5 Capítulo - Lar doce Lar?

276 27 4
                                    

    A manhã foi muito desagradável para os avós e os irmãos Collins.
    Emma não saiu do quarto há manhã inteira, e James fez o mesmo... Caleb se retirou logo cedo antes do sol sair.
    O sol radiava atravessando pelas cortinas e iluminando a sala inteira.
— O que iremos fazer? nenhum deles estão conversando... eu não aquento ficar nessa situação. — lamentou Margareth, tomando café.
— Eu sei querida... pensa comigo... Os três acabaram de perder os pais, James tenta proteger ah irmã temporariamente do sofrimento, só que Emma não viu por essa lado, então James ficou bravo com ela... é Caleb sempre fica ao lado do James... sempre! Logo logo estão se falando. — disse Orlando, olhando fixamente para a esposa.
— Você tem razão... afinal eles sempre discutem, depois eles estão se reconciliando...
   De repente um barulho estrondoso vindo lá de cima, vasos quebrando e gritos.
—... eu te odeio, você é um idiota... deveria ter morrido do parto!
—...e a mamãe deveria ter doado você para adoção, assim teria menos gasto e teria mais tempo para dar atenção às coisas significantes!
    Orlando e Margareth se entreolharam com medo. Então Orlando disse:
— Talvez demore um pouco... — sussurrou.
    Margereth olhou furiosa para ele.
    De repente a porta da sala se abre... Era Caleb.
— Querido, onde estava? — disse Margareth, preocupada.
— Estava na escola... — disse Caleb, com uma voz cansada e desanimada.
— Sério? — perguntou supresa.
— Sim... eu sei que perdi meus pais e... é difícil mais estou tentando seguir a vida, pelos meus irmãos... e para mim também...
    Sem pensar duas vezes, Margareth deu-lhe um abraço forte e disse:
— Você é tão bondoso querido... — pegou sua cabeça e olhou no fundo dos olhos azuis de seu neto. —... sempre pensando nos outros... você é perfeito meu filho! — disse abraçando-o novamente.
— Temos orgulho de você... se seus irmãos tivessem esse carácter que você tem, não estariam quebrando a casa e quase se matando... — disse Orlando, sentando-se no sofá.
— Orlando! — sussurrou Margareth.
— Eles estão brigando?... deixo eu ir lá ver...
— Está bem. — concordou.
                           *     *     *
     O resto da tarde foi tranquilo, Caleb conseguiu fazer seus irmãos pararem de quebrar a casa... Emma ficou chorando há tarde inteira, se alimentou muito pouco depois de seu avô ter deixado um misto quente em seu quarto.
    A noite chegou, trazendo novamente um pouco de chuva, acompanhada de uma leve vente fria... o inverno se aproximava.
    Ninguém da família desceu no térreo da casa, todos se isolaram em seus cantos, até seus avós.
                          *   *    *

— James... entenda ela... você sabe como ela é, fica brava com tudo e nunca vê o lado bom! — disse Caleb aconselhando.
— Poblema é dela! — cruzou os braços. — Sempre tentamos ajuda-lá... tentei protege-lá do sofrimento que estamos passando, mais nem isso... nem isso, aquela garota teve cérebro para pensar!
— Tenha paciência... quando cair a ficha, ela irá vim se perdoar, tenho certeza! — falou Caleb, confiante.
                      *     *      *
— Querida?
— Oi... vó? eu só estava...
— Eu sei muito bem oque você estava fazendo. — sorriu Margareth.
     Emma estava atrás da porta do quarto do seus irmãos, ouvindo toda a conversa.
— Você ouviu? ele fez por bem Emma... ela nunca vai querer seu mal... — disse Margareth com sua voz doce.
— Na primeira oportunidade ele me mataria! — bufou Emma.
     Correu até a porta do seu quarto e bateu à porta e se trancou.
— O que foi isso? — reclamou James, abrindo a porta violentamente.
— Ah... nada! — disse sua avó, rapidamente. — Então... daqui a pouco sairá o jantar, vocês vão descer?
— Caleb vai, mais eu não... depois como alguma coisa. — e fecho a porta.
— Está bem...
                            *    *    *

— Alô?
Emma? tudo bem? olha sinto muito por tudo oque aconteceu, sinto muito mesmo...
Valeu Cah... estou brigando muito com James, está sendo difícil superar, passei o dia chorando no meu quarto...
Mais sua casa não estava...
Destruída? sim... estou na casa dos meus avós...
Entendi...
— Estou com voltade de sair... esse lugar só está me deixando mais depre...
Bom, se você quiser, amanhã vou encontrar uns amigos da escola, numa balada perto da avenida da sorveteria... aquela que
Eu sei qual é... que horas?
Nove horas! — disse Catarina, empolgada.
Fechado! mais vou um pouco antes...
Emma! nã...
    Rapidamente Emma desligou o celular e enfiou de baixo do travesseiro.
— Emma? — sussurrou Margareth, abrindo a porta
— Vó, se veio falar de James...
— Não... só vim dizer que o jantar já está na mesa.
— Já estou descendo, me dê um segundo.
    Emma tirou o pijama que ficou o dia todo, colocou um shorts Jeans e uma regata branca, e desceu as escadas.
— Ela já está descendo. — afirmou Margareth, olhando para Caleb.
— Ela está melhor? — perguntou, preocupado.
— Bom, aparentemente...
    De repente Emma surge na cozinha, indo diretamente pegar a comida, que hoje por sinal, só havia na mesa uma torta e salada.
— Emma, há comida está no fogão.
— Ela está estranha... não está? — sussurrou Caleb.
— Olha os olhos dela, estam inchados de tanto chorar...
— Não precisam ficar cochichando, estou do lado de vocês. — Emma se sentou e começou a comer.
— Onde está o vovô? — perguntou Caleb.
— Ele foi no supermercado pegar algumas comida, por isso a mesa não está farta como os outros dias que ficaram aqui...
— Vó, se quiser te dou meu cartão de crédito para você comprar as comidas. — ofereceu Emma.
— Não precisa querida, obrigado... — falou soltando um sorriso sem graça.
— Eu sei que está sendo difícil para você cuidar de nós... — Caleb tentou falar mais foi interrompido pela sua avó.
— Nem termine essa frase... estou amando vocês ficarem aqui, apesar de não ser por um motivo agradável...
    De repente á porta se abre, fazendo o vaso que ficava ao lado da porta, quebrar.
— Chamem a polícia! agora! — gritou Orlando, desesperado.
— O que aconteceu? — disse Margareth, correndo até o marido.
— A casa dos Braw... não dá pra explicar... Caleb venha comigo! Querida chame a polícia. — ordenou.
    Caleb correu junto ao seu avô e se foram.
                          *     *     *

      A vizinhança era bem tranquila, apesar de ser praticamente num lugar cheio de " mato ".
     Os avós Collins tinham poucos vizinhos, pois ás casas eram bem rústicas e caras.
     Os Braw eram bem "comunicativos", sempre estavam dispostos querendo ajudar. Seus filhos, Dan e Katy sempre brincavam no jardim dos Collins quando seus pais precisavam sair.
    Só que naquela noite tudo mudou...
— O que aconteceu? — disse Caleb, afobado.
— A menina... ah garotinha, Kate...
— Oque tem ela vô? — perguntou desesperado.
— O irmão, e os pais morreram... O fundo da casa está pegando fogo, veja... — apontou o dedo para a casa, realmente estava saindo muito fumaça.
— Cadê a Kate? – gritou Caleb.
— Algum lugar lá dentro, a casa irá queimar por inteira ...precisamos chamar...
— Eu vou! tentarei tira-lá!
— Não... — berrou Orlando.
     Mais já era tarde demais, Caleb correu rapidamente pelo gramado até entrar dentro da casa.
— Boa sorte filho...

A História da família Collins - Os Trigêmeos Onde histórias criam vida. Descubra agora