CAPÍTULO 10
De longe ouço barulhos misturados, de música e gritos de adolescentes eufóricos, pulando e dando risadas.
Alguns sentados no capô de seus carros importados exibindo-se sem camisa, outros, exprimidos na sala, esfregando-se ao som de música eletrônica e outros estilos musicais.
Freiamos num jardim, tomados por outros carros, com sons variados emanando de sua aparelhagem de última geração. Aprecio, olhando toda a festa, do interior do carro, abrindo a porta e saindo, parando logo em seguida para dar atenção à uma voz sombria que emanava do carro que acabará de sair.
— Hoffman... Bem vinda! — Renner fala, com um tom sarcástico, carregado de uma pitada de deboche.
— Sempre, sou.— respondo-o, com tom altamente debochado.
Mal sabia eu, que estava me enganando, não estava lá por que era bem vinda; e não estava lá, por que era "amiga" de Stace. Só estava lá por que, eu era "a esquisita da escola". Mais fui burra o bastante p'ra não perceber que era um tipo de marionete. E máscaras de mentiras colocados em meu rosto, impedia-me de ver a verdade plantada na ponta do meu nariz.
Não sei se estava sonhando ou delirando, mais percebi o Renner soltando um leve sorriso de lado, em direção a mim, quando me direcionava a casa de seus familiares, com vários outras pessoas, de etnias variadas, tamanhos, físicos, e gostos. Por incrível que pareça, me senti em casa, inalei o ar puro da floresta e adrenalina que emanava dos sons acoplados aos vários carros que rodeavam a casa, e o lago. Me sentir viva, e não queria sair dali nunca.
"Aliás, não era tão ruim quanto eu imaginei".
Direciono-me a festa que estava rolando, ao lado da piscina da casa do lago da família Renner. Com uma vergonha que brotava e entrelaçava-se nos meus órgãos, fazendo-me andar como se estivesse com uma samambaia em minha testa.
— Sua... Gorda!! — Stace fala, me abraçando, quando encontra-me viajando em pensamentos hediondos.
— Há ... Sai daqui.—Empurro-a de leve, devolvendo a brincadeira.
— Vêm... Vou te apresentar p'ra galera.— Ela fala, puxando-me bruscamente em direção a mata que rodeava a casa.
— Hã?!...
— "Hã", Nada. Vêm!— ela me interrompe, ignorando minha curiosidade, e perguntas em relação ao nosso destino.
A sigo, por uma trilha aberta em meio a mata fechada, disfarçando minha curiosidade embaralhadas com o cansaço. Por vários minutos a sigo, tropeçando em raízes expostas pelo tempo, lembrando-me de o quanto odeio "mato", pelo mesmo motivo.
— Claflin.— um baba ovo fala, olhando-me da cabeça aos pés, mudando de posição, disfarçando, por ter olhado pra minha cicatriz.
"Sabe disfarçar legal... Idiota"— penso.
— Esse é o Thomas... Renner.— Stace fala demostrando, o cara que acabara de "tentar" disfarçar, o episódio deselegante.
"Só podia ser..." — penso, olhando-o de forma rejeitada, mandando uma indireta, "que no caso, da certo", pois ele cumprimenta-me e sai de perto.
—...Esse é Jeff, Dexter,Chris... Annie, Marie, Zac, Billy, Natalie e hã... Taylor e Dylan ... Gêmeos. E ...Elle .. Elle Claflin ... Minha irmã fofa.— Stace, apresenta-os de forma ordenada, apontando-os ao redor de uma fogueira acesa, ao lado do lago. Onde cada, responde-me com acenos variados, entre "tchauzinhos", e comprimentos de cabeça e mãos.
— Tá ... Oque, a gente vai fazer pra se divertir?— uma garota fala depois de uns minutos de silêncio. Talvez seja, Annie, ruiva.
— Que bom que perguntou, só os melhores vão... E..
— Eu tenho um lugar!...—Levanto a mão, cortando novamente a pessoa que acabará de aparecer do nada entre as árvores. Renner.
Ele me olha, como se estivesse prestes a tirar sua arma que carregava em sua cintura, engatilhar e atirar em minha testa.
Surpreendendo-me, ele paira seus olhos desconfiados em meu rosto, suspirando, e falando, que o som de sua voz estremece minhas pernas, e arrepia os cabelos do meu corpo. Dando-me calafrios.
— Hoffman... Diga ... Caso seja melhor do que eu. Ou cala tua boca, caso contrário, eu mesmo a calarei pra você... Vamos! ... Diga-nos onde é esse, tal lugar?!
O olho, indiferente, suspirando e desafiando-o, que meu coração salta, como se estivesse deitado em brasas. Em fim respondendo.
— Se tiver coragem... siga-me!

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"GUERRA INTERIOR"
Romance"Apenas duas escolhas irão decidir seu final; escolher matar todos aqueles que lhe traíram; ou achar refúgio no amor, e ser morta". Malorie se vê presa num mundo, que para muitos é fantasia, uma Guerra distante de confrontos e catástrofes objetivos...