Anastasya
Com o decorrer agitado dos últimos dias, Madre Margor me impeliu à não sair do meu quarto, para que Cora desta forma não pudesse perturbar-me com suas perguntas curiosas sobre minha família. Certamente todos estes fatos tomaram minha mente por alguns dias, o que impossibilitou-me a pensar em Joseph por este tempo. Porem este tempo não foi tão longo quanto com expectativa criei, pois nesta noite cujo a cama está vazia e a noite está quente, me peguei à sacada recordando-me da noite que sob a luz do luar suas palavras me encontram em cuidado, mas também em confusão.
Desde nossa última discussão e a proibição de Madre Margor, o pouco que sou permitida à sair não foi o suficiente para esbarrar com sua presença aos corredores, e pouco duvido se o perceberia já que minha mente andou pouco silenciosa nos últimos dias.
– Conseguiste dormir está noite? – Manifesta-se Alexandra logo atrás de meu corpo. Surpreendendo-me por não ter percebido adentrar.
– Sim. – Menti me virando em direção a seu corpo, ficando de costas para a sacada que me debruçava.
– Eu vim porque você não sai do quarto a algum tempo e eu... – cessa, demonstrando preocupação com seus olhos de um verde com algumas gotas de chocolate que disputavam seu lugar em seu olhar.
– Eu estou bem. – digo sentindo um leve sorriso se alinhar em meus lábios. Me aproximo, vendo seus olhos estudarem-me afim de ouvirem por trás de minha palavras ditas. – Apenas estive ocupada nos últimos dias. – Digo, logo após apontando para a pilha de livros ao lado de minha cama.
Madre Margor havia feito questão de me empresta-los, dando-se ao total trabalho de escolhe-los pessoalmente e traze-los, para que devido ao último ocorrido minha mente estivesse ocupada o suficiente para não se preocupar ou imaginar coisas. Acredito que a atitude inusitada de Madre Margor foi de certa forma protetora, já que jamais havia presenciado um ato de tamanho carinho, mesmo que discreto vindo de si. E assim como muito se empenhou para me ocupar, li todas suas linhas e certamente mentiria que não pensei no que realmente pode ter desencadeado tais mentiras, principalmente de minha morte e meu sexo.
– Você realmente não sabe mentir. – diz, atraindo meus olhos os teus que se desviam dos livros para os meus.
– Por que todos estão me dizendo muito isso ultimamente? – indago cruzando meus braços, atraindo um sorriso que escapou dos lábios de Alexandra.
– Porque é verdade! – declara dando de ombros, atraindo-me igualmente a sorrir. Porém logo após seu sorriso se limita, e seus olhos se desviam novamente para os livros.
– Você parece bem, então vou indo. – diz, porém antes que se virasse, seguro teu pulso.
– Não vai. – digo, atraindo seus olhos de meu toque para meus olhos. – Preciso lhe contar uma coisa. – digo e vejo suas sobrancelhas se estreitarem.
Alexandra após alguns segundos estudando minhas expressões assentiu positivamente com sua cabeça. Seguimos para nos assentarmos em minha cama, já que a tua havia sido retirada deste quarto para outro, junto com todas suas coisas.
– Lembra da última vez que nos vimos na biblioteca? – pergunto e sua cabeça assente positivamente enquanto seus olhos estão atentos. Continuo. – A duquesa me levou para fora do convento para tomarmos um chá em seu jardim. Mas algo estava estranho. – digo e cesso ao me recordar de seu interesse repentino em minha família.
– Como o quê? – indaga fazendo-me voltar de meus pensamentos.
– Ela parecia conhecer minha mãe e meu pai... – digo e vejo o rosto de Alexandra se retorcer confusa.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Santo Pecado
Romantika" Se há amor, não deveria haver pecado. Mas se há, condeno-me ao inferno. " Santo Pecado conta a história de Anastasya White Xavier, uma jovem de 18 anos cujo a sua história é contada no ano de 1864, século 19. Bondosa, Anastasya sonha com o marid...