4 Capítulo - O jantar

291 26 5
                                    

Ao caminho da casa de seus avós, Emma foi quieta sem falar uma palavra se quer.
Caleb foi ouvindo música no seu celular e chorando às escondida para sua irmã não perceber.
James estava no banco da frente com o taxista, com a cara fechada e fingindo ser "forte".
A chuva começou apertar, trazendo uma frente fria com muito vento, fazendo as árvores balançar loucamente.
O táxi começou a reduzir a velocidade, então James disse:
— Chegamos! Sejam educados crianças — disse sarcasticamente.
— Idiota! — retrucou Emma, se retirando do carro.
— James por favor, disfarça... Más tente ser menos irritante! — falou Caleb, dando-lhe leves tapas em seu ombro.
* * *
A casa era bem rústica, um jardim cobria a frente da casa. As janelas eram altas, acompanhada de uma enorme varanda, que por si própria continuava a mesma, onde Emma, Caleb, James ficavam as férias de verão brincando quando eram pequenos.
Emma saiu correndo para não se molhar, logo atrás vinha Caleb e James.
— Que chuva! — murmurou Caleb.
— As luzes estão apagadas... Eles não sabiam que viríamos? — perguntou Emma confusa, verificando as janelas.
Caleb e James se entreolharam procurando mais respostas para dar a Emma... então Caleb disse;
— Devem ter caído no sono... — disse nervoso.
— Sério? — sussurrou James, inconformado.
— Sete horas da noite? — retrucou Emma.
— São idosos! Idosos dormem cedo! — falou James.
— Será que dá para você parar de ser sarcástico por um minuto? — falou Emma, aumentando o tom de voz.
- Cala boca...
De repente a luz da varanda acendeu, e a porta se abriu.
— Parabéns! — sussurrou Caleb.
Os avós dos Collins eram aparentemente "muitos novos" para idade deles.
Margareth, era média, com cabelo curto e branco, sempre vestia cores neutras... Já Orlando, era alto e magro, com pouco cabelo no topo da cabeça, olhos verdes como a grama de seu jardim, e usava quase sempre os suspensórios marrons.
— Olá queridos! — disse Margareth desanimada, seus olhos estavam muchos e tristes.
— Entrem! vem uma tempestade a caminho. — disse Orlando, fazendo reverência para entrarem.

A casa era muito grande. A sala era junto com a cozinha, apesar da lareira enorme em baixo da televisão, e á frente estava dois conjunto de sofá marrons, em baixo um longo tapete marrons desenhado, e ao topo o tradicional lustre da família Collins, que era passado de geração em geração.
— Seus quartos já estão arrumados... subam para tomar um banho e se troquem para descer parando jantar. — disse Margareth, soltando um sorriso falso.
— Ah comida da avó de vocês está excelente! — disse Orlando empolgado.
James subiu rapidamente, Emma olhou Caleb e sussurrou no ouvido dele:
— Eles estão estranho... não estão?
— Impressão sua... agora vamos! — disse fugindo do assunto.
— Claro que não... sempre tinha flores espalhadas pela casa, agora nem vasos tem mais... é também o vovô nunca elogia a comida da vovó, a não ser quando quer um favor...
— Nossa Emma, você realmente precisa de um banho quente! vai logo...
— Aí! — soltou um grito abafado, quando Caleb empurrou suas costas para subir.
* * *
A mesa estava farta. Frango com batata feito no forno reinava na mesa, acompanhado de um arroz feito na hora, e ao lado uma torta de frango com milho e catupiry.
— Eles estão demorando... — disse Margereth, ajeitando os talheres na mesa.
— Querida... você acha que a escolha dos meninos estão correta? Emma tem todo o direito de saber...
— Direito de saber oque? — disse Emma, aparecendo de repente na cozinha, com o cabelo molhado, e um pijama azul bem largo.
— Nada querida... — disse descontraindo.
— Que cheiro bom é esse! — disse Caleb, sentando-se na mesa.
— Cadê seu irmão? — perguntou Margareth.
— Está descendo. — falou Caleb, colocando o arroz no prato.
— Tive um dia cheio... mamãe disse que iria me pegar na escola para podermos comprar sapatos e roupas novas, e não deu as caras e nem me aviso que eu ia ser sequestradas pelos meus irmãos... não que você seja ruim Caleb, é que James...
— O que tem eu? — interrompeu James, sentando-se ao lado de Caleb.
— Só estava dizendo pro Caleb, o quanto eu amo você... — deu um sorriso forçado.
— Mamãe foi fazer uma viagem, por isso não deu... — disse Caleb, com a boca cheia de frango.
— Só porque mamãe não fez seus caprichos, você está choramingando? — riu James, colocando a comida do prato.
— Crianças por favor...
— Você é um idiota, James Collins! — berrou Emma.
— E você uma garota metida e orgulhosa! — berrou James.
— Não é atoa que papai não deixou você assumir os negócios dele quando for de maior... pois é muito criança!
— Ainda bem que ele não está vivo nesse momento, para ver sua própria filha disvirginada e transando com o mundo todo.
Emma se levantou e jogou o prato de comida em James.
— Como ele não está vivo? andou bebendo às escondidas?
— Você é tão burra, que não percebeu que nosso país morreram, e que tudo isso não passa de uma farsa, para poder poupar seu sofrimento... mais você merece sofrer, como uma vadia! — gritou James, indo em direção a Emma.
— Já chega! — gritou Margareth. — Os dois pra cima... Agora!

A História da família Collins - Os Trigêmeos Onde histórias criam vida. Descubra agora