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Esfreguei os olhos e olhei em redor, estava com a cabeça em cima do peito do Scott.

Não se tinha passado nada.

Felizmente hoje era feriado, porque senão lá ia um dia de faculdade no cacete, porque já era 12:30H.

Levantei-me e espreguicei-me.

Foda-se que dor de costas!

Senti algo a agarrar a minha perna.

- Bom dia!-ele disse.

Dei-lhe um beijo na testa.

-Bom dia! Temos de ir tomar o pequeno almoço. Queres vir à minha casa?-perguntei-lhe.

-Não, vens tu à minha que é mais perto daqui.

Ele levantou-se e fomos embora.

-Está lá alguém?-perguntei.

-Apenas a minha mãe. O meu pai foi buscar lenha e o meu irmão está em casa de um colega que fez anos.

-Podes falar-me da tua família se não te importares?-perguntei um pouco descarada.

-O meu pai é um homem atlético que gosta de fazer desporto e de se divertir, é um homem de família; o meu irmão gosta mais de ler, de ver séries no geral de tar em casa e a minha mãe é uma mulher muito gentil e honesta, ela ama a vida e eu espero que ela ainda esteja cá por muito tempo.

Reparei que ele ao dizer aquilo ficou triste.

-Passa-se alguma coisa com a tua mãe?

-Ela tem uma doença grave e precisa de tratamentos, nós temos dinheiro para os tratamentos mas eu tenho medo que lhe aconteça alguma coisa.

-Qual é a doença?

-Esclerose múltipla, a minha mãe neste momento tem de estar numa cadeira de rodas, ela ouve bem e vê bem mas sinto que ela tem cada vez mais dificuldade em falar, ela ainda consegue se lavar sozinha mas para a eventualidade de cair, a Kristel, uma senhora especializada nestes casos e que nós contratámos vai lá auxiliá-la. Ela tem sido acompanhada por um neurologista e em breve  irá fazer um tratamento que a deixará mais capacitada de fazer as suas coisas, mas o médico já disse que apesar da doença não desaparecer totalmente o tratamento pode correr bem como poderá correr mal. E eu tenho medo!-uma lágrima escorreu-lhe no rosto. 

Eu dei-lhe um abraço e sussurrei-lhe ao ouvido.

-Tens de pensar positivo, a esperança é sempre a última a morrer. Eu quero muito conhecê-la.

Fomos caminhando até casa dele, chegámos.

Entrámos na sala e vi a mãe do Scott.

Parecia a ser uma senhora tão humilde e tinha um sorriso simples nos lábios.

Eu cheguei junto dela disse-lhe olá e perguntei-lhe o nome e ela respondeu.

-Cloe, bem-vinda!-ela disse com alguma dificuldade.

Eu sorri para ela.

-Mãe ela chama-se  Jean e nós viemos tomar o pequeno almoço.

Ela sorrio.

-Ok estejam à vontade.-ela disse.

Fomos em direção à cozinha e comemos qualquer coisa.

-Sabes incomoda-me de ver a minha mãe assim mas eu acredito que ela vá ficar bem porque se eu pensar o contrário não vou conseguir viver a vida porque eu preocupo-me muito com ela e se ela não está bem eu não estou bem!

-Ela vai ficar bem, viste aquele sorriso, é uma mulher forte!-eu tranquilizei-o.-Eu quero muito que conheças os meus amigos, dois amigos.

-OK.-ele disse sorrindo.

-Vamos almoçar com eles, ligo-lhes a combinar. Por mim íamos ao Fish & Sea eu já lá trabalhei e acredita aquele comer é de chorar por mais.

-Por mim é na boa-ele respondeu.

Liguei ao Justin e à Stacey e eles aceitaram.

14:30 no Fish & Sea



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