Em busca da sorte

7

Marie

Eu sentia - me tão mal, tiraram - me o tapete e eu caí.

Mas caí com força

Doía - me o coração

Jean tinha um ar tão frágil, a minha linda filha...

Eu só a conseguia encarar, não consegui dizer quase nada só abri a boca para dizer uma coisa.

-Seu monstro apodrece na cadeia! A nossa filha não tem culpa da porcaria que és, ela não merecia istooo- eu gritei para o Miguel.

Eu chorava....

Uma lágrima minha caiu no rosto da Jean

Quem me dera estar no lugar dela

Uma ambulância chegou, colocou - a delicadamente na maca e fomos para o hospital.

Eu olhava para ela e fazia carícias com os dedos na sua cara clara e perfeita.

Quando chegámos, vi ela a afastar - se... estava cheia de medo

Tinha receio que ela nunca mais voltasse.

Se lhe acontecer alguma coisa eu juro por Deus que mato o Miguel

Mas eu estou a pensar será que vale a pena?!

Eu podia matá - lo mas isso não ia trazer o meu tesouro de volta

Marie foco!

Não lhe vai acontecer nada.

Foi assim o resto do dia, a minha cabeça era uma autêntica
confusão.

-Você é a Marie, mãe da Jean? - um médico perguntou.

Eu balancei a cabeça.

-Ela perdeu muito sangue.

Eu suspirei

-Estamos a fazer transfusão sanguínea para que ela resista- ele disse.

-Ela vai sobreviver não vai?

Eu estava tão triste

-Não sei, o tempo o dirá!

Saiu e virou costas

Arrr que raiva

Os meus demónios estão a consumir o meu interior

Eu não sei nada, nada

Se ao menos pudessem dar - me uma informação boa!

Dias depois

-Senhora Marie a sua filha está estável, já acordou se quiser vê- la...

Eu não o deixei acabar, levantei - me rapidamente e perguntei:

-Em que quarto ela está?

-Siga - me!-ele ordenou.

Abri a porta

Entrei

Lá está ela

Sorriu, já sentia tanta saudade daquele sorriso perfeito

-Filha como te sentes?