprando o vento de sua breve chegada. –  forço-lhe um sorriso.

Santo PecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora