19 Capítulo - Precipício

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       A lua começou subir, alcançando o topo do céu estrelado.
— O que iremos fazer agora? — perguntou Emma chorando, ainda segurando sua amiga.
— Aínda não acabou... Eleanor está na cidade, ela irá ver Cater, e quando descobrir que ele está morto, vira atrás de nós... — disse James, limpando as mãos de sangue em sua calça.
— Nossa tia? — perguntou Caleb, desentendido.
— Ah esposa do nosso tio idiota... depois que você foi preso, mandei meu advogado pesquisar sobre a vida dele, e ela está envolvida nesse plano... — explicou James, indo em direção à porta. — Agora vamos, antes que nossa tia nos faça uma visita.
— Não podemos deixar Catarina aqui... — suplicou Emma.
— Ela está morta, se levarmos ela, será um peso morto... — bufou James, impaciente. — Eu acabei de matar uma garota, e se essa aí acordar, eu vou ser obrigado a matar ela também.
— Como você pode ser tão ruim assim? tão insensível? — perguntou Emma, indignada.
— Eu mato qualquer pessoa que tentar mexer, prejudicar, ou algo que faça com meus irmãos! seja qualquer pessoa... então vamos sair daqui, já escureceu e Josh está esperando todos nós na floresta com Kate. — disse James, saindo pela porta.
                          *   *   *
        O céu estava preto, com várias estrelas emitindo luzes perfeitas, com algumas nuvens quase impossível de ver.
        O vento balançava as árvores com muita força, dava para ouvir alguns galhos de quebrando nos troncos.
— Josh? — sussurou James, procurando Josh e Kate entre as árvores.
— Tinha que ser justo na floresta? — exclamou Caleb, segurando sua irmã pelo braço.
— Desculpa se eu não escolhi um hotel cinco estrelas... fala sério! acabamos de sujar nossas mãos de sangue, se alguém abrir o bico, podemos ser preso a qualquer minuto... não estamos mais seguros em nenhuma lugar, temos que chegar logo na casa de nossos avós, antes que algo aconteça com eles.
     De repente um barulho de absurdo se mexendo surgiu no meio da floresta.
— Josh? é você? — perguntou novamente.
— James? — Josh e Kate saíram de mão dada para fora do arbusto, deixando claro sua camisa molhada de suor, e alguns hematoma em seu braço direito.
— Graças a Deus! — disse James, aliviado.
     Kate correu nos braços de James, sua testa estava um pouco inchado, pelo soco que o homem havia dado em sua testa.
— Está doendo?
— Não muito... cadê aquela garota? — perguntou Kate, passando os olhos em Caleb e Emma.
— Ela... — Emma tentou falar mais caiu no choro.
— Morreu... morreu tentando salvar Emma, ela foi um heroína. — terminou Caleb.
— E vocês estão bem? fiquei preocupada...
— Está tudo bem Kate, obrigado! — agradeceu Caleb.
     De repente luz de lanternas invadiu a floresta, e passos pesados quebrando os galhos grossos no chão.
— Quero que traguem todos! ninguém volte sem eles! — Era uma voz grossa e rouca.
— Corram! — disse James, pegando o braço de Kate e jogando ela em seus braços.
     Emma, Caleb, Josh fizeram o mesmo, desceram a floresta cheio de espinhos e galhos secos, fazendo as pernas se arranhar.
— ALI ESTÃO ELES! — gritou novamente o homem, só que desta vez deu para ver seu rosto barbudo, como o dos outros.
     Havia em média de seis guardas, correndo com cacetetes pendurados em seus cintos e lanternas em suas mãos.
     Por falta de sorte, a floresta acabava num precipício, não muito alto, mas também não muito baixo.
— Droga! — bufou Emma.
— Não temos escolha... — sussurou James, olhando para seus irmãos.
— Ou ficamos aqui e esperamos oque eles irão fazer com nós, ou pulamos. — disse James, olhando a altura do precipício.
— Eu amo você Emma... Kate... — disse Caleb, chorando.
— NÃO FAÇAM ISSO! — ordenou um dos homens se aproximando.
O vento começou assoprar os cabelos das meninas, a vente fria estava aumentando, e os corações disparados.
— AGORA! — Juntos todos pularam do precipício.

A História da família Collins - Os Trigêmeos Onde histórias criam vida. Descubra agora