Em busca da sorte

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Dias depois

Hoje é o último dia de aulas

Os professores já falaram das avaliações e eu agradeço a Deus e a mim por me ter esforçado nos 2 períodos porque este foi para esquecer.

Faltei muitas vezes mas felizmente tenho uma média acessível para aquilo que quero seguir, fisioterapia é o curso que vou seguir no próximo ano letivo.

A Stacey vai para enfermagem.

-Menina Jean pelo seu empenho e trabalho você terá um 18 no final deste período!-o professor de Biologia disse.

Logo a seguir um sorriso de orgulho e contentamento nasce nos meus lábios.

A Stacey também tinha notas muito boas!

Era motivo para celebrar

Mas não podíamos esquecer os exames, tínhamos de "marrar" mais um pouco nos livros pois não podíamos mexer muito na média final.

Passado um tempão acabou as aulas.

Eu e a Stacey estávamos a combinar planos para aquela noite, talvez iríamos a uma discoteca as duas.

Cheguei a casa, dei um beijo à minha mãe.

-Hoje eu e a Stacey vamos a uma discoteca, vamos celebrar as boas notas que tivemos!

-Ok mor mas não gastes muito dinheiro, não te esqueças que amanhã é o baile de finalistas.-ela disse.

Já me tinha esquecido do baile de finalistas, eu já tinha comprado tudo e para ser sincera foi um pouco caro.

-Sim não te preocupes.

Uma bozina toca

Stacey

-Xau mãe eu venho cedo.

Entrei no carro novo dela e fomos em direção à disco.

Punts punts punts

O som estava ao rubro e as pessoas também!

Pedimos dois shots de pastel de nata

Mesmo bom

Dançámos e foi tão nice não termos de ficar a estudar naquele dia.

-STACEY, EU VOU À CASA DE BANHO.-eu gritei por causa do barulho.

-EU VOU CONTIGO.-ela respondeu.

Lá fomos

Ela ficou à minha espera junto à porta.

Oiço uns gritos

Visto - me rapidamente e saio

Um homem bêbado agarrava a Stacey e arrastava - a para a rua.

Eu fiquei chocada, ninguém fazia nada

Eu corri até ela

Levantei o meu punho e espetei - o na cara daquele deslavado.

Ele ficou zonzo o que me permitiu agarrar na Stacey e sairmos daquele sítio o mais depressa possível.

Eu conseguia sentir a aflição dela enquanto conduzia, ela ainda estava ofegante e a tremer.

-Já estamos em segurança e acredita que eu não ia deixar que nada te acontecesse!

Ela encarou - me por alguns segundos e uma lágrima sua caiu.

-Jean se tu soubesses o que me passou pela cabeça naquele momento, só de pensar naquelas mãos até me dá nojo! Muito obrigado  por me teres ajudado se não fosses tu...

-Podes contar comigo para tudo!-eu disse.

-Pessoas corajosas como tu contam- se pelos dedos.

Eu sorri

Se não tivéssemos no carro tinha - lhe dado um abraço.

Fomos o resto do caminho caladas ao som da Cidade FM.